Capítulo 3: um cavalheiro em toda a extensão da palavra - Parte 2 de 3

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Mesmo após comer, banhar-se e se vestir, Ana continuava dormindo. Era de fato um ser noturno, ele pensou. Fontes, entretanto, não poderia acompanhá-la. Aproximavam-se as duas horas da tarde e Silas o esperava. Mostrar-se-ia irritado pela maneira como ele agira na noite anterior, mas ficaria feliz ao saber que seu querido amigo não acordara sozinho; ele julgava que não dividir os lençóis com, pelo menos, uma mulher numa manhã de sexta-feira seria um tremendo mau agouro. Fontes, por sua vez, não poderia reclamar de ter acordado sobre os fartos seios da jovem senhorita.

Onde você vai, garanhão? – ela disse com a voz sonolenta, revirando-se lentamente na cama e deixando as grandes auréolas de seus mamilos à mostra.

– Tem comida na cozinha – ele disse, ajeitando o colarinho da camisa. – Sinta-se à vontade, Ana. O Silas tá me esperando.

– Não tem tempo nem pra uma rapidinha? – mordia os lábios.

– E eu lá sou homem de rapidinha, Anita, minha querida? Tem rum na cozinha e você deve achar um pouco de pó nessa cômoda ao lado. Não precisa trancar a porta quando sair. Até outra hora.

Zé! Já falei que não gosto que me chame assim! Meu nome é ANA! – ela chamou, mas ele fingiu não ouvir. Não havia tempo para mais uma transa também nada mais a dizer. – ZÉ!

Um Perverso Tom de VinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora