Depois Que O Mundo Não Acabou

Ninguém esperava por isso!

Piper ainda estava fugindo de Afrodite, sabia que estava perto da casa de Percy e Annabeth e correu quando ouviu a amiga gritar.

Annabeth estava caída no chão de bruços, sim, sobre a barriga mesmo, e parecia estar sendo sugada pela terra.

-Ai meu Zeus! -ela tentou puxar a amiga, em vão, então passou a tentar cavar a terra e gritar por ajuda-Percy! Jason! Frank! Hazel?! Alguém!! Ajuda!!!

A terra a continuava sugando enquanto Piper cavava desesperadamente. Vendo que Annabeth afundava cada vez mais ela parou e, com toda sua força, passou a segurar a amiga para que não afundasse.

Talvez por pura sorte, Percy havia decidido ir para casa conversar com Annabeth e as encontrou na briga. Depois de alguns segundos em loading, Percy aproveitou a água do lago.

Concentrando todas as suas forças em não ferir Annabeth, a água levantou-se e enquanto ele pensava "porfavorporfavorporfavor", lançou-a, gritando para Piper:

-Solte, agora!

Piper jogou-se para longe e a água atingiu Annabeth. Ao ver a água misturar-se com a terra, Percy se concentrou em fazer com que está afastasse a terra do corpo da loira. Foi preciso muito esforço e Percy já estava se cansando, por fim Annabeth estava livre e Percy a pegava no colo a carregando para dentro de casa.

-Corra e chame alguém. Apolo, seus filhos... Alguém! -ele disse para Piper, que levantou e correu o mais rápido que podia.

Percy verficou a respiração e desesperou-se, sentindo o próprio coração saltar uma batida e se apertar ao perceber que não existia.

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-Certo menina, vamos lá, abra os olhos -disse uma voz conhecida e Annabeth abriu os olhos.

Apolo lhe sorria.

Ela levou um milésimo de segundos para perceber o que aconteceu e passou a mão sobre a barriga. Ela nao sentiu seu bebê ali e isso fez seu coração acelerar, em pânico.

-O bebê está bem -disse Apolo, adivinhando seus pensamentos um tanto óbvios -Tresh, traga um pouco de nectar, por favor.

Um rapaz aproximou-se com um copo. Era alto, moreno e tinha um sorriso a la Apolo no rosto.

Eles ajudaram Annabeth a se sentar e ela, um pouco relutante e confusa, tomou o nectar,que tinha gosto do bolo de chocolate com ameixas que Percy havia feito para ela quando estava com desejo duas noites atrás. Estava inquieta.

-Deu um pouco de trabalho tirar toda a terra de seus pulmões, Poseidon ajudou. Você já estava ficando azul, maa, no fim, você acabou voltando. Teve sorte moça, você e a criança. -Apolo disse- Tresh e eu a salvamos antes de qualquer coisa, ela está bem, não se preocupe.

-Percy... O bebê... -Annabeth gaguejou, não sabendo pelo que perguntar primeiro e Apolo riu.

-Seus amigos estavam muito nervosos e Percy Jackson estava quase arrancando os cabelos, então deixamos todos lá fora, esperando. Quer que todo mundo entre agora ou prefere descansar? -Apolo perguntou como se a resposta não fosse óbvia.

-Por favor.. -Annabeth pediu ansiosamente.

Apolo olhou para Tresh, que pegava o copo de Annabeth e disse:

-Filho, deixe-os entrar e traga o bebê.

Não deu cinco segundos de quando Tresh abriu a porta e o quarto se encheu, Percy jogou-se em seus braços, seus olhos estavam inchados de choro e ele estava descabelado e amarrotado.

-Nos deu um susto e tanto -disse Piper com os olhos vermelhos de tanto chorar.

-Nunca mais vai a lugar algum sem mim! -Percy disse, olhando no olhos de Annabeth, seu olhar estava cheio de dor, mas, também, quente de amor.

-Hm hm -Fez Apolo.

Seu filho estava com um bebê muito pequeno no colo. Annabeth praticamente saltou em expectativa, mas quando ele entregou a criança em seus braços, Annabeth achou que fosse quebrar ao menor toque e sentiu medo- É uma menina saudável, apesar do pouco peso.

-MENINA?!?! -exclamaram todos que estavam no quarto, exceto Annabeth, que riu, olhando sua filha.

Meio século depois, Percy ainda a olhava como se a ficha ainda não tivesse caído.

-Mas.. E o Aquaman? -Poseidon perguntou, cruzando os braços como uma criança marrenta que não ganhou o presente que queria no Natal.

-Uma menina... -Percy sorriu para a filha que dormia.

Era muito branquinha e em sua cabecinha havia muito cabelo ligeiramente enrolado, cujos fios eram escuros como os cabelos de Percy.

-É linda -disse Hazel quando os demais rodearam a família, cada um se esticando como podia para ver a criança.

-É tão pequena... -disse Frank

-É tão cabeluda! -disse Leo, sorrindo. Ele não perdia uma piada.

-Que gorduchinha! -admirou Piper.

-Coitada, parece o Percy - Jason disse, recebendo um soco no ombro vindo de Percy.

-Aquamarine! -Exclamou Poseidon como quem tem uma ideia brilhante.

Um pensamento se passou pela cabeça de Percy. Uma menina de cabelos negros, muito corajosa, que se sacrificou para salvar as demais pessoas em uma missão.

-Bianca! - ele exclamou, subitamente, então olhou para Annabeth, que sabia a história da menina apenas através do que contara e disse, um pouco sem graça- hm.. se você quiser, é claro.

-Na verdade, Percy -ela disse, segurando a mini mão gorducha da filha- estive pensando a mesma coisa. Bianca.

-Ainda prefiro Aquamarine -Poseidon disse.

-Certo, certo! -interrompeu Apolo- está tudo muito bom, mas elas precisam descansar agora. Vamos, todo mundo saindo! Incluindo o pai babão, venha comigo que vou te passar umas instruções para cuidar delas.

Com muita dificuldade, Apolo conseguiu expulsar todo mundo e forçar Annabeth a soltar a filha e descansar.

Tiveram três dias de muita visita e no fim das contas, Bianca já tinha recebido as bênçãos de Afrodite, Apolo, Démeter (que o fez dizendo que assim ela comeria bastante cereal e seria forte e esperta), Ares (dizendo que esperava muitas tretas vindo dela) e Hades! Sim, chegou aos ouvidos do deus a homenagem que fizeram a sua falecida filha e ele foi conferir.

No fim do terceiro dia de vida de Bianca, enquanto Annabeth tentava convencer a menina a abrir os olhos que ninguém havia conhecido ainda, chegou uma visita que fez Annabeth se encolher segurando a filha em um abraço firme. Seus olhos estreitaram de medo e ela tentou afundar o máximo possível na cama. Ela gaguejou, enquanto a figura se aproximava lentamente:

-Mãe!?