Capítulo 48 - Alice

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Depois de tudo o que aconteceu, eu só queria paz. E agora que Diana, estava presa, conseguiríamos isso.
Bruno prestava atenção na tv, mas parecia estranho. Me surpreendeu saber que ele deu um tapa na Diana, ele não faria isso se ela não o tivesse desafiado.
-O que aconteceu na casa da Diana? - perguntei e ele me olhou visivelmente nervoso.
-Nada.
-Você não mente muito bem. - ele suspirou e me olhou com certa dor.
-Eu descobri que a Diana pagou aquele maldito bêbado para matar a Laura. - falou e eu fiquei surpresa. Ela era totalmente louca.
-Vocês já se conheciam?
-Eu não lembrava, o dia em que eu conheci a Laura tinha marcado de encontrar com uma mulher que estava pegando na época, ela era super grudenta. Mas eu me esqueci totalmente daquele encontro, no momento em que eu coloquei meus olhos na Laura. Fiquei tão encantado. - ouvir aquilo me incomodou um pouco. - Depois disso passei a ignorar os telefonemas dela, só atendi um dia e dei um fora nela. Não sabia que Diana iria pagar alguém pra matar a Laura. - ele deixou uma lágrima cair e eu o abracei forte.
-Eu nem sei o que te falar.
-Só vamos tentar esquecer esse dia, tá bem?
-Tudo bem. - dei um beijo nele e me aconcheguei no seu peito. Ficamos vendo o filme e acabamos dormindo na sala.

[...]

