Anahí deixou Christian na casa de Maite, passou em casa para tomar banho e se trocar, e encontrou Alfonso na saída do estúdio de edição. Idealizou todo o encontro para os dois. Ele realmente precisava relaxar. Ela até se assustou quando viu sua cara ao deixar o prédio onde passara o dia inteiro trabalhando: estava péssima. Alfonso parecia alguém resgatado após anos de cativeiro.
- Tire-me daqui, por favor. – ele disse ao entrar no carro, meio se arrastando, meio se jogando no banco.
Anahí o recebeu com beijinhos, enquanto o motorista conduzia o casal pelo caminho indicado. Alfonso, depois da calorosa recepção, percebeu que Anahí estava deslumbrante. Maquiada, bem vestida, de cabelo feito: tudo bem que ela sempre era linda, mas hoje parecia que ela realmente queria caprichar.
- Você está maravilhosa.
- Obrigada. – ela achava que ele tinha demorado a falar algo, na verdade.
- Algo especial?
- Só te encontrar, mesmo. – ela deu um sorrisão.
Alfonso deu mais um beijo nela, contente com a atenção. Anahí estava sendo fofa. Ele estava precisando disso depois de horas enfurnado naquela sala escura trabalhando com todos aqueles botões e imagens. Tudo que ele queria agora era chegar em casa – na dele ou na dela, tanto faz – tomar um banho, comer qualquer coisa, deitar e ficar agarradinho com a namorada.
- Chegamos! – Anahí avisou e Alfonso abriu a porta assim que o carro parou. Quando fez esse movimento, foi surpreendido por um monte de disparos de máquinas fotográficas na sua cara. Recuou e fechou a porta. Virou-se para falar com Anahí, e ela já havia saído pela outra porta. Respirou fundo e saiu também, sem entender nada. Anahí já estava esperando-o à porta. Posaram para os fotógrafos.
- O que é isso tudo? – ele perguntou.
- Sorria, Poncho. Em poucos segundos, nos livramos. – ela respondeu.
- Eu só queria relaxar.
- Então. – ela apontou para a placa do local. Era o restaurante mais badalado da Cidade do México. Para Anahí, não poderia haver lugar melhor para encerrar um dia de trabalho. Se ela fosse Alfonso, seria tudo que quereria após o expediente: jantar uma comida boa, em um lugar agradável, com pessoas bonitas.
Alfonso não acreditava no que estava acontecendo, mas entrou com ela no restaurante. Ele reparou que estava mal vestido para o ambiente, mas cansado demais para se importar. O local estava cheio, mas Anahí tinha uma mesa reservada, aparentemente. Era uma espécie de cliente VIP. Sentaram-se. Ela estava com um sorriso radiante, como que orgulhosa de si mesma por estar proporcionando aquilo para ele. Alfonso ficou sem graça de demonstrar que queria estar em qualquer lugar menos ali. Aceitou o cardápio e se pôs a ler. Já que estavam ali, que aproveitasse, pensou.
Ele passava o olho pela segunda página quando um casal se aproximou da mesa para cumprimentá-los. Eram amigos do primeiro casamento de Anahí. Perguntaram sobre a vida, falaram amenidades e se foram. Alfonso achou que demoraram de mais.
- Eles são finérrimos, Poncho. Você tem que ver a casa deles. Ele é empreiteiro e cuida de todas as obras do governo federal. Fiquei surpresa que eles vieram me cumprimentar. Muito legal da parte deles. Talvez eu deva oferecer um jantar para o casal algum dia, em retribuição. – ela divagava e ele parara de escutar, cansado daquele papo. Mas, de repente, Anahí se levantou e correu para abraçar uma amiga. Ele ficou olhando atônito, até que ela trouxe a mulher pela mão. Era uma ex-modelo, atual socialite.
- Poncho!!! Essa é a Nicole. Você se lembra dela? Já te falei dela! A gente era da mesma agência quando éramos crianças. Fizemos muita coisa juntas! – Anahí a abraçou com força, ali de pé, diante da mesa – Eu não sabia que você estava no México de novo! Você não estava morando na...?
