Capítulo 29

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- Devolve, Rafael! – exclamei enquanto corria pelo quarto atrás do idiota/ciumento do meu melhor amigo.

Obviamente nós estávamos parecendo duas crianças, mas eu pouco estava me importando. O fato é que acordei essa manhã com o Rafael abrindo as cortinas do meu quarto, daí meu celular tocou alertando que uma mensagem havia chegado e quando o nome "Liam" apareceu na tela, meu melhor amigo como o perfeito ciumento que é, fez questão de pegar o meu celular e ler a minha mensagem. Ou ao menos tentar, porque ele está correndo pelo quarto com meus celular nas mãos enquanto tenta descobrir a senha de bloqueio. Senha qual ele nunca vai acertar.

- Quem é Liam? – reviro os olhos.

- Não é da sua conta. – ele dá a volta por cima da cama e eu paro de correr atrás dele.

Eu já estava cansada. Deve fazer mais de 30 minutos que estamos assim.

- Fala sério, Elena! Não acredito que está saindo com um cara que nem conhece. – ele se senta no centro da cama. – Já pensou que ele pode ser um psicopata?

- Eu por acaso reclamo das mulheres com quem você sai? Já pensou que elas podem ser umas prostitutas? – cruzo os braços quando ele me encara.

- Mas a maioria é mesmo. E você? Conhece esse Liam? Sabe sobre a vida dele? – abro a boca para responder mas sou impedida quando sinto algo bater em minha nuca.

Me viro em direção à porta a tempo de ver July tacar outra almofada em Rafael, que consegue desviar a tempo.

- Dá para pararem com essa porcaria de discussão? São 8 da manhã. Eu tive uma ótima noite com 3 rapazes e estou querendo recuperar a energia. Então calem a porra da boca de vocês e vão dormir. Caralho! – ela sai do meu quarto e eu encaro o vazio que ficou na porta.

Ela disse 3 rapazes?

- Ela disse 3 rapazes? – Rafa questionou como se pudesse ler meus pensamentos.

- Acho que sim. – Encolhi os ombros. – Agora devolve meu celular! – pulei em cima dele, conseguindo derrubar meu amigo e fiquei por cima dele em cima da cama, mas o idiota colocou o celular dentro da calça.

- Não até você me dizer quem é Liam. – reviro os olhos.

- Eu não sou obrigada! – em um movimento rápido, Rafael fica por cima de mim, prendendo minhas mãos acima da minha cabeça com uma de suas mãos. Então ele pega o celular com sua mão livre e volta a mexer nele. Provavelmente tentando descobrir a senha.

- Qual é a maldita senha? O nome da sua irmã? – Ergui uma sobrancelha com um sorriso debochado.

- Tenta adivinhar. – ele cerrou os olhos para mim.

- Tá! – foi tudo o que ele disse antes de voltar a mexer no meu celular. Demorado uns 3 minutos, ele abriu um sorriso. – NewYorkTime.

Abro a boca em choque.

- Como você...?

- Ah minha querida amiga, eu sempre consigo o que quero. – tento soltar as minhas mãos em vão.

- Rafael, para com isso agora. É sério!

- Ele te pediu desculpas por ontem. – Rafa desvia os olhos do celular e me encara. – O que ele fez ontem?

- Nada. – dou de ombros. – Dá pra me soltar? Meus braços estão doendo e eu não curto masoquismo.

Ele ri.

- Ah, eu acho masoquismo bem legal. – faço uma careta e no momento que ele solta meus braços, escutamos uma voz adentrar o cômodo do meu quarto.

- Elena, você... – olho para a porta e vejo o rosto do meu pai ficar vermelho. E posso apostar que ele está contando mentalmente até 10.

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