55. O grande coração de um Macklay

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No sábado, mesmo contra a vontade do Tony e sendo o dia da festa da empresa, eu resolvi ir procurar a Emma e assim tentar saber os motivos que levaram o Kiler a pegar a minha filha, ela já sabia que ele e os amigos haviam desaparecido me certifiquei de que ela soubesse. Então eu fui até a casa onde eles moravam, um verdadeiro muquifo como aquela vagabunda merecia. Não entrei, não queria ficar mais tempo que o necessário, afinal de contas era a festa anual das Indústrias Dellaveccio e eu sou a esposa do dono daquilo tudo.

Ela não me pareceu surpresa quando me viu, era mais susto do que qualquer outra coisa. Então eu fiz o papel de esposa, de um grande empresário e acima de tudo filha de mafioso, fui com o Régis e com o Brian, mas como o Régis é o cara tatuado e mal humorado, pedi pra ele descer do carro e abrir a porta e não sair do meu lado por nada, quero deixar ela intimidada o bastante e consegui, o Régis é grandão e isso já é assustador.

- O que você quer aqui? - ela quase gritou.

- Vim saber uma coisa importante, pelo menos pra mim. Porque o Kiler sismou de pegar a minha filha no parque? Porque ele foi tão burro?

- A gente precisava de dinheiro, ele perdeu o emprego e nunca me deixou trabalhar, e olhe por si onde eu moro. Vamos ter um filho. Seja lá onde ele estiver, solta ele, sei que vocês devem ter dado uma coça nele, eu falei que bastava dar um susto e pedir dinheiro. - Eu ri.

- Sinto muito, mas não tem como ele sair do inferno, nem ele e nem aqueles idiotas que o ajudaram. Vou te fazer um favor. Apesar de que não mereces, saiba que é apenas pela criança. Vou te pagar um salário básico, é o bastante pra manter as coisas pro bebê e assim que ele nascer tu vai faxinar os banheiros da concessionária da minha família. - Ela pensou em recusar, mas era evidente que ela não se alimentava direito - é pegar ou largar e eu não costumo ser boazinha como antes.

- Eu aceito, já estou com quase 9 meses e não posso ficar sem comer ou qualquer outra coisa...

- Régis. Depois eu quero que você traga aqui uma boa quantidade de mantimentos, o que seja o bastante pra ela se alimentar até o final do mês.

- Sim senhora.

- Não pense em abrir a boca sobre essa nossa conversa, não faz eu te matar também. - Não fiquei pra ouvir lamentos ou agradecimentos. Entrei no carro seguida pelo Régis e fomos direto pro SPA no centro da cidade.

- Naty, acho que o Tony não vai aprovar isso. Mas você sabe o que faz.

- Eu sei Brian. Sei que ele vai querer me matar por ajudar a vadia que já traiu a minha confiança, além do fato dela ser mulher do cara que levou a Letícia, mas ela precisa comer e eu fiz isso pela criança.

- Eu sei. Nós sabemos como você é. E é justamente por você ser assim que todos os empregados da casa, da segurança e de todo o resto te amam e te respeitam. Porque você se preocupa com todos e ajuda todos. Minha esposa te ama muito mais por tudo o que você fez sobre os nossos filhos.

- Você é da família Brian, você também Régis. Mesmo que a sua esposa não tenha meu sangue ela tem meu sobrenome, e é isso o que importa.

- Eu sei baixinha. - olhei feio pra ele, mas depois eu ri. Ele casou com a mulher que pra todo mundo é a minha prima e com isso acabou pegando o hábito do Aron e do Alec em me chamarem de baixinha. E eu gosto disso. Eu os adoro e ele não se importou em saber o verdadeiro nome da Jade, pra ele tanto faz, ele é apaixonado pela pessoa e não pelo nome.

☆☆☆☆☆

Depois que saí da minha massagem e todo os outros mimos que o SPA me proporciona, passei na loja da Prada pra comprar um sapato para usar à noite. Quando cheguei em casa, fui agracida com a visão dos meus filhos brincando no jardim com o Gabriel, a Layla, os filhos do Brian que já estão grandinhos, os filhos da Natasha, e as minhas netas - filhas da Izabella - a cretina ensinou e elas só me chamam de vovó, acho que ela pensou que eu me importaria não deu certo, eu adorei e ri muito quando elas me chamaram assim pela primeira vez, porque o meu querido marido se assustou. Desci do carro antes que o Brian entrasse na garagem e fui até os meus pequenos. Dei um beijo em cada um deles e depois entrei, afinal ainda iria ver o meu vestido, na verdade, apenas escolher entre dois modelos que eu já havia separado por isso fui comprar um novo sapato. Assim eu veria com qual deles eu ficaria melhor.

Rox Drinking (REPOSTADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora