capítulo 06

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Depois que saímos de lá pegamos
um táxi, e fomos até o hotel
aonde ficaríamos por uma semana.

Eu não estava estudando no momento, devido uns problemas
na escola.

Fui o caminho inteiro pensando naquele acontecimento. Desde a
hora que entrei naquele avião,
até a hora que saí do aeroporto.

Lembrei da alma que disse que veio para me ajudar, do sonho horrível que tive, das ameaças que ela me fez.

nossa!
Que ajuda em?!

Chegamos ao hotel mais rápido
do que imaginei.

- E aí filhota? Tá curtindo Nova
York? - perguntou meu pai um
tanto animado.

- Ah... estou sim... - menti dando um sorriso meio de lado.

- vamos comigo na recepção pedir um quarto?

- sim... - falei, em seguida me levantando, qualquer coisa
era melhor do que ficar sentada
do lado da minha mãe.

Chegando na recepção, a mulher começou a falar umas coisas em inglês. Eu não entendia nada! 
Só olhava para ela e depois
para meu pai, ambos conversando com o mesmo idioma.

Depois ela entregou uma chave a
ele com um chaveiro de madeira, contendo nele o número "66".

O observei. Meu pai vendo que
meus olhos estavam fixados
naquele chaveiro, me deu,
mandando procurar "nosso quarto."

E eu fui.
Subimos de elevador para o
terceiro andar, caminhei até o
fim do corredor que tinha
um belo tapete vermelho,
e vi o quarto 66.

Destranquei a porta, e quando abri, arregalei os olhos.

Poxa, aquilo não era um quarto!

Era enorme e confortável.

Fiquei impressionada com
tudo aquilo. Era lindo!

- Pode entrar minha princesa.
Esse quarto é seu por uma
semana. - disse meu pai
sussurrando ao meu ouvido.

- Meu? Só meu?  E o de vocês?
Aqui tem espaço para todos nós papai!

- Eu sei querida. Mas é melhor
você ter um quarto só pra você. Sempre é bom um pouco de privacidade né? - papai falou sorrindo e me dando um beijo na testa. - descanse. Qualquer coisa estarei no quarto 67, que é de frente para o seu.

- ah pai! Obrigada! - estava radiante.

- Bom sonhos Emmy. - disse
fechando a porta do meu quarto.

Logo assim que ele fechou a porta corri para a cama e dei um salto caindo de cara.

Estava exausta. Me virei e fiquei olhando para o teto, Pensando na comida, no quarto, no hotel,
enfim, em Nova York inteira.

- vida boa em? - senti um arrepio depois que escutei a voz. Me virei, era Marissa.

- o que você quer agora? - falei entediada.

- quero conversar com você.

- aaah que legal! Mas acontece que eu não quero conversar com você!
Será que dá pra sumir daqui, ou
vou ter que gritar? - ameacei.

- você é maluca. Eu devia te
matar sabia? Mas, não tenho permissão. - disse calmamente
se sentando numa poltrona que
havia no canto do quarto.

Engoli em seco.

- como assim me matar? - perguntei confusa.

- agora você quer conversar né? Hahahaha. Mas eu não estou mais afim . Não vou perder meu tempo protegendo uma menina mimada, teimosa  e chorona! - exclamou irritada e sumiu.

- hahahaha essa é boa! 
Me matar! Uma alma idiota
não faz mal a ninguém.
Nem sei pra quê estou com medo,
eu tenho que temer os vivos,
eles sim podem me matar, 
não aos mortos! - falei bem
alterada.
- EU PODERIA ATÉ
PISOTEAR AS COVAS DESSAS PESSOAS MORTAS,
RIR DA CARA DELAS,
CUSPIR NA SUA CRUZ!
E SUAS ALMAS INÚTEIS NÃO
VÃO FAZER NADA. SABE PORQUE?
PORQUE... ESTÃO...

MORTAS!!!!! - gritei dando um sorriso bem diabólico nos lábios.

"você jamais era para ter dito
isso." - ouvir uma voz doce e infantil.

A Inimiga da Morte Onde histórias criam vida. Descubra agora