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O dia da coletiva e do pocket show havia chegado. Dulce conseguiu se levantar sem acordar Alex, de modo que o assunto do casamento ficou adiado para mais tarde. Era por volta de 10h quando todos eles se reuniram na sala de convenções do hotel, onde ocorreria o pocket show e a coletiva. Foram apresentados aos músicos contratados e passaram o som. Dulce seguiu sem falar com ninguém. Não deu nem bom dia. Christian e Christopher já estavam em harmonia novamente, o que de certa forma a irritava mais. Mas, diferentemente da sessão de fotos, o comportamento dela não causava mais um climão geral. Na passagem de som, Anahí, Alfonso, Christian e Christopher até se divertiam e faziam brincadeiras entre si. Ela que estava excluída. Auto-excluída.


Na hora do almoço, Alex apareceu no restaurante do hotel para acompanhá-los. Quando Dulce o viu, achou ótimo, porque seria uma desculpa para que se sentassem separados da grande mesa para RBD e a equipe. Mas Alex disse que seria muito deselegante que se afastassem dos demais. Muito educado, ele cumprimentou um a um e puxou uma cadeira para si. Dulce teve que se sentar ali também – longe do Christian e do Christopher, pelo menos. Ela não podia dizer para o namorado (noivo?) que não estava falando com ninguém. Ou melhor, não podia revelar o porquê disso, então era melhor não chamar atenção para o fato. Por um lado, estar à mesa com todo mundo, era bom porque a poupava do assunto casamento.


No centro da mesa, Anahí pesquisava no Google sobre as fofocas do Diego Rivera. Estavam dizendo que Maite Perroni havia dado um soco bem na cara dele durante as gravações, por conta daquela entrevista. Anahí ficou de boca aberta e mostrou a notícia para o Alfonso no celular.

- Isso deve ser mentira. Você sabe como são esses sites de celebridades, Any: inventam muito. A Maite não é do tipo que sai batendo nas pessoas.

- Eu também acho que não. Mas não convivo com ela há dez anos. As pessoas mudam, Poncho.

- Não, não. Esquece isso. Estão falando algo sobre você?

- Felizmente, não. Esse bafo da agressão levou todas as atenções para ela. Ótimo para mim. – Anahí riu.

- Que maldosa! – ele disse e deu um beijo nela.

- Mas tenho medo que inventem boatos sobre mim também.

- Pelo menos, aqui no Brasil, ninguém nem sabe quem é Diego Rivera, então não será pauta na coletiva.

- Eu não responderia de qualquer jeito. – ela deu de ombros.


Essa coletiva tinha formação mais compacta. Eram cinco cadeiras em formato de semicírculo diante das fileiras de cadeiras dos jornalistas brasileiros. Havia cerca de 10 repórteres selecionados. Sentaram-se, nesta ordem, Dulce, Alfonso, Anahí, Christian e Christopher. Anahí fez questão de ficar de mãos dadas com Alfonso, apoiadas na perna dele, durante a entrevista. Era importante mostrar que o "namoro" seguia de pé e que a entrevista do Diego não significava nada para ela. Embora fosse uma coletiva para brasileiros, ela sabia que ia repercutir no México, principalmente as fotos.

Começaram a coletiva com perguntas superficiais, sobre o show no Maracanã, a experiência de voltar ao país como grupo, a relação com os fãs histéricos, a reunião profissional e a gravação do clipe no Rio de Janeiro. Alfonso confirmou a informação de que tinha vazado sobre a demissão do diretor:

- Não foi exatamente uma demissão. Ele fez metade do trabalho e será creditado por isso. Mas tivemos algumas divergências e eu assumi a segunda parte do cronograma, o que foi ótimo.

Begin Again - O Reencontro do RBDOnde histórias criam vida. Descubra agora