Alfonso
Fazia uma semana que Anahí tinha descoberto a verdade sobre seu pai e mesmo assim ela continuava me evitando. O que me doía é que eu conseguia entendê-la, ela estava se reaproximando e perdendo o pai dela e as únicas pessoas que saibam disso tinham escondido isso dela.
A única coisa boa que essa notícia trouxe foi que Anahí parou de se culpar pela morte do pai dela e finalmente começava a dar sinais de que estava superando a morte dele. Mas toda a vez que eu tentava chegar perto dela, ela me evitava, eu chegava ao quarto e ela já estava dormindo ou fingia que dormia. E quando tentava conversar com ela, Any me respondia com indiferença e frases monossilábicas.
Era terça-feira de manhã, ela estava tomando café, quando cheguei na cozinha, após sair do banho. Assim que me viu ela terminou o café depressa, percebi que ela mal tinha tocado na comida e se levantou.
- Espera, Any! - segurei sua mão.
- Eu tenho que ir pra empresa, o que você quer?
- Por que você está me evitando Any?
- Você ainda pergunta? Você escondeu de mim que meu pai estava doente, achei que você me amasse, que eu pudesse confiar em você. - o jeito que ela me olhou, partiu meu coração.
- Mas eu amo você e você pode confiar em mim. - respondi.
- Eu achei a mesma coisa, mas se fosse assim você devia ter me contado sobre a doença dele Poncho. Se eu soubesse eu poderia ter dito todas as coisas que estavam presas aqui, que ainda estão presas aqui.
- Me perdoa, meu amor! - supliquei.
- Olha eu preciso ir trabalhar, sem meu pai.... As coisas estão bem ruins.
- Você precisa de ajuda com alguma coisa?
- Não, eu tenho que ir! - ela se soltou e me deu as costas antes que eu pudesse lhe pedir um beijo.
Anahí
Assim que cheguei na empresa minha secretária veio me encontrar e pela sua cara saquei que alguma coisa estava errada. Muito errada.
- O que aconteceu Julia? - perguntei sem dar tempo a ela de falar.
- A senhora tem duas reuniões hoje à tarde para discutir a pauta sobre o tema das próximas estações e também ficou de apresentar alguns modelos novos da nossa grife Portillo.
- Droga! - fechei os olhos e cobri o rosto com as mãos. - O que eu faço? Eu não preparei nada, normalmente quem cuidava disso era meu pai e... - lembrar dele fez um nó se formar na minha garganta.
- Me perdoe senhora, eu não deveria estar lhe cobrando por isso.
- Tudo bem, vou ver o que consigo fazer na reunião. - respondi.
Julia assentiu e suspirando fui até minha sala. Assim que sentei na cadeira a porta se abriu e Angelique entrou.
- Posso falar com você?
- Claro, algum problema com as modelos? - perguntei.
- Com as modelos não, mas com você...
- Eu estou bem Angelique, não precisa se preocupar comigo. - menti.
- Não você não está bem e sabe que pode se abrir comigo, sempre fomos amigas.
Suspirei e senti minha garganta começar a formar um nó.
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Por Ti ✔
FanfictionAnahí aos 25 anos tem tudo o que muitas pessoas desejam: uma vida meticulosamente planejada e bem sucedida. Recém formada em Estilismo, com emprego garantido na empresa do pai, é rica, bonita, talentosa e está noiva de um cara que seu pai considera...