A Inimiga da Morte

capítulo 13

- huuuuum. - ele ficou pensativo, coçando o queixo.

- e então? Imagina só, se eu colocar pessoas más, que participem de
uma seita ou então que fez pacto,
nem precisaremos usar nossas forças. Ela irá por livre e espontânea vontade.

-suas ideias são espetaculares. Parabéns. - disse impressionado. Sorri.

A morte só nos encarava. Ela captava todos os planos que eu fazia.
E sabia que nós não precisaríamos
de sua ajuda nem tão cedo.

Continuei a conversa com o mestre, até que voltei a olhar para trás.
Mas a morte não estava mais lá.

Corri para tentar alcança-la ainda
no inferno. Cheguei a ver ela na
porta principal. Mas infelizmente
ela sumiu.

"Foi embora e nem falou comigo!"-pensei.

 Eu conhecia a muito tempo.
Desde quando eu era uma humana.

Mas cometi o erro de desobecer Deus,  e aceitar um conselho de Lúcifer, fazendo com que Deus me expulsasse do céu imediatamente. 

Eu como seguidora fiel de Lúcifer virei um demônio e braço direito dele.

Não a mais forte, porque já fui humana, mas a preferida.
Já a morte ainda havia continuado
no céu. Ela sempre foi a responsável por ceifar a vida das pessoas. Teve uma vez que ela levou tanta alma, mais tanta alma, que pensei até que a Batalha entre o céu e o submundo havia começado, Não faço a mínima ideia o que ela vai dizer para Deus a respeito de Lúcifer, porque aceitou ajudá-lo. Mas de uma coisa eu tenho certeza, Deus vai bani-la logo logo.

Soltei um suspiro, olhei para a minha antiga casa, o céu, e entrei de volta na mansão de Lúcifer.

***Emmica***

Fiquei a tarde inteira pensativa.
As coisas estavam bem estranhas ultimamente. Tudo o que eu queria era esclarecer que tudo que passei ontem, foi real ou apenas
mais um "pesadelo".

Na minha cabeça tinha um mix de perguntas sem respostas, o que fazia meus neurônios ferverem.

Para mim, foi tudo bem real.
Me lembro muito bem daquela
figura negra à minha frente.
Lembro que chorei desesperada,
que já estava no fim de tudo,
que ela ia me tocar, mas, se tudo foi
bem real, porque eu acordei
encima da cama?

Aaahgh! Isso está me deixando maluca! - pensei colocando minhas mãos sobre minha cabeça e puxando meus cabelos.

- tá falando sozinha filha? -perguntou meu pai um pouco confuso entrando no quarto e vindo até mim.

- ah... Oi pai... - parei de puxar meus próprios cabelos e o olhei. - Quando vamos voltar para o Brasil?

- amanhã querida. - disse
papai. - amanhã às 05:00.

- am ou pm?

- am - respondeu sorrindo. - porque você sempre me pergunta am ou pm?
- porque as horas daqui são muito diferentes das do Brasil.

- verdade. Mas, você entende
disso? - perguntou curioso.

- mais ou menos. - sorri. - eu só sei que AM quer dizer que são as horas apartir da meio noite e PM, acho que são as horas a partir do meio dia.

- Exatamente! - acentiu surpreso.

- Eu sou inteligente meu
querido! - falei me achando e fazendo poses, o que fez papai rir.

- ok dona inteligência. Me diga três palavras em inglês que você saiba a pronúncia e o significado. - disse cruzando os braços e duvidando da minha capacidade.

- aí você me pegou! - falei irritada
e fazendo careta. Papai gargalhou alto.

- Preciso te colocar urgente em um curso de inglês. - falou levando as mãos para o céu. olhei-o com tédio
e lembrei de algo. 

- aaah pai! Eu lembrei de uma frase!
Essa eu sei sua pronúncia e o que significa. - falei contente.

- então? Qual é?

- Do not touch me.

- hum... Você pronunciou corretamente.- disse orgulhoso.

- essa frase  em português quer dizer Pegue-me. - respondi com um grande sorriso nos lábios.

Papai entortou a boca.

- o que houve papai? Não está certo?

-Não Emmy. Não está.

-mas... mas... como
assim!? - perguntei incrédula.

-filha, no português, do not touch me quer dizer, não me toque. Não é "Pegue-me."

- mas... isso só pode ser um engano... Marissa falo... - parei.
Ele não poderia saber de nada.

- filha, quem é Marissa? O que ela te falou? -  ele perguntou desconfiado. Engoli em seco.

- Oi? Quem é marissa? Não faço a mínima ideia quem é essa! - dei uma de desentendida.

- Emmica, eu escutei muito bem
você falar de uma tal de Marissa,
e que ela te falou algo. - insistia papai.