Cheguei na confeitaria na hora do almoço e fui direto para o balcão. Queria atender hoje e o movimento estava bem animado também.
Fiquei alí por um bom tempo até ver um muro de músculos parado me observando.
-Boa tarde, Alice. - levantei o olhar e me deparei com Pablo.
-Olá, como vai?
-Bem e você?
-Estou bem. - continuei fazendo uns cálculos.
-Você está linda hoje. - falou me fazendo corar. Merda! Deveria me controlar.
-Obrigada.
-Pensei se poderíamos tomar um café em uma mesa aqui na confeitaria mesmo?
-Não posso. - recusei na hora. Estava muito ocupada.
-Vem, vai ser legal.
-Será que você não a ouviu dizer que não pode? - meu corpo arrepiou inteiro ao ouvir a voz do Bruno.
-E quem você pensa que é? - ele realmente não quer jogar esse jogo com o Bruno.
-Alguém que você não quer conhecer. - chegou perto de Pablo e lançou um sorriso atrevido.
-Você o conhece? - Pablo me perguntou.
-Você não vai gostar da resposta, meu caro. - Bruno aumentou o sorriso.
-Ele... Ele é meu noi...noivo. - eu não entendi o porquê de estar nervosa mas estava.
-Noivo? - Pablo pareceu surpreso. - Quer saber, tanto faz. - deu um sorriso. - Quando quiser, sabe como me encontrar. Estarei a sua disposição.
-Rapaz, você está indo por um caminho muito perigoso. E se eu fosse você não ousaria chegar perto dessa confeitaria de novo. Porque se eu sonhar que está olhando para minha noiva diferente, você irá se arrepender de ter nascido. - Bruno o ameaçou e vi Pablo vacilar. - Agora é a hora que você vai embora. - completou e Pablo fez o que Bruno falou. Respirei fundo e fui para o meu escritório, vi Bruno me seguir logo atrás.
-Que cena foi essa? - perguntei nervosa enquanto ele trancava a porta.
-Estava mostrando para esse babaca que você é MINHA.
-EU NÃO SOU SUA. EU ESTOU COM VOCÊ, NÃO É ISSO QUE SEMPRE DIZ? - gritei e Bruno ficou surpreso ao meu ouvir gritar. Era raro isso acontecer. - Idiota. - acrescentei irritada e ele serrou os olhos. Vi ele vir pra cima de mim e me sentar em cima da mesa rápido. Fiquei surpresa e ele parecia nervoso.
-Nunca mais me chame de idiota, e fique sabendo que você é minha sim e eu sou seu. E eu vou te provar isso agora. - ele me deu um beijo feroz e eu me deixei envolver. Merda! Estava sendo fraca! - Entendeu, Alice? - não respondi, apenas o beijei novamente e ele começou a tirar minha blusa. Arranquei a dele rapidamente, ele levantou minha saia e tirou minha calcinha logo depois. - Só minha. - entrou em mim sem piedade e eu mordi os lábios para não gritar e todos ouvirem. Ele foi rápido e ao mesmo tempo intenso. Era sempre assim, quando estava irritado ele era bruto e eu adorava isso.
Depois de estarmos satisfeitos, ele sentou na minha cadeira e me puxou para o seu colo. Fiquei aninhada ao seu peito enquanto acalmava minha respiração. O silêncio que estava era tão bom, só a nossa respiração acelerada e o coração do Bruno que batia freneticamente no seu peito. Dei um beijo no seu peito e olhei para os seus olhos.
-Entendeu que você é minha e eu sou seu? - revirei os olhos e não respondi. - Entendeu ou eu vou ter que te mostrar de novo?
-Entendi, Bruno.
-Estava doido para que não tivesse. - falou me dando um sorriso de lado. Meu corpo arrepiou na mesma hora.
-Não seja por isso. - falei. Ele tirou meu sutiã e beijou meu ombro. - Esse cheiro de jasmim é minha perdição.
-Você é minha perdição. - falei com dificuldade. Ele me deu um beijo leve e ficou me observando. Beijei seu pescoço e ouvi seu suspiro. Ele entrou em mim devagar e começamos num ritmo lento e prazeroso.
-Rainha? - ouvi batidas na minha porta e parei na hora. Bruno pareceu irritado, mas me deu um sorriso sexy. Sabia que ele iria aprontar alguma.
-Rainha, eu sei que está aí. Abre a porta.
-Merda! - Bruno resmungou e eu tentei me levantar do seu colo, mas ele me segurou pela cintura. - Eu não vou ficar nesse estado, fala pra ele voltar daqui a pouco.
-Bruno, pode ser importante. - falei tentando sair dalí e ele continuou me segurando no seu colo.
-Alice, fala pra ele voltar depois. Eu vou ser rápido. - beijou meu pescoço e foi descendo. Fiz ele parar.
-Rainha, é coisa rápida.
-Rony, volta depois. - falei com a voz ofegante.
-Por favor rainha, eu preciso saber o que aconteceu.
-Não aconteceu na... - fui impedida por Bruno atacando meu pescoço. - Ahh. - gemi alto e ele riu baixinho enquanto passava a mão pelo meu corpo. Agarrei seus braços.
-Está tudo bem?
-Si... - respirei fundo. - Sim, eu estou muito ocupada agora. Daqui a pouco, te chamo. - falei rápido encarando olhos intensos.
-Ok. - ainda bem que ele foi embora. Beijei Bruno ferozmente e ele levantou me colando sentada na mesa novamente. Fiquei com medo de Rony estar alí fora, mas resolvi não ligar. Resolvi apenas focar no monumento que estava a minha disposição.

[...]

