Capítulo 43

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Anahí

Acordei na manhã seguinte com alguém mexendo no meu cabelo, quando abri os olhos e vi Alfonso na minha frente, me sentei na cama num pulo.

- Como está meu pai?

- Calma, meu amor, não aconteceu nada, nem de bom, nem de ruim. - ele respondeu, acariciando meu rosto.

Suspirei, abaixando a cabeça. Me inclinei na direção dele e o recepcionei como ele merecia: com um beijo e um abraço apertado.

- Me desculpa, nem agradeci por ter passado a noite lá.

- Esquece isso, meu amor.

Me afastei e percebi que ele estava com os cabelos molhados.

- Você passou em casa?

- Sim, estava um trapo. - forçou um sorriso e acabei sorrindo de volta. - Amor, seu pai acordou.

- E como ele está? - arregalei os olhos, cheia de esperanças de ele estar melhor.

- Ele falou comigo e me pediu pra levar você lá, ele quer te ver, acho que quer só se certificar de que você está bem. - Alfonso falou com tranquilidade, mas senti que ele estava escondendo alguma coisa. Fiquei com medo de que meu pai estivesse querendo me ver pra se despedir de mim e meu marido sabia.

- Ele vai ficar bem não vai? - comecei a chorar de novo.

- Eu não sei, meu amor, tudo o que ele me disse é que quer falar com você.

- Me leva pra lá então. Eu preciso ver meu pai. - solucei, me levantando.

- Tudo bem, só quero que você coma alguma coisa antes.

Assenti, sabendo que ele não ia me deixar sair antes de comer alguma coisa. Quando cheguei na cozinha, Maite tomava café da manhã, enquanto Derrick ninava o pequeno Alexandre.

- Sentem aqui! - sorriu apontando a cadeira.

Alfonso me guiou até a mesa, puxou uma cadeira pra mim e sentou ao meu lado. Fiz uma força tremenda pra conseguir comer um pedaço de bolo e uma xícara de café. Se não fosse pelo bebê que eu esperava eu não iria comer nada.

- Mai obrigada por tudo e me desculpem alguma coisa ta? - a abracei quando fui me despedir.

- Imagina Any, você me ajudou tantas vezes, fica tranquila. - acariciou meus cabelos.

Forcei um sorriso, fui até Derrick, me despedi dele e acariciei o rostinho de Alex.

- Até mais, coisinha linda. - sorri.

Encarei os dois mais uma vez, Alfonso se despediu do sobrinho e fomos embora.

Quando chegamos ao hospital eu não conseguia parar de retorcer minhas mãos de tão nervosa que estava me sentindo. Alfonso percebeu e me abraçou, me agarrei à ele, implorando a Deus que acabasse tudo bem.

Minha mãe estava na recepção e me senti mal por ver que ela tinha ficado ali a noite toda.

- Obrigada mais uma vez por ter feito companhia à ela.

- Não foi nada! - Alfonso respondeu, beijando minha testa.

Suspirei me escorando nele, agradecendo a Deus e todos os anjos e santos por terem me devolvido ele.

- Filha como você está?

- Como está o pai, mãe? - respondi com outra pergunta.

- Querendo te ver. Perguntou duas vezes sobre você. Enrique pediu pra você entrar com ela Poncho, acho que ele quer dizer algo pra vocês dois juntos.

Por Ti ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora