36. O pocket show

810 61 37
                                    


Maite Perroni viu em alguns sites de segunda linha a verdadeira história sobre sua demissão da novela, com detalhes sobre a agressão, mas ninguém estava dando credibilidade. Graças a Deus. Armando garantiu que não era algo que ela precisava se preocupar: alguns sites falam tantas mentiras que ninguém acredita quando por fim dizem a verdade. O foco agora era o RBD: seu retorno ao grupo era o principal tema dos sites de entretenimento. Muitos jornalistas, assim como ela, viam isso como um retrocesso. Mas era melhor ler críticas por dar um passo para trás na carreira do que por ser demitida por agressão. Com certeza. Tudo para evitar o escândalo. A Televisa, verdade seja dita, também estava lhe dando todo suporte necessário para abafar o incidente no estúdio: nenhum veículo da empresa tocava no "assunto proibido". Estava claro que o canal não queria se desfazer dela. Só estava punindo-a por comportamento inadequado, mas com total controle do caso: não queriam destruir a imagem de uma de suas maiores estrelas, com grande poder de atrair anunciantes para as novelas.

- Bem, Armando, se vamos fazer isso, vamos fazer direito. Tem que ser o melhor comeback de todos os tempos. – Maite sentenciou.

- É assim que se diz.



Após o fim da videoconferência, os artistas tinham meia hora antes de descer para o pocket show. Dulce disse que ia ver como a Anahí estava, antes que Alfonso se levantasse para fazer isso. Era a desculpa que ela tinha para não ficar no quarto com Christian e Christopher, nem voltar para o seu, com Alex. Que vida difícil. Mas realmente queria entender o que estava acontecendo com Anahí, também. Duvidava muito que ela estivesse passando mal.

- Any, sou eu. – ela bateu na porta do quarto.



Anahí não esperava aquela visita. Dulce não estava chateada com ela? Levantou-se rapidamente da cama, largou o celular e correu para abrir a porta.

- Oi, Dul. Está acontecendo algo?

- Na verdade, eu que vim perguntar isso. – Dulce deu uma risadinha constrangida – Você saiu tão apressadamente.

- Ah, entra aí. – ela deu espaço para a colega passar – Estou melhor, sim. Obrigada pela preocupação. Acho que tive uma queda de pressão ou algo assim. Você leu a notícia sobre o tapa da Maite no Diego?

- Não! Rolou agressão? Mentira! – as duas se sentaram na beirada da cama.

- Não sei se é verdade. O Poncho acha que não, mas alguns sites estão falando...

- Ah, não dá para acreditar nesses sites de fofoca.

Anahí sabia. Não dá para acreditar em nada, na verdade. Tudo é construído, destruído, distorcido e retorcido ao bel prazer de quem conta, para atender esse ou aquele interesse. Mas dava para acreditar na história da Maite? Do nada, decidida a participar do grupo, em cima da hora, com licença da novela? Isso não fazia o menor sentido. Ninguém achou em momento algum que ela abandonaria a novela para fazer um show do RBD. Nem havia necessidade disso...

- Eu sei lá, Dul. Mas você acredita que a Maite realmente vai fazer esse show de boa vontade? – ela preferia não falar sobre a lista de exigências que tinha visto. Isso poderia ser um trunfo no futuro, com Pedro.

- Ah, Anahí... nem eu estou aqui de boa vontade, francamente.

- É, eu sei. Está sendo duro, né? Eu fico feliz que você tenha vindo falar comigo.

- Eu fiquei com muita raiva, mas sei que você e o Poncho não tem nada a ver com o que aconteceu. Desculpa se te tratei mal. Mas estou muito mal humorada. O Alex apareceu aqui do nada, me pedindo em casamento...

Begin Again - O Reencontro do RBDOnde histórias criam vida. Descubra agora