Rachel mata todos de susto

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Percy e Bianca brincavam na água quando Thalia gritou que estavam sendo atacados. Percy correu com a menina no colo e entregou-a para Annabeth, que estava conversando com a mãe. 

-Estamos sob ataque! Escondam-se! -ele gritou, correndo para fora empunhando a espada. 

As caçadoras estavam cercadas pela coisa mais bizarra que Percy já tinha visto. Eram monstros robustos que pareciam vítimas dos desenhos de giz de cera de Bianca, carregavam um arco e sua cara era coberta de espinhos, quando levantava os braços as garras afiadas o faziam lembrar ganhos de árvore. Percy exclamou um palavrão ao se aproximar: 

-Mas que Hera é isso?! 

Ele brandiu a espada transformando o monstro mais próximo em pó. 

-Como você fez isso? -Thalia perguntou afobada- nada que eu faço destrói essa coisa! Queria saber o que Bianca estava sonhando quando Urano tirou isso da mente dela. 

-É o que? -Percy olhou-a embasbacado enquanto destruía outro monstro- Minha filha não fez isso! 

-Urano está... -ela lançou outra flecha junto com outras caçadoras, tudo em vão- Urano está usando Hipnos para controlar os sonhos dela e criar os monstros que deseja.

Thalia ativou o escudo medonho, mas incrivelmente não surtiu efeito algum no monstro, que também ativou um escudo que lembrava a Percy vagamente o de Thalia. Ele avaliou o monstro em geral e a ficha caiu após uns 3 minutos em download. 

-Thalia! O monstro é você! -ele gritou. 

-É o que Perseu?! -ela exclamou sem entender o que ele quis realmente dizer. 

-Bianca criou um anti você. Cara de Pinheiro, arco, escudo... Fizeram Bianca sonhar com você para criarem um monstro anti Thalia -ele explicou espetando outro monstro com a espada. 

-Perseu Jackson, você fez a menina me imaginar como essa coisa?! -ela brigou subindo em uma árvore, mas Percy ignorou enquanto pensava alto. 

-Fraquezas da Thalia.. Fraquezas da Thalia.. -ele falava tentando pensar em algo, então lembrou-se e disse- Thalia chame Jason, Frank e Apolo! 

-É o que?-ela estranhou. 

-Rápido! -ele disse brandindo a espada contra um monstro e gritou para as caçadoras- Distraiam eles. 

Elas fizeram barulho levando-os para o outro lado enquanto Thalia aproveitava para correr. Aqueles monstros pareciam se multiplicar. Percy rezou para que Thalia não demorasse muito e se distraiu por tempo demais nisso. 

A espada caiu de sua mão, as caçadoras não podiam fazer muita coisa já que suas flechas mal faziam cócegas nos Thaliossauros (Percy resolveu chamá-los assim já que parecia combinar muito). Eles foram cercados pelos monstros, que atacaram com suas garras enormes. Ganharam taios enormes nos braços que pareciam ter sido eletrocutados. 

Felizmente, Thalia chegava com Frank, Jason e Apolo. 

-Apolo, a carruagem de sol! -Percy gritou e em questão de segundos um ônibus estava estacionado em frente a eles. 

-Percy isso não vai adiantar! -Thalia exclamou, entendendo o plano. 

-Só levem as coisas para dentro do ônibus -ele disse, pegando contracorrente que aparecia novamente em seu bolso. 

Eles acuaram os monstro na direção do ônibus, Frank transformado em dragão e Jason pegavam um a um voando e jogava-os dentro do veículo sol. Apolo impedia-os de sair e Percy e as caçadoras os distraiam.

Percy achou-os bem burros.

Quando estava acabando, Percy cravou a espada nos últimos e trancaram o ônibus sol. 

-Certo, mas e agora? -Perguntou Thalia- se eles são anti eu com certeza aguentam voar. 

-Você não aguenta voar? -Jason perguntou franzindo a testa. 

-Isso é outro papo -ela disse desconversando. 

-Annabeth, traga a Bianca aqui. Rápido! -Percy chamou. 

Annabeth saiu com Bianca no colo, a menina estava tranquila e tagarelava alegremente. 

-Filha, conta pro papai o sonho que você teve com a tia Thalia -Percy pediu quando elas se aproximaram. 

-Por que papai? -Ela perguntou. 

-Só diz para o papai, a tia tinha medo de altura? -ele perguntou, tentando parecer calmo. 

-Tia Pinheiro não voa -ela disse como se fosse óbvio. 

-Você pensou isso no sonho, Bianca? -Thalia perguntou. 

-Não, titia -ela disse, suspirando, pois Bianca não gostava de ser questionada- titia solta raios, muito raio. 

-Obrigada, filha -Percy disse dando-lhe um beijo na bochecha, que ela passou a mão para limpar, e correndo para o ônibus- Apolo decole com essa coisa! Leve para bem alto depois abra a porta. 

Apolo subiu com o ônibus sol, viram-no se distanciar cada vez mais alto, então houve um chuva de pontos negros que explodiram no ar. 

-Legal, papai! -Bianca bateu palmas, observando até o sol estacionar novamente. 

-Ah, eu sou um gênio! - exclamou Apolo, saindo do carro- eu fui demais! Muito bem, obrigado!

-Claro, claro...- Percy disse- até porque a ideia foi sua. 

-Isso não importa -disse Annabeth nervosa- o importante é descobrir como essa coisa entrou aqui. 

-Bom, se Bianca os criou podem ter surgido porque ela está aqui -supôs Thalia. 

-Bianca os criou? -Perguntou Frank. 

-Quase isso -disse Thalia sentando-se no chão, cansada- Urano usa Hipnos para controlar os sonhos dela e reproduz essas criações. 

-Hã? -Fez Jason em uma imitação perfeita de Percy. 

-Mas... - Annabeth começou a dizer- Como impedir essas coisas se são criadas através dos sonhos dela? 

-Leiam uma historinha infantil para essa menina- sugeriu Apolo. 

-Ja tentamos, ela não gosta -contou Percy- Prefere livros técnicos. 

-Não tem como impedir ela de dormir.. Então... tem solução? -Refletiu Frank. 

-Temos que resgatar Hipnos..-disse Annabeth com aquela expressão de quem sabe das coisas. 

Eles se reuniram em frente a fogueira algumas horas depois e relataram o ocorrido, eles proporam uma missão de resgate que foi recebida pelo silêncio. 

"A criança escolhida demonstra um talento absurdo 
Entre monstros e surpresas fica claro o fim do mundo 
O suspense é quebrado em seu ato final 
Que aos dezesseis se apresenta por um talento fatal 
Escolhas não feitas se mostrarão necessárias 
A vitória final se apresenta mais clara 
A promessa antes feita se mostra um fardo terrível 
E o fio da vida findará ao seu mais simples suspiro" 

Raquel chegou recitando, sua aura do oráculo brilhava fortemente, e ao som da mais nova profecia o ar parecia ter sido suspenso. Alguns semideuses caíram, alguns soltaram um gritinho assustado, mas a expressão de todos era do mais puro pânico. A mais nova grande profecia havia sido declarada.

Depois Que O Mundo Não AcabouOnde histórias criam vida. Descubra agora