- Emmica ! Acorda! Temos que
chegar ao aeroporto a tempo!
Faltam apenas uma hora para
o nosso vôo! - disse minha mãe, entrando desesperadamente
em meu quarto e puxando
meu cobertor. - cuida menina!
Sem moleza! Você sempre se
atrasa! E faz todos se atrasarem também! - acrescentou quase berrando.- uaaaah... Bom dia pra você
também mãe. - disse bocejando
e esticando meus braços ao teto tentando despertar e olhando para
a sua cara, me perguntando se era necessário tanto desespero.Mas eu sabia o porque de tudo aquilo. Naquela manhã iríamos viajar para fora do Brasil.
A nossa primeira viagem para outro país.
Nossa! A minha mãe estava tão animada com aquilo.
Sorri ao ver ela sair do meu quarto cantarolando de felicidade.
Logo após que ela saiu me levantei
da cama e fui direto para o banheiro, teria que me aprontar rápido, pois
se não me visse pronta, seria capaz
de comer meu cérebro!Já que estava sem ideias e sem
tempo para fazer looks, vesti uma camiseta branca longa com um
blazer Preto por cima e uma calça jeans, e calcei um all star básico,
como sempre.Pronto, daí, saí do meu quarto e
fui em direção a cozinha onde o
meu café-da-manhã já estava à mesa.Bom dia minha princesa! - falou meu pai - abaixando o jornal que estava lendo, me examinando. - você ficou muito bem com essa roupa querida! - ele acrescentou.
- Obrigada pai. - falei em tom calmo tentando ser breve.
Sentei à mesa e observei-a.
Em seguida, peguei uma fatia do bolo de milho que a mamãe fez, apenas mordiscando.
Mamãe chamou minha atenção:
- Emmica shakesfield!- (sim, meu sobrenome é estranho mesmo.) - Pare de ficar mordiscando a comida!
Coma direito! Não quero você passando mal dentro do avião.
Imagina a vergonha você desmaiar do nada no aeroporto, daí as pessoas me perguntarem o motivo daquilo ter acontecido, e eu dissesse sem
mais nem menos "foi fome ". Como iria ficar? As pessoas pensariam que ao invés de comprar comida para te nutrir, eu estou comprando passagens para me divertir!
Então coma tudo. Não quero dar
uma má impressão! - dizia quase gritando para todos os vizinhos do quarteirão ouvir aquele discurso que ela havia feito.Minha mãe sempre foi assim.
Ela se preocupa com a boa impressão.Outro dia, estávamos no supermercado, quando entramos na sessão de limpeza, minha mãe mesmo tendo condições de comprar coisas de qualidade não comprava, ela preferia comprar as coisas mais baratas e economizar.
Mas sempre que via algum amigo ou conhecido pegava do mais caro para dar impressão de não está mendigando.
- Não mãe. Tô sem fome. Comerei só essa fatia de bolo mesmo. - E fui para o quarto novamente terminar de ajeitar minha mala.
Por incrível que pareça eu estava levando poucas roupas para uma semana.
Mas não me importei. Fechei a mala
e a coloquei de pé, até que ouvi uma buzina de carro lá fora.olhei pela janela, o táxi que iria nos levar ao aeroporto já havia chegado.
Peguei minha mala e fui em direção ao táxi branco com umas listras verdes nas laterais.
me aproximei, fazendo o motorista sair de dentro do carro rapidamente e abrir o porta-malas, tomando a minha bagagem e colocando lá dentro.
Logo após saiu mamãe e papai carregando duas malas, e dando bom dia a alguns vizinhos curiosos que se encontravam ali, cochichando entre si querendo adivinhar para onde íamos.
- vamos para Nova York para a informação de vocês! - minha mãe disparou, fazendo eu rir um pouco.O taxista logo após de terminar de pôr as coisas lá dentro fechou o
porta-malas e correu para abrir a porta para minha mãe e para mim.Desnecessário aquilo.
Depois foi para o seu lugar esperando meu pai entrar.
- você deveria ter aberto a porta para mim também, Robson. - brincou meu pai com o taxista.
Que riu e devolveu:
- desculpe-me senhor, mas eu pensava que aqui havia só duas damas, mas me enganei, são três! - ele falou com um tom de culpa que fez meu pai rir
e dar uns tapinhas nas costas do motorista.- ai ai... vamos Robson, chega
de brincadeiras. Só temos quinze minutos para chegar ao aeroporto.
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A Inimiga da Morte
HorrorAs pessoas estão certas quando dizem: "Tenha cuidado com o que fala, pense bem antes de dizer algo, palavras podem destruir vidas. " Ou então quando falam : "Deixe os mortos em paz. Não fale mal deles. Eles podem te ouvir. " Mas Emmica nunca seguiu...