Capítulo 37

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Anahí

Desci as escadas correndo com Alfonso atrás de mim. Parei atrás da mesa de jantar, Alfonso parou na minha frente um sorriso malicioso nos lábios, me senti a presa e ele o caçador. Encarei seus músculos do abdômen, a calça de moletom preta caindo extremamente sexy em seu quadril.

- Any, meu amor, você não quer que eu te pegue à força! - sorriu e etreitou os olhos pra mim.

- E o que você vai fazer se tiver que me pgar à força? - sorri com malícia.

- Nem queira saber, só poso adiantar que você vai se arrepender. - sorriu.

Sua ameaça não me assustou, eu sabia que não tinha chances contra ele. Alfonso era muito mais rápido e forte do que eu e eu sabia que bastava ele se esforçar um pouquinho e conseguiria me pegar. Mas não custava nada fazer ele suar um pouquinho.

Quando ele deu a volta na mesa, tomei impulso pra correr na direção oposta. Minhas pernas estranhamente falharam e me senti um pouco tonta. Instintivamente, levei a mão ao rosto.

- Any o que foi? - Alfonso correu pra perto de mim, sem o menor sinal de diversão.

- Não sei, to me sentindo meio mole.

Alfonso me guiou até a cadeira e me fez sentar. Preocupado, se ajoelhou na minha frente e segurou meu rosto, me obrigando a olhar pra ele.

- Você ta pálida, me diz, o que você ta sentindo?

- Só uma fraqueza estranha, vontade de deitar. - suspirei. - Por que isso, eu estava bem até ontem.

- Pode ser todo o estress do desfile aparecendo, meu amor, você não parou um minuto nas últimas semanas. - ele soltou meu rosto e ficou acariciando minhas mãos.

- Acho que se eu deitar um pouco passa.

- Nada disso! - Alfonso me manteve sentada, quando fiz menção de levantar. - A gente vai pro hospital agora.

- Poncho...

- Não discute comigo Any, e se essa tontura sua for algo mais sério? E se você estiver doente? A gente precisa saber. - ele me pegou no colo e atravessou a sala de jantar comigo.

Quando chegamos na sala, Alfonso foi direto pra porta.

- Você vai me levar assim? Sem nem pegar chaves, documento, carteira, nada? E você tá sem camisa.

Alfonso suspirou e me colocou sentada no sofá.

- Não sai dai.

Encarei o shortinho e a blusinha regata que eu usava.

- Traz um sapato pra mim! - gritei.

Já que ele queria me arrastar ao hospital, eu não podia ir descalça.

Alfonso voltou minutos depois de calça jeans, tênis e uma regata preta, trazendo uma rasterinha pra mim. Achei fofo e um pouco exagerado quando ele se abaixou e calçou o sapato em mim.

- Não achei as chaves do carro e minha carteira. - passou a mão pelos cabelos.

- Estão ali! - apontei a mesinha ao lado da porta. - Meu amor, eu estou melhor, não precisamos ir.

- Precisamos sim! - ele teimou comigo enfiando as chaves e a carteira no bolso.

Quando se aproximou, me pegou no colo e o ajudei pra que conseguisse abrir, fechar e trancar a porta.

- Você vai ver que toda essa sua preocupação é um exagero. - suspirei quando ele me enfiou no carro e transpassou o cinto em mim.

- Pode ser, mas não vou arriscar. - ele respondeu me olhando nos olhos ainda preocupado e me beijou.

Por Ti ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora