Capítulo 49

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** Emmyca **

Acordo com o despertador do meu celular marcando 06:15 hrs. Estava morta de sono ainda. Queria dormir só um dia todo. Ou mais talvez. Me levanto devagar e fico sentada na cama por uns instantes. Quando sinto que finalmente a coragem senta ao meu lado, me levanto e sigo em direção para o banheiro.

– Ai!

Grito alto de dor me deitando na cama novamente segurando o choro. Tinha batido meu dedo mindinho no pé da cama. Sentia meu coração doer de tanta dor. Depois de muito tempo, me levanto novamente, ainda mancando e vou tomar banho. Depois que termino, vou de volta para o meu quarto trocar de roupa e em tomar café. Em minutos termino e volto para o meu quarto pegar a bolso, olho para o meu celular para ver a hora. Já eram 07:08hrs. Arregalei os olhos e fui correndo até a porta, abri rapidamente e ela acerta em cheio na minha testa.

– Droga! - grito.

Fecho a porta e fico uns minutos alisando minha testa que ainda doía devido a pancada. Parecia que uma onda de azar tinha me encontrado naquela manhã. E não foi só isso. Em toda as ruas que eu passava, até a escola, cachorros latiam para mim revoltados, levei inúmeras topadas, pessoas esbarravam em mim como se eu fosse ninguém e para acabar de completar, pisei num cocô de cachorro que tinha na calçada, no meio da rua. Parei em uma casa e uma mulher lavou o meu sapato podendo então, eu voltar a caminhar para a escola. Quando finalmente cheguei, não aguentando mais tantas coisas, fui atravessar a rua. Já que a escola era do outro lado. Olhei para os lados e finalmente atravessei. Então do nada, um carro de não sei aonde aparece e vem em minha direção buzinando alto me assustando. Olho para ele e arregalei os olhos. Não acreditei o quanto já estava próximo. Não consegui me mover. Eu ia morrer ali. Me encolhi rapidamente e fecho os olhos. Foi então que do nada sinto alguém me puxar pela cintura e se jogar comigo no chão. Então só escutei o barulho da batida.

Arregalei os olhos imediatamente e vi o carro contra o poste. Sentia sufocada naquele momento. Vi naquele momento a minha vida passando na frente dos meus olhos. Mas ainda aquela mão me envolvia. Senti um aperto no coração. Ele me segurava com as duas mãos. Me segurava forte. Como se não quisesse mais soltar. Como eu queria que naquele momento fosse o Bryan que tivesse me abraçando daquela forma... Olhei para o rostinho e vi o...

– Gabriel?!

Ele vira a cabeça e olha para mim com aqueles lindos olhos azuis.

– Oi Emmy.

Ficamos nos olhando por muito tempo. Eu parecia estar presa em seu olhar. Era algo tão... Único. Voltei em si.

– Po-por que você se jogou comigo? Você está bem? Se feriu? A queda foi forte!

Eu não parava de fazer perguntas. Eu estava preocupada com ele. Então ele coloca o dedo indicador dele na frente dos meus lábios fazendo me calar.

– Você se machucou?

Ele me pergunta com aquela serenidade de sempre. Nego com a cabeça. Eu não sentia nada. Nem parecia que eu tinha caído. Então ele sorri e se levantou como se nada tivesse acontecido, me dando a mão para eu me levantar.

– Se você não se machucou, eu também não me machuquei.

Continua sorrindo e passa a mão no meu rosto, limpando a poeira que havia. Enquanto ele fazia isso, eu viajava nos olhos dele, no seu rosto. Ele passava uma paz imensa, era como anjo. Só passava coisas boas. Ri também e olhei para baixo. Estava um pouco envergonhada. Até que escuto ao longe alguém me chamando. Olho para trás, era o Bryan. Ele vinha correndo em minha direção.

– O que você está fazendo com a minha garota? - grita com o Gabriel.

– Um carro ia acertar ela em cheio. Mas eu consegui livrar ela à tempo.

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