Capítulo 7

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Talvez eu esteja morta agora. Acho que fui atropelada por um trem, porque antes estava tudo escuro e agora está um clarão do caramba. Mas mortos não pensam, né? Pior que eu nem tive a chance de conhecer o Jared Padalecki, o Jensen Ackles, Misha Collins, Ian Somerhalder, Paul Wesley, Henry Cavill e qual o nome daquele ator que fez o Thor mesmo? Ah! Esqueci.

E o pior é que nem tive tempo de dizer o quanto amo minha família, meus amigos como o Nate, Rafa e a July que está longe nesse momento. E também eu...

- AH!

Meus pensamentos são parados abruptamente quando sinto um jato de água fria em meu rosto.

- Acordou bela adormecida? – Ann ironiza.

Abro os meus olhos mas fecho de novo devido ao clarão que entra pela janela.

Ei, espera! Pelo menos eu não morri.

Mas a minha cabeça dói tanto, parece que vai explodir e por que diabos eu não me lembro do que houve ontem? Quer dizer, eu lembro do que houve ontem, até a parte em que saí da cozinha e comecei a tomar taças e mais taças de champanhe. Ah, droga! Mamãe vai me matar. Obviamente eu devo ter feito uma loucura muito grande.

Eu sei que a minha tolerância à álcool é zero, então por que insisto em beber? Mas claro que eu me senti obrigada a beber depois que o idiota do Chris se aproveitou de mim. Sim, ele se aproveitou. Quem ele pensa que é? Ele não podia ter me beijado daquele jeito. Primeiro que ele tem namorada e segundo que eu não quis aquele beijo. Foi a força. Tá, não foi a força mas não era pra acontecer.

- Ann, são que horas? – ela olha em seu celular.

- 7h30. Se eu fosse você levantava logo para tomar café porque a mamãe está soltando fogo pela venta. – então ela sai do meu quarto.

Me levanto com a cabeça explodindo e caminho devagar até o banheiro, quando chego no mesmo, me olho no espelho e chego a levar um susto. Meu cabelo parece que se irritou comigo e está todo para o alto, meu rosto está avermelhado e graças ao meu bom Deus, minha maquiagem era natural.

Escovo meus dentes e em seguida prendo meus cabelos em um rabo de cavalo desleixado. Respiro fundo ao me encarar no espelho e conto mentalmente até 10 antes de sair do quarto porque não vai ser nada fácil encarar minha mãe depois de alguma merda que com certeza eu fiz ontem.

Assim que chego na cozinha, todos estão tomando café, me sento em uma cadeira ao lado do papai e murmuro um "bom dia".

- Que bom que acordou cedo, achei que dormiria até mais tarde. – mamãe começa. – Também, depois de toda a bebedeira de ontem.

- Evelyn! – papai a repreende.

- "Evelyn" nada, Henry. – ela olha para mim. Percebo que Ann não estava exagerando, ela está soltando fogo pela venta. – Por que bebeu daquela maneira, Elena?

- Eu... Eu não sei. – suspiro. – Desculpe, mamãe e papai, eu não queria fazer nada daquilo, seja lá o que eu fiz.

- Filha, não tem problema. Você é humana, humanos cometem erros. – alguém bate na porta e Ann se levanta.

- Não passe a mão na cabeça, Henry. Agora somos a chacota da cidade.

- Também não exagere, Evelyn.

- Na verdade, não é exagero não. – Ann vem de lá da sala. – Olha o que o carteiro deixou. – ela joga uma folha de jornal sobre a mesa e eu a pego.

É o jornal da cidade, e nele diz "Filha mais velha dos Hockifiel volta com tudo para a cidade." e abaixo tem uma foto minha dançando em cima de uma mesa com o vestido rasgado. Deus! O que eu fiz ontem?

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