Capítulo 23

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Ele estava vindo em minha direção com seus olhos verdes encarando os meus sem quebrar a conexão em nenhum momento. Nem me dei conta em que exato momento a minha querida amiga saiu daqui, só sei que ela já não está mais. Eu não sei porque estou tão nervosa, parece até a primeira vez que o vejo. Mas o verdadeiro problema é que não sei o que esperar. Talvez ele vá reclamar por eu ter beijado outro homem, talvez ele vá me jogar na cara que ama a bruxa da Lorena, eu não sei. Não sei nem porque ainda estou parada aqui. Ah, sei sim! Porque o meu corpo que é um traíra, não consegue simplesmente me obedecer quando eu mando.

Quando Chris finalmente se aproxima de mim, eu abro a boca para tentar falar algo mas ele me impede colocando seu dedo indicador sobre meus lábios. Então eu o encaro.

- Eu agi feito um idiota. – ele assume e eu arregalo os olhos. – Eu não deveria ter te falado aquilo depois daquela noite que passamos juntos. Na verdade, eu fui presunçoso. Achei que fosse me dar um fora e quis fazer isso antes. Mas agora que te vi lá dentro com aquele idiota de merda... – ele fecha os olhos por breves segundos como se tentasse se controlar. – Droga, eu continuo sentindo a sua falta como a 10 anos atrás quando você foi embora. E sei que você não quer falar sobre isso mas nós precisamos. Não precisa ser agora, por hora eu só quero pedir desculpas. – Chris tira seu dedo dos meus lábios e eu apenas o encaro perplexa.

É muita informação para uma noite só.

E a safada da minha amiga ajudou ele. Afinal, como ela ajudou ele se ela nem sabia quem era o Chris? Obviamente ele deve ter me visto com ela e a convenceu de o ajudar. Mas o que eu não entendo é: O que o Chris quer de mim?

Uma hora ele está me provocando, outra ele está me beijando e agora me pede desculpas. Eu não o entendo. Acho que eu por mim mesma já sou muito complicada, não preciso de ninguém mais complicado que eu para entrar na minha vida. Mas é irônico falar isso porque o Chris nunca saiu da minha vida. Eu tentava esquecer ele mas toda vez que eu o fazia, apenas me lembrava mais. Ele era como o meu fantasma enquanto eu estava longe. Agora que eu estou aqui, ele é como o meu carma.

- Desculpas aceitas. – digo simplesmente.

- Sério? Só isso?

- Sim, só isso. – me viro para entrar no Dallas mas ele segura meu braço.

- Mas nós...

- Não existe "nós", Chris. – puxo meu braço quando volto a ficar de frente para ele. – Foi você quem disse que foi um erro e você tinha toda a razão. Se a sua intenção era só me pedir desculpas, já pode dormir tranquilo essa noite. Mas se queria que eu me jogasse em seus braços e dissesse que te amo, receio que nunca mais vá poder dormir tranquilo. – então caminho para dentro a passos largos. Ou tento.

Porque quando chego perto da porta, Chris me puxa e pressiona meu corpo contra a parede do Dallas, ao lado da porta. Ele simplesmente ataca meus lábios com um beijo faminto onde eu não tenho nem tempo de evitar — como se eu quisesse.

Uma de suas mãos puxa o meu cabelo para trás enquanto a outra prende minhas duas mãos acima da minha cabeça. Eu não sei quando o Chris se tornou um Christian Gray mas eu gosto disso.

- Eu poderia simplesmente te levar para a minha casa nesse exato instante. – ele diz no meu ouvido e me encara por segundos. Nossas respirações estão ofegantes e seus lábios estão vermelhos e inchados, pelo beijo que acabamos de dar. Então ele solta as minhas mãos e sua mão que antes estava segurando o meu cabelo agora está em minha cintura. – E com você me olhando desse jeito, aposto que está querendo para isso. – ele aproxima seu rosto do meu. – Só diga que "sim" e em um segundo eu te faço esquecer de todas as merdas que já dissemos e fizemos um ao outro.

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