- República Tcheca. – a outra respondeu – Ainda vivo lá. Estou aqui a passeio. Ver a família, os amigos, essas coisas.
- Desgraçada! Nem ia me avisar! – Anahí brincou – Precisamos marcar algo. Quando você volta para lá?
- Só daqui a três meses.
- Dá tempo de ir ver nosso show no Brasil! O RBD está de volta para uma reunião de dez anos do fim! Vamos cantar no Maracanã! Você tem que ir, Nic!
Alfonso sorriu, assentindo. Não acreditava que Anahí estava lhe fazendo passar por aquilo. Ele estava exausto e ela o levara para um lugar onde conhecia todo mundo, e tinha que falar com todo mundo. Ele não tinha forças para fazer social. Tudo que ele não queria naquela noite era socializar. Disse que ia ao banheiro e se afastou das duas. Precisava respirar. Mas, no banheiro, ele encontrou com um patrocinador. Teve que sorrir, se esforçar para manter uma conversa ao mictório, bajular... nunca se sabe quando poderia contar com aquele cara para fazer outro filme: era melhor ser legal.
Que droga! Ele não queria estar ali! Só queria uma cama! Voltou para a mesa, na esperança de Anahí ter se livrado de Nicole. Por sorte, a viu sentada novamente.
- Você demorou, cariño. Fiquei sozinha.
- Duvido muito. Você conhece todo mundo.
- Aqui é muito legal, né? Estava doida para te trazer aqui! É meu restaurante favorito.
- Posso ser sincero?
- ...
- Eu realmente só queria ficar de cueca e deitar na minha cama. Nunca imaginei que você fosse me trazer para um lugar assim. Pensei que tinha sido claro quando disse que estava exausto. – ele começava a ficar mal-humorado, e se dava conta que talvez estivesse perdendo a polidez.
- Eu pensei que você fosse gostar... – ela disse acenando para alguém em outra mesa. Outro conhecido.
- Honestamente, não quero te magoar, mas eu preferia estar em qualquer outro lugar. Eu queria ficar só com você, Anahí! Você me trouxe para um lugar com paparazzi. Fala sério, paparazzi! E todos esses conhecidos. Parece uma festa... não suporto.
Quando ele parou de falar, percebeu que Anahí estava com lágrimas nos olhos. Não era o que ele queria.
- Amor! Desculpa!
- Não, tudo bem. Estraguei seu dia. Vamos embora. – ela se levantou e saiu rapidamente, limpando os olhos. Ele ainda ficou sentado por um ou dois segundos, pasmo. Estavam tendo uma crise? Era isso mesmo? Ele ainda teria que lidar com uma crise, depois de tudo? Foi atrás dela.
- Any, espera!
Dentro do carro, Anahí estava chorando e, não importava o que Alfonso falasse, ela não parava. Tampouco respondia. Ficara profundamente magoada por ele ter reagido tão mal à noite que ela havia planejado. Alfonso, realmente cansado, não tinha muita energia para se esforçar e tentar consertar a situação. Terminaram o resto do caminho calados, até chegarem ao prédio dela. Antes de abrir a porta do carro, ela disse:
- Vá para o seu apartamento hoje. Quero ficar sozinha. O carro te leva.
- Any...
- Tudo bem, Poncho. Você está cansado. Vá relaxar.
Climão.
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Quero compartilhar com vocês que meu livro novo está quase pronto. Ele se chama "Rumor" e deve sair em janeiro. É sobre uma modelo que finge namoro com um rockstar para ficar na mídia e conseguir mais trabalhos. É divertido! Espero que vocês leiam e gostem :) Estou contente que vai sair logo logo.
Sobre a fanfic, e aí? O que estão achando? Próximo capítulo, se não me engano, é Vondy - com a revelação do telefonema da Manoela. ;)
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Begin Again - O Reencontro do RBD
FanfictionO ano é 2019 e Pedro Damián finalmente consegue concretizar seu desejo de reunir o RBD. O momento não poderia ser melhor: é o 10º aniversário do fim do grupo. Mas será que Alfonso Herrera, Anahí, Christian Chávez, Christopher von Uckermann, Dulce Ma...