Capítulo 24

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- Seu grande idiota! – esbravejo.

- Eu não fazia idéia, tá legal?

- Do que exatamente? Que a Hailey gostava de você ou que a vaca da irmã dela estava tentando feri-la?

Faz uns 20 minutos que eu cheguei aqui na loja de doces. Na verdade, quando cheguei aqui eu dei um ou dois tapas no Nate. Talvez tenha sido três mas quem liga?

- Das duas coisas. – ele passa as mãos pelo cabelo.

O fato é que a Lorena já sabia que a Hailey viria, ela simplesmente veio na frente da irmã para acabar com as ilusões dela. Por que? Bom, porque Lorena é uma pessoa má. Muito má. E o idiota do Nate não fez nada. Segundo ele, a Lorena chegou, beijou ele e foi embora. Está vendo que tipo de mulherzinha ela é? Por que tentar acabar com a felicidade da irmã desse jeito? Logo da Hailey que é uma pessoa tão doce e amável.

- Você gosta da Hailey, Nate? – ele parece pensar por longos segundos.

- Eu gosto dela mas não como....

- Nem precisa terminar. – o interrompi. – Ela vai ficar magoada de qualquer jeito. Por que eu fui aconselhá-la?

- Você a aconselhou? – ele parecia ligeiramente surpreso. – Por que fez isso?

- Desculpe. Eu achei que vocês fossem o casal ideal. – ele franziu o cenho.

- Eu achei que você ao menos já tivesse percebido.

- Percebido?

- Ou você é uma ótima atriz. – cruzo os braços, não entendo do que ele está falando.

- Nate, do que está falando?

- Eu gosto de você, Elena. – reviro os olhos.

- Eu também gosto de....

- Não. – me interrompe. – Eu gosto de você como mulher. Eu sempre gostei, só que esse sentimento de criança foi crescendo e até hoje continua aqui dentro. Eu achava que era uma paixonite boba, dessas de criança, mas aí eu percebi que não era. Eu sempre te amei.

- Nate, eu sinto muito mas...

- Você gosta de mim como amigo. – ele parece conformado ao dizer isso. – Porque ama o desgraçado do Chris que te fez sofrer há anos atrás e vai fazer de novo.

- Como assim "fazer de novo"? – o encaro estupefata. – Ele não vai fazer nada "de novo". – faço aspas com os dedos. – Eu amei muito o Chris sim, mas agora...

- Agora ama mais, Elena. – ele suspirou. – Negue pra mim se quiser, mas não negue pra você. O único problema é que você continua o amando tanto quanto antes ou mais. E aí você nunca vai conseguir perceber que alguém pode te amar como você merece. – ele toca meu rosto com uma de suas mãos e acaricia minha bochecha. – E tudo o que eu precisaria, era uma chance.

- Nate... – digo seu nome gentilmente e ponho minha mão por cima da sua. – Eu não posso te ferir dessa maneira. Não poderia te dar uma chance se... Bom, se eu ainda não estou pronta para amar alguém. – tirei a minha mão da sua e acariciei sua barba por fazer. – Mas se um dia eu tiver, eu iria continuar te amando como um irmão, porque você sempre será um irmão para mim. Só espero que não se afaste.

- Eu não seria capaz. Convivi com isso durante anos, sou capaz de conviver pela minha vida toda. – ele abriu um sorriso triste.

- Desculpe, Nate! – o abracei. – Seria tão mais fácil gostar de você.

Ele passou os braços em volta da minha cintura, retribuindo o meu abraço e ficamos assim, não sei por quanto tempo, mas nos separamos quando ouvi uma voz bem familiar e que me causou arrepios. Mas arrepios no bom sentido.

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