** Emmyca **
– Ah... Sarah? Já que achamos a sua prima e... - respiro fundo. - Será que podemos ir para casa?
Falo rápido e mordo o lábio. Eu sabia que era o Micael. Mas será que... Ela mesmo viu? Não. Isso não é possível. Ele só aparece para quem ele quer, será que ele quis que ela o visse? Não, não... Acho que não.
" Ela é só uma estranha doida que saiu do hospício. " - pensei.
– Sim Emmy, já vamos. Vamos Agatha?
– Não tô afim. - disse ela seca sem tirar os olhos de mim.
Aquilo já estava me incomodando. Eu me sentia culpada de algo quando ela botava aquele olhar. Mas pensando bem, eu realmente sou.
– Eu só saio daqui com você Agatha!
Pronto! Ótimo! E agora? Vou viver aqui para sempre? Com essa garota dos olhar psicopata?
– Então vamos viver aqui para sempre. - Agatha cruza os braços. - Eu, você e samuel. - riu.
Samuel?
– Samuel não existe Agatha!!!! - Sarah grita sem paciência.
– Claro que existe!!! Tá pensando o quê? Que eu sou louca?!
– claro que não! Você não é louca! Mas esse daí nunca existiu Agatha! Que chato!
– Ele existe sim! - Agatha grita. - Só que ninguém não vê! Ele não aparece para qualquer pessoa!
Senti um frio no coração e lembrei imediatamente do meu anjo da guarda. O que ela falou foi exatamente o que ele falou. Então... Esse Samuel é... Um anjo?
Continuo prestando atenção na discussão das duas.– Se ele existe mesmo, porque não aparece aqui agora? Vamos! Mande ele aparecer!
– Eu não faria isso Sarah. De onde ele vem não permite. E se ele aparecesse para qualquer pessoa, o seu segredo seria revelado. Não só Samuel, mas todos eles, fazem de tudo para serem secretos o possível. Não sei como fui merecedora de poder enxerga-lo... Quer dizer, fui. Mas, era minha única saída. - ela suspira.
– Você precisa se tratar por mais uns anos, isso sim. Sua estranha! - Sarah levanta rápido da cama e sai esbarrando em mim e batendo a porta com muita força deixando no quarto apenas eu e Agatha.
Engulo em seco sem ter o que falar.
– ignora o que ela diz... - disse sem força na voz.
– Não, tudo bem. Não me importo mais. Já me acostumei. Não é fácil passar o que já passou e carregar essa enorme carga sozinha. Mas você no final se acostuma. - Ela ri olhando para o nada e abraça as pernas.
Franzi o cenho tentando decifrar o que ela quis dizer e vou devagarinho até onde ela estava e sento nos pés da sua cama.
– Eu sei bem como é isso... - suspiro e abaixo a cabeça.
– você está metida naquilo ne?
Levanto a cabeça.
– naquilo... O quê?
– A criança na porta.
– E-Eu...
– Não precisa mentir.
– Mas... Eu não sei o que você vii!
– Uma criança loira, cabelos lisos, olhos azuis. Aparentava ter uns 4 anos. Era um menino. E não parecia ter vida.
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A Inimiga da Morte
TerrorAs pessoas estão certas quando dizem: "Tenha cuidado com o que fala, pense bem antes de dizer algo, palavras podem destruir vidas. " Ou então quando falam : "Deixe os mortos em paz. Não fale mal deles. Eles podem te ouvir. " Mas Emmica nunca seguiu...