Capítulo 36

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**Sarah**

Depois que voltei da casa de Emmica, no caminho para minha casa, fui pensando naquela confusão que tinha acontecido comigo.

Como pode, eu estava na sacada, do nada senti algo me puxar e acordar com uma baita dor de cabeça no chão do quarto de Emmy? Isso é muito confuso... Mas, na mesma hora, semelhante ao que Emmy passa. É como uma prova de tudo que ela está passando, em forma amenizada. Isso é muito estranho. Mas também não dá para pensar com essa dor infernal!

Olhei para frente, e eu já podia ver minha casa. Apressei os passos para entrar rápido nela e tomar um remédio para aquela dor de cabeça, também aproveitaria e me deitava um pouco para descansar.

Chegando lá, entrei e procurei meus pais. Era óbvio que eles não estariam em casa. Os dois só viviam para o trabalho. E nem tempo para mim, tinham. Passei para a cozinha , e peguei a caixa onde ficava os remédios, peguei um copo com água e tomei junto a ele. Em seguida, caminhei até o sofá e me deitei, começando a mexer no meu celular.

Até que o telefone residencial toca. Ignorei ele e continuei deitada. Então ele para de tocar, mas depois começa de novo. Reviro os olhos e me levanto para atender.

* Alô?

" Oi, é da casa da família Pereira?

* Sim, quem é?

" É da clínica psiquiátrica.

* E o que vocês querem? Me levar? Nem venham tá. Eu ainda não estou maluca! – falo exaltando a voz.

" Calma senhorita... Não vamos te trazer para cá. E sim, levar uma paciente até sua casa. Soubemos que os pais da paciente morreram e ela só tem os seus pais, como responsável.

* Vocês estão falando da Agatha?

" A própria. Bem, preciso da confirmação dos seus pais, para
levá-la até aí. Ela já completou todo o seu tempo de recuperação aqui, e seu quadro está melhorando a cada dia. Há algum responsável aí perto de você?

* Não. Meus pais estão trabalhando. Mas quando eles chegarem, avisarei.

" Ok. Então, muito obrigado moça, tenha um bom dia.

* Igualmente.

E desliguei, imediatamente voltando para o sofá. Fiquei pensando no que aquele homem tinha dito. Agatha viria para minha casa.

O pior, é que não me dou muito bem com ela. Aquele seu jeito dark de ser, me causa calafrios. Mas tinha que encarar aquilo de frente. E essa recuperação talvez ajudaria no nosso aproximamento.

Me acomodei mais no sofá e tentei dar um cochilo. Mas, quando eu fecho os olhos, sinto como um choque na minha cabeça e uma imagem em seguida de um vulto negro indo em direção a Emmy, que com desespero tentava sair de um quarto. Aquele vulto era horrível.

Botei minhas duas mãos nas minhas têmporas devido a dor que aquilo estava me causando. Aquela visão não parava. Quanto mais eu queria que parasse, mas ela ficava rodando na minha cabeça. Até que vi o vulto muito próximo de Emmy a olhando estranhamente. Ela, consumida de tanto pavor, abriu a boca para gritar, mas quando fez isso, aquele ser enfiou a sua mão esquelética dentro da boca dela. Fazendo ela cair de joelhos e ficar se batendo.

Era como se ele quisesse arrancar todos seus órgãos de uma só vez. Aquilo era chocante de se ver. Tentei  organizar a minha mente de volta pensando em coisas boas e apagar tudo aquilo de ruim. Mas a dor que aquela coisa emitia...

Boto as duas mãos na minha cabeça tentando arrancar aquela dor. Era quase impossível. Me levanto do sofá e corro até o armário de minha mãe, onde ficava alguns vinhos e outras bebidas. Pego imediatamente uma garrafa e dou um golpe na minha própria cabeça, fazendo quebrar a garrafa. O que faz eu cair na hora desnorteada e em seguida desmaiar devido a forte pancada.

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