Estava saindo do escritório com Bruno atrás de mim.
-Delícia. - falou ao pé do meu ouvido e deu um leve tapa na minha bunda. Dei um sorrisinho e fui atrás de Rony na cozinha.
-O que você queria, Rony? - perguntei entrando. Ele estava distraído enfeitando alguma coisa e nem percebeu Bruno atrás de mim.
-Aquele gostoso que te deu aquele cartão, teve aqui né? - senti o corpo do Bruno ficar tenso atrás de mim.
-Aquele bastardo te deu o número dele? Eu vou matar ele!
-Ai o rei está aqui. - Rony falou assustado.
-Ignora ele. - falei pra Rony.
-Me ignorar foi a última coisa que você estava fazendo minutos atrás na sua sala, minha pérola. - Bruno falou e eu corei.
-Sua safada, tava dando para o rei quando eu fui lá, né?- Rony falou rindo.
-Cala a boca, Bruno. - olhei irritada pra ele. - Eu vou embora, nos falamos amanhã.
-Tchau, rainha. - me mandou beijos e eu sai. Peguei minha bolsa no escritório e Bruno estava comendo um doce qualquer enquanto Mariana babava por ele.
-Está maravilhoso, Mariana. - ela concordou com a cabeça meio abobada.
-Mariana, estou indo embora. Você e o Rony fechem a loja e qualquer problema me avise.
-Sim, até amanhã.
-Amor, me espera. - Bruno levantou e veio correndo comendo o chocolate. - Você vai lá pra casa?
-Não.
-Tem certeza?. - me agarrou e tentou me beijar, mas eu desviei. Eu estava irritada e pior era que eu não sabia o motivo. - Amor, que tal casarmos logo? Assim não vamos precisar ficar nessa de dormir um na casa do outro porque estaremos dormindo juntos todos dias na nossa casa.
-No seu apartamento, quer dizer. - falei revirando os olhos e ele me olhou com um sorrisinho.
-Eu iria te dar esse presente depois do nosso casamento, mas quero melhorar o seu humor que caiu muito nesse últimos minutos.
-Que presente?
-Vem comigo. - fomos até o seu carro e ele abriu a porta pra mim. Antes de fechar, deu uma piscadinha e fechou a porta logo em seguida.
-Onde você vai me levar? - perguntei quando ele deu partida com o carro.
-Eu estou te levando para o seu presente. É uma surpresa, não a estrague. - falou sério e nós seguimos em silêncio. Fechei meus olhos por um minuto e me deixei descansar um pouco.
-Chegamos. - falou e eu abri os olhos. Olhei em volta e vi uma mansão.
-Cadê o meu presente? Está aqui? - perguntei curiosa.
-Esse é o seu presente. - olhei em volta sem acreditar.
-Mas isso é uma casa.
-Você é observadora, em? - soltou uma gargalhada. - Eu comprei essa casa antes do seu acidente, era o meu presente pra você de casamento e agora eu vou ter que pensar em outro. - revirou os olhos e eu dei um sorriso fraco. As lágrimas apertaram e eu tentei segurar, mas não consegui. - Você não gostou? Eu posso comprar outra.
-Essa é perfeita, eu te amo.
-Também te amo. - nos abraçamos por uns segundos. - Vamos conhecer por dentro agora? - perguntou e eu concordei com a cabeça.
Entramos na casa e a cada cômodo eu ficava mais apaixonada. Estava tudo perfeito, Bruno pensou em tudo.
-Agora vamos conhecer a suíte principal.
-Quantos quartos tem essa casa? - perguntei por já ter visto dois quartos no primeiro andar.
-5 suítes contando com o quarto dos empregados que a gente viu - falou e eu fiquei de boca aberta.
-Pra que tanto quarto? É só eu e você e o Thor.
-E os nosso futuros filhos, vamos começar com o Benjamin e depois vamos ter mais uns 5. A casa vai ser até pequena.
-Isso quando a gravidez for no seu corpo.
-Ah, irei te convencer depois. - beijou meu pescoço e nós seguimos para o segundo andar.
Paramos em frente a uma porta enorme.
-Esse será o nosso quarto. - falou e abriu a porta. Fiquei encantada. Morar aqui seria um sonho.
- Mas o melhor está aqui. - me levou até uma sacada, suponho. - Vamos namorar todos os dias com essa vista. - abriu as cortinas e eu fiquei de boca aberta. A vista dava para o mar. Era incrível.
-Perfeito. - falei e as lágrimas surgiram novamente.
-Quando você chora, eu acho que está odiando.
-Não, eu estou feliz. Muito feliz. - ele me abraçou e nós ficamos observando o mar.
-Seremos felizes aqui.
-Eu seria feliz em qualquer lugar que você estivesse. - olhei nos seus olhos e ele me deu um sorriso.
-Eu seria feliz até no inferno se você estivesse ao meu lado, Alice.
-Amo você. - dei um beijo nele e fui levada para a cama.
Fizemos amor até não aguentarmos mais. Aquela irritação de antes foi esquecida e agora eu transbordava felicidade.

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