Capítulo 11

484 28 8
                                    

- Filha, que bom que você apareceu! – fico quase sem ar ao receber um abraço apertado da minha mãe. – Eu fiquei tão preocupada. O que aconteceu com você? Está tudo bem? Está com fome? – ela me bombardeia de perguntas e eu franzo o cenho.

- Deixe-a respirar, Evelyn. – diz papai vindo ao meu encontro. – Precisa tirar essa roupa molhada e tomar um banho quente, filha.

- Sim, eu sei. – passo a mão pelo cabelo e respiro fundo. – Na verdade, eu vou fazer isso agora.

- Não antes de dizer o que aconteceu com você. – mamãe e seu tom autoritário. – Fiquei preocupada, sabia? Seu namorado ligou de minuto em minuto para saber de você.

- Namorado? – ah! O Rafa. – Mamãe, eu não estou com cabeça para isso. Prometo que amanhã eu conto tudo, só quero deitar e dormir nem que seja por 10 minutos.

- Tudo bem então. Mas amanhã quero me conte tudo, entendeu Elena?

- Sim, mamãe! – e ao receber um beijo na testa dos meus pais, subo para o meu quarto quase que correndo.

Depois de plugar meu celular no carregador e tomar um banho bem quente, visto meu pijama do Bob Esponja e vou me deitar. Minhas pálpebras rapidamente começam a pesar e logo elas fecham, mas um toque me faz abrir os olhos no mesmo instante não acreditando que alguém realmente está me ligando. Estico o braço e começo a procurar o meu celular na cômoda ao lado da cama e logo o pego, atendendo a ligação e colocando no ouvido sem nem mesmo ver quem é.

- Hum? – murmuro sentindo minhas pálpebras pesando.

- Pequena? Graças a Deus, você está viva! – ouço o suspiro de alívio do Rafa. – Onde você estava? O que aconteceu?

- Rafa, vai dar três horas da manhã. Me deixa dormir, por favor.

- Nem que eu tenha que ir aí na sua casa e jogar pedras na sua janela agora de madrugada, você vai me dizer o que aconteceu. – bufo.

- Eu fiquei presa na biblioteca com a Hailey. Feliz?

- Você me deu um susto sabia? – posso imaginá-lo revirando os olhos. Ele adora fazer isso. – Achei que algo ruim tinha te acontecido.

- E aconteceu. – me viro na cama e encaro o teto.

- O que?

- O Chris que buscou a gente. Aliás, onde você estava?

- Eu estava procurando você. – seu tom é de indignação. – Eu passei o dia todo procurando você então não fale comigo nesse tom, mocinha.

- Tá, desculpe. – solto um suspiro de frustração.

- Escuta, amanhã terei que ir aí e nós nos falamos, ok?

- Você terá que vir aqui? – repito o que ele acabou de me dizer. – Por quê?

- Porque seus pais, me chamaram para um almoço para que eu peça você em namoro oficialmente. – espalmo minha mão sobre a testa quando acabo de me lembrar desse "namoro".

- Esqueci de esclarecer isso com meus pais.

- Pois é. – pelo seu tom de voz, está claro que Rafa está se divertindo com isso.

Desde sempre ele foi assim. Rafa nunca foi um cara de perder a calma, ele sempre foi brincalhão e ainda assim, sempre foi a melhor pessoa para conversar. Devo admitir que o considero meu irmão, porque ainda que eu tenha me mudado desse lugar e ido morar longe por anos, a nossa amizade continuou a mesma. Eu tenho uma facilidade enorme em me abrir com ele, o Rafa sempre me passou confiança. Acho que é isso que o torna meu melhor amigo.

Reencontrar Você Onde histórias criam vida. Descubra agora