Rox Drinking (REPOSTADO)

8. Fugindo do amor?

Nataly

Depois da inauguração da Rox eu passei a me dedicar mais ainda ao que a Izabella quer que eu faça, vamos viajar na quarta a noite e só vamos voltar no sábado antes da inauguração do novo Hotel Dellaveccio. Hoje quando cheguei na empresa fui surpreendida pelo Zac me convidando para almoçar, disse que temos um assunto importante, não faço a menor idéia do que possa ser. Ficamos de nos encontrar na recepção do prédio e irmos juntos ao Piano Bar um restaurante a duas quadras daqui frequentado por executivos, ainda bem que vim bem vestida hoje.
Desde sexta não tenho falado com o Tony, parece que ele viajou novamente com o Biron, também não importa, ele tem outra e eu, bom, tenho que me contentar em apenas vê-lo pelos corredores, se isso acontecer.

Esperei dar a hora combinada, salvei o relatório que estou terminando, desliguei o computador e apaguei a luz antes de sair. Esperei pacientemente o elevador chegar no meu andar, desci e encontrei com o André e com o Victor (recepcionista), fiquei de papo com eles enquanto esperava pelo Zac, por aproximadamente 10 minutos, quando vi o riso fácil sumir nos rostos dos meus colegas, imaginei ser o Zac chegando, afinal ele é filho do dono do prédio, continuei rindo até sentir 'mãos fortes' se apossarem do meu cotovelo, olhei pro lado e dei de cara com o Tony, o Zac, o Biron, o Aron, o Ângelo e pra minha infelicidade a mulher que estava na boate na noite de inauguração. Vadia! Resume bem o estilo e o comportamento. Olhei em volta e depois olhei pro meu cotovelo que continuava sendo precionado com força pelo Tony, olhei novamente pra ele e depois para o Zac.

- Pronto Zac, podemos ir?! - senti o aperto mais forte depois disso.

- Mais que pronto. Vamos! - nos despedimos dos demais e saímos rumo ao "Piano Bar", fomos lado a lado trocando amenidades e me senti bem ao lado dele. Chegamos no restaurante e novamente ele estava lá, acompanhado praticamente das mesmas pessoas que vi na recepção, menos a vaca que vi minutos antes. O Zac escolheu outra mesa e ficamos a sós. Assim que sentamos o garçon veio com o cardápio e a carta de vinhos.

- Quer me acompanhar num delicioso vinho tinto? - Zac disse apontando ao garçon o que ele queria.

- Sinto muito, não bebo durante meus intervalos de trabalho, fica para outra ocasião. - sorri.

- Claro. Havia esquecido esse pequeno detalhe sobre não beber durante o expediente. Meu pai já me falou.

- Seu pai? Seu pai falou de mim? Quero dizer, falou sobre mim. - ele riu.

- Calma Naty. Sei o que rola entre vocês, esse lance de estarem saindo juntos e se conhecerem melhor. Acho muito legal. E apoio. Mas, não te convidei pra falar sobre isso. Preciso da sua ajuda em outro assunto.

- Obrigada, mas acho que entre eu e ele não existe mais nada. Em todo caso, no que posso te ajudar? - O garçon veio com nossos pedidos. Macarronada e vinho pra ele, lasanha e suco de abacaxi com hortelã pra mim.

- Como não existe nada? - ele pareceu confuso - vi a ceninha de ciúmes dele na recepção quando te viu conversando com os dois. Fora que ele não para de olhar pra cá. Mas vamos direto ao ponto. Preciso que você me ajude com a sua inteligência. As contas da minha empresa não batem com o saldo da minha conta. Sei que tem algo de errado e quero descobri onde e de quem é o erro. Podes me ajudar nisso?

- Acho que a Izabella não vai gostar muito. Então que isso fique entre nós apenas. - ele assentiu.

Terminamos de comer com assuntos diversos e alguns engraçados também. Até o ponto em que ele resolveu voltar a falar sobre o pai. - Então Naty, porque você disse que acha que não rola nada entre você e o meu pai?

- Bom, há alguns dias atrás eu o vi acompanhado daquela mulher que saiu junto com vocês hoje. E ela estava pendurada nele. - suspirei - E depois, ele nem tem me procurado mais. Preciso voltar ao trabalho, tenho uns relatórios pra terminar, obrigada pelo almoço, amanhã à tarde eu vou até a sua sala e vejo tudo pra você. Pode ser?