capítulo 18

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- nossa! Já são 4:40hrs! Esse meu sonho, quer dizer, pesadelo, durou a noite toda! - fiquei confusa e amedrontada. - preciso ver se mamãe está bem.

Levantei da cama e calcei minhas pantufas, e fui em direção a porta que dava ao corredor.

Quando a abri, visualizei o local antes de sair.

"Tudo limpo" - pensei.

Eu estava parecendo que estava naqueles filmes de suspense e ação sabe, que o personagem fica se escondendo atrás das coisas.

- ai que ridículo o que estou fazendo! - me repreendi.

Caminhei para a frente do quarto que meus pais dormiam.
E lentamente, abri a porta. Não estava trancada. Isso é estranho. Mas ignorei, apenas entrei no quarto. Olhei na cama, eles não estavam lá. Franzi o cenho.

- ué!? Cadê meus pais? - me perguntei intrigada.

Saí procurando eles em todas as partes, closet, sacada, até embaixo da cama!

Espera! Não olhei o banheiro!

Fui em direção ao banheiro e girei a maçaneta, mas a porta não abriu.

- Ops! Acho que não devo olhar aqui. - falei baixo já pensando o que poderia está se passando naquele banheiro "suíte".

Me virei para sair daquele quarto, foi então que a porta abriu. Dei meia volta animada, mas não havia ninguém ali, a porta abriu sozinha. Resolvi ir até a porta.

- pai? Mãe? - chamei. Mas ninguém me respondeu.

Então entrei e o que vi foi a pior coisa que uma garota qualquer não aguentaria ver.

Dei um grito e comecei a chorar.

Minha mãe estava morta dentro da banheira cheia de sangue. O seu corpo estava dilacerado.

E meu pai também estava morto, sem seus olhos. E seus membros estavam jogados em toda a parte do banheiro.

Ele estava com a boca rasgada e seu maxilar estava deslocado fazendo com que sua boca ficasse enorme.

Eu gritava de desespero, e chorava bastante. Pode ter certeza, que a pior coisa do mundo é você ver seus pais mortos daquele estado. Eu não estava aguentando ver aquilo nem por mais um minuto então virei minha cabeça e pude notar no espelho uma frase feita com sangue fresco, ainda escorria, e que dizia assim:

"You will be the next!"

- o que quer dizer isto? - me perguntei entre lágrimas. Foi quando algo me agarrou por trás e uma voz grossa e amedrontadora disse:

"Pode deixar que te mostro! "

Meu corpo começou a balançar descontroladamente e ouvi uma voz chamando outra vez meu nome repetidamente. Mas dessa vez gritava.
- Emmicaa! Emmicaaa! - chamava. - Emmicaaaaa! - dessa vez deu um forte grito.

- ahhh não me mate por favor! Eu prometo que nunca mais ofendo os mortos! Me devolva meus pais! Me devolva meus pais! - berrei atordoada e me debatendo na cama.

- que história é essa menina?

- ham? Como? O que? Não! Isso só pode ser outro pesadelo! - resmunguei confusa.

- Qual é garota! Estou tão feia assim!?

- Não! Sei lá! - trocava as palavras. - você não está morta!?

- você já viu mortos falarem Emmica?

-  Já vi si... - parei. Ela não podia saber. - não! Nunca vi! Mas...  cadê papai?

- Ele está se arrumando.

- ahh sim. - suspirei aliviada. - ainda bem que ele não morreu!

- Não! - ela arregalou os olhos.
- menina você está me assustando.
De onde você tirou essa ideia?!

- Não sei. Mas eu quero que você me faça um favor. - pedi pensativa.

- O que é que tu queres em? - perguntou mamãe revirando os olhos.

- É meio bizarro o que vou pedir, quer dizer, é beeem bizarro. Mas... Dá para você me beliscar?

- Isso é ridículo! - falou exaltada.

- por favor mãe! - pedi juntando as duas mãos.

Então ela beslicou meu braço.

- aaaaii! Doeu! - gritei.

- Olha garota. Se você continuar com essas coisas estranhas, eu juro, que ao invés de te dar um beliscão, eu vou te dar uns tapas!

- Tá, tá. - assenti alisando meu braço, tentando amenizar a dor.

A Inimiga da Morte Onde histórias criam vida. Descubra agora