22. Busca e apreensão

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Antony
(Uma semana depois)

Sete malditos dias sem notícias, ninguém some dessa forma, ninguém troca de cidade estado ou país sem deixar rastros assim. Já fui nos hospitais e até no IML, não posso descartar nada. Porra Nataly aparece! Minha consciência me chuta todo instante. As amigas não me dizem nada, os primos são dois molengas aquele Alec me deu um murro quando fui falar com ele, senti vontade de revidar, não podia ele estava apenas defendendo alguém que ele ama acima de tudo. Coloquei um cara na porta do prédio onde o Aron mora, outro em frente a clínica que ela fez os exames, eu acreditava que ela podia estar na cidade ainda e nada. Nem uma companhia aérea vendeu passagem pra ela em nem um nome possível, nem no da Suzana, não me julguem por pensar nessa possibilidade as duas eram quase idênticas a diferença era a idade, achei que com a Suzana morta ela poderia usar o nome de batismo da mãe. Meu filho resolveu contar o que faz da vida pra namorada em um hotel de luxo em Dubai, porra preciso dele aqui pra me ajudar, então liguei pedindo que voltasse logo, e assim aconteceu. Liguei pro Biron, eu sei ele está em lua de mel, não me interessa quero qualquer notícia do paradeiro dela.

- Já tentei de tudo. Não aguento mais essa angústia, as vezes sinto que algo de pior aconteceu. Brian me dá uma saída pra isso, eu preciso - ele é o único parente além da Izabella que se mantém por perto, minha mãe também está procurando pela Nataly, meu pai não gostou, ele apóia a idéia da Iza de que estou fazendo o errado indo atrás, de acordo com ela se o filho fosse meu ela estaria aqui. Conheço pouco, mas sei o bastante, eu a magoei quando comparei ela com a vadia da Gizely e ainda por cima gritei com ela na frente dos meus seguranças, ela deve me odiar e isso ainda é pouco.

- Não sei cara. Quando me pediu pra ficar de olho eu fiquei. Tentei argumentar dizendo que a foto era falsa e você não me ouviu. Nem com a minha esposa ela falou nessa última semana, achei que ela retornaria a ligação, nem isso ela fez.

- Merda! - soquei a mesa - Preciso de uma saída. Deveria ter colocado um micro chip nela como fiz com o celular. É isso, como não lembrei antes?

- O quê? Fala Antony. - corri pro meu MacBook, abri o aplicativo de busca.

- O celular que dei pra ela tem um micro chip, que mesmo se estiver desligado posso localizar o ponto exato onde ela esteja - ele sorriu - e olha só, nós vamos para NY, liga pro James e diz para ele ir com os outros para o aeroporto. Vou avisar a Helga, ela está lá e pode ir ao encontro dela antes que nós estejamos em solo americano. Com o fuso horário, é até melhor que minha mãe vá logo, são quase 9am em Nova York - ele assentiu e ligou ao mesmo tempo que eu, falamos a localização juntos. Hora de partir ao encontro dela.

****

Nataly
(Nova York 9am)

Saí do banho revigorada, caminhar todas as manhãs no Central Park é uma maravilha, meu bebê agradece. Vesti algo básico e bem longe do luxo que me acostumei no último ano, melhor assim. Meu celular começou a tocar de maneira insistente, pedi pra não ligarem pra esse número, disse que só era pra fazer isso se fosse realmente importante e é o que deve ser.

- Oi.

- Seja onde você esteja agora, saia imediatamente e deixe o telefone. O Antony colocou um micro chip de rastreamento nele, ele acabou de ligar pra D. Helga e ela deve chegar em no máximo vinte minutos. Se quer continuar fugindo, o faça agora. - desligou.

Rox Drinking (REPOSTADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora