41. Escrever um roteiro, se ela der paz

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A reunião durou mais uma hora até que acertassem as arestas do plano. Pedro Damián deu sinal verde para que Alfonso e Maite apresentassem um roteiro no dia seguinte, o que significava que eles teriam que trabalhar no projeto o dia e a noite inteiros, o que por sua vez significava que Anahí estava muito irritada. Ela fez questão de deixar o escritório se despedindo de todo mundo, menos deles dois. Percebendo que ela estava ignorando-o, Alfonso foi até a janela do seu carro falar com ela, que estava de partida com Christian.

- Você não vai falar comigo, Any? O que houve?

- O que ainda estamos fazendo aqui? Toca esse carro! – ela intimou o motorista, que arrancou deixando Alfonso para trás com cara de tacho. Ele ficou chateado, porque não havia feito absolutamente nada, mas não pôde pensar muito no assunto. Logo, Maite o gritou para que entrasse em seu carro.

- Vamos, Poncho! Temos muito que trabalhar! Ainda vou deixar Armando em casa. Só não te ofereço carona, porque você mora muito longe, Christopher.


Dulce já não estava ali. Havia sido a primeira a ir embora, de táxi, assim que teve oportunidade. Estava muito fora de sintonia com aquilo tudo. Precisava de colo. Ligou para uma amiga para ir à sua casa contar sobre tudo que tinha acontecido no Brasil envolvendo Christian, Christopher e Alex. Era muito difícil ser ela, ainda que essa fosse uma fala da Mia Colucci.


- O Poncho é um idiota! Eu não posso acreditar que ele está com a Maite! – Anahí se revelava furiosa.

- Por que você diz isso? Ele só quer ajudar a salvar minha pele. – Christian respondeu.

- Eu sei, cariño, eu sei. – Anahí o abraçou, fazendo carinho em sua cabeça – Mas aquelazinha o usa para me atacar. Você não sabe o que eu vi quando cheguei a Puerto Vallarta.

- O quê?

- Poncho estava suspendendo-a no ar. Os peitos bem na cara dele, sabe?

- Mentira!

- Verdade. E digo mais: ela tinha um trailer só para ela!!!

- Eita! Será que ela pagou por conta própria? Porque a gente teve que ficar em tendas, né?

- Quando eu digo que se acha, ninguém acredita.


Na mansão da Maite, ela e Alfonso almoçaram peixe e salada sentados à mesa, discutindo ideias para o clipe, dentro das limitações de orçamento. Depois de comerem, Maite disse que queria botar uma roupa mais confortável e disse para que Alfonso ficasse à vontade. Ela foi para o quarto no segundo andar e ele para a área externa, no térreo. Estava um dia bonito. Eles poderiam trabalhar ali ao ar livre. Tirou o tênis e a meia. O ideal seria botar uma bermuda, mas ele não havia levado nada e estava de calça jeans. Tudo bem.

Maite voltou de chinelo, um minishort, uma blusinha de alcinha e cabelo preso:

- Ei! Você não precisa ficar descalço. Acho que tenho um chinelo para você. – ela tocou um sininho e rapidamente um empregado apareceu para atendê-la. – Traz aquele chinelo que meu pai deixou ai?

- Não precisa. Gosto de ficar descalço.

- Tem certeza? Acho que tenho bermuda e camiseta também. Vão ficar meio largos em você, mas são mais confortáveis que essa roupa aí.

Begin Again - O Reencontro do RBDOnde histórias criam vida. Descubra agora