Rox Drinking (REPOSTADO)

45. Izabella

Não vou ao casamento do meu irmão. Ele que se dane, resolveu casar com a prima da madrasta - dele apenas - ela não é nada meu. Apesar de cuidar dos negócios dela, porque ela não faz a menor questão de cuidar do que herdou, não somos nada. Nem pretendo ser, apesar de que com aquele acordo ridículo entre o meu pai e o Aron, seríamos meio que parentes, onde meu pai estava com a cabeça quando aceitou aquilo? Logo ele que me conhece tão bem, ainda bem que o Ângelo resolveu voltar a ser fiel a mim e me contou dessa tramoia. Odiei é claro, e por isso sumi, não entendo o porque do Aron ter voltado atrás na própria decisão, pensei que depois de sumir ele fosse ficar louco e vir a minha procura, no entanto ele apenas comunicou que desfez o acordo, nem sei desse documento e tenho certeza que a essa altura já o destruíram. O que me chateia é saber que com essa indiferença do Aron, só prova a minha teoria de que ele queria apenas fazer parte do clã da minha família, como se com um acordo ele podesse tomar decisões mais consisas sobre qualquer coisa referente a minha família ou até mesmo a minha vida. Não saí da cidade, apenas me entoquei em um outro apartamento que tenho aqui, claro que é um local registrado no nome falso de Carmela García, único nome falso que uso que a minha família não conhece e por mim vão continuar sem saber. Aqui é meu refúgio.

Sou tirada dos meus devaneios com o toque do meu telefone, só pode ser o Ângelo, com alguma nova informação. Como sempre estou certa, mas a notícia me magoou mais que saber que o Aron não me procurou, ele já tem outra e a mãe dele tem saído com a tal Kate, uma das mulheres que trabalham pra Nataly como segurança pessoal, a mulher é boa no que faz mas, nem uma delas é páreo pra mim. Vou deixar passar o casamento e depois apareço como quem não quer nada para o café da manhã, afinal a casa também é do meu pai e não preciso avisar que vou visitar meu próprio pai, e Deus queira que eu não encontre a vadia atual do Aron com ele por lá, sei que isso é mais uma atitude impensada dele para chamar a minha atenção. Ele me ama e sei muito bem disso.

***

Já se passou uma semana desde o casamento do Izaac, ele nem fez questão da minha presença, em qualquer outro momento familiar eu era a principal convidada. Agora...

Fiquei sabendo da louca da Margreth, sempre soube o quanto as duas são sem noção, mas quase jogar o nome da família na lama, isso é o cúmulo.

Como imaginei e planejei, cheguei cedo e pude ouvir boa parte das asneiras que a Margareth falou para a Jud, nunca pensei que fosse dizer isso mas, a Nataly realmente nasceu pro meu pai, desde que ela se enfiou na vida dele, ela cuida de tudo e de todos referente à casa, conhece todos os empregados pelo nome e sabe da vida deles o bastante para respeita-los como iguais. Fora o fato de que se um dia a minha avó se for, ela vai ser a mulher que vai cuidar de todos - que isso não aconteça tão cedo - minhas tias são pior que manequins de vitrine - nada na cabeça.

Estávamos tomando um bom café da manhã na cozinha quando senti o perfume dele antes mesmo que ele entrasse na cozinha.

- Naty, preciso que... desculpa! Bom dia, não sabia que o Antony estava em casa, falamos sobre isso depois. - piscou pra ela e sentou ao lado da prima para comer - Hum, amo o bolo de cenoura que você faz Jud, que minha mãe não ouça isso. - nem sequer me olhou.

- Qual o segredo atual entre vocês? - meu pai questionou.

- Nada de mais amor! O Aron que é bocudo de mais e fala coisas insanas pra te provocar. - meu pai olhou de um para o outro e acho que por saber que ela sempre foi uma péssima mentirosa, levou na boa a desculpa esfarrapada, tem alguma coisa sim.

- Se é assim, Nataly vou fingir que acredito. - ela olhou pra ele e sussurrou um obrigada. Só um besta pra acreditar nessa desculpa dela.

- Então, vamos ou não? - a tal Kate entrou na cozinha perguntando - Eu esperando a senhorita e a madame se entupindo de bolo com café! É isso mesmo? Desde quando ela voltou a tomar café? - perguntou diretamente pro meu pai.