Capítulo 53

18 1 2
                                    

** Emmica **

No dia seguinte, acordei cedo e passei na casa de Sarah. Como a Agatha tinha me pedido. Chegando lá, bati na porta, e a mãe de Sarah, me atendeu.

– Olá Emmy! Feliz aniversário! - disse me abraçando forte e depositando um beijo na minha cabeça.

– Obrigada tia Grazi. - ri. Eu chamava ela de tia a muito tempo, desde que eu conheci a Sarah.

Entro com ela.

– Sarah ainda dorme. Quer ir acordá-la?

– Não, não tia. - ri. - eu vim falar com a Agatha.

– Com a Agatha? Isso sim é interessante. Fico feliz por ela está fazendo amigos.

– Ela é muito legal. Assim como a Sarah.

– Imagino. Bem, acho que a Agatha também está...

– Estou aqui. - diz ela aparecendo de supetão. Eu e a mãe de Sarah nos assustamos um pouco com a sua expressão.

Ela estava com um casaco cinza que cobria as mãos , uma calça pijama em tom azul fraco, seus cabelos soltos e lisos como sempre e com muitas olheiras. Parecia até que não dormia à dias.

– Ah... Oi Agatha. - falo meio sem jeito. - Vamos?

– Ainda não. - diz em tom seco. - Antes preciso te mostrar uma coisa.

Então ela saiu adentrando para o quarto outra vez, e eu a segui. Chegando lá, Sarah dormia como uma bêbada. Não escutava uma palavra. Fiquei rindo um pouco até que Agatha chama a minha atenção e tira uma caixa velha que estava debaixo da cama. Olhei torto.

– O que é isso? - pergunto me sentando em sua cama.

– Coisas dos seus mistérios.

– Interessante. Deixa eu ver?

– Não.

Boto uma cara feia para ela.

– Mas para que me chamou até aqui?

– Eu não te chamei. Você que me seguiu. - disse direta. Como ela era grossa.

– Também não precisa falar assim né!? - reclamo.

Ela não parava de fuçar aquela caixa. Até que de lá, ela tira algumas frases no papel.

– O que é isto?

– As frases dos seus sonhos. Todas em papel e traduzidas. Para você ficar ciente de quem está lidando esse tempo todo.

Olhei para o papel prestando atenção na primeira e repeti alto.

– Não, isto é perigoso. Não me toque.

Olhei para a cara de Agatha.

– Essa frase, como você falou, veio do seu primeiro sonho estranho que você teve. Aquela garota que você via, mandou você pegar a boneca. Enquanto a própria boneca, implorava para que não a pegasse.

– Tá, mais. O que quer dizer isso?

– Que você agarrou a sua própria maldição.

Arrepio quando ela diz aquilo.

– Mas eu não sabia...

– Você acha que o mal vai usar línguas que você domina? Se você entendesse o inglês, certamente não pegaria aquela boneca.

Aceno a cabeça que sim. Só que não digo nem mais uma palavra. Olho para o papel outra vez para ler a outra frase.

– Abra seus olhos... - digo olhando ainda para o papel. - creio que essa frase é daquele sonho que tive com você.

A Inimiga da Morte Onde histórias criam vida. Descubra agora