** Agatha **
Esperei dar três da manhã. Eu estava mais perto do que eu queria. Todas as pistas e frases em inglês estavam desvendadas. Eu me sentia forte com aquilo. Então eu pego um casaco cinza que era da Sarah e visto, saindo pelas as ruas vazias.– não me diga que você vai na sua antiga casa de novo... Vai? - Samuel aparece do nada.
– Vou.
– Você não deveria se arriscar tanto.
– será por uma boa causa. Pelo menos morrerei fazendo um mísero bem a alguém. - dou uma risadinha. - Quem sabe Deus ver a minha boa ação e me tira das mãos de Satanás...
Respirei fundo.
– Meu pai é justo, e sabe o que faz. Não o trate com ironia.
Ele me dá bronca. Faço um muxoxo.
– Você viu o que eu vi ontem quando estávamos voltando? Creio que seja algum demônio.
– Não. Não é. Ela é uma pecadora coitada que desagradou Deus nos dias de glória. Deus a entregou para o lá de baixo.
– Entendi... Será que eu posso ser o braço direito de satanás, se no caso eu não for para o céu?
– Que Deus perdoe as tuas palavras, pobre pecadora. Tu não sabes o que dizes. Melhor o homem na glória do que queimando no fogo do inferno.
Ele me repreende. Reviro os olhos.
– ah Samuel!!!! Você está me dando nos nervos com tanta formalidade nessa sua língua angelical. - reclamo de tédio. Ele fica calado e continua andando ao meu lado.
Demorou uns 5 minutos e chegamos na casa.
– Eu só vou pegar o giz e o meu livro de invocação e exorcismo. Vai entrar?
– Você não deveria mexer com essas coisas.
– Ah, fica aí então.
Pulei a janela e entrei na casa. Estava muito escura. Tentei acender a luz, mas estava queimada. E não estava em tempo de lua. Fui andando tocando nas coisas até achar a porta do meu quarto, onde se encontrava meus objetos. A maioria das luzes estavam queimadas. Mas também não era para menos. O tempo que aquela casa havia sido abandonada, não era pouco.
Passei pelo corredor e usei o interruptor, e por sorte a luz acendeu. Aquilo já tinha me ajudado bastante. Abri a porta do meu quarto e fui em direção a cômoda pegar minhas coisas, foi quando a porta atrás de mim bateu com toda a força.
Dei um pulo assustada e me viro rapidamente. Um vulto enorme e preto estava de pé em minha frente. Me encostei na cômoda e peguei o saquinho de sal que ainda restava ali e permaneci com as mãos para trás.– Você não acha que está se metendo onde não é chamada? - aquela coisa me pergunta com uma voz extremamente grossa. Admito que deu medo, mas eu não devo me abalar com esses tipos de coisas.
– Quem é você para me dizer isso?
– Não é da sua conta. A única intrusa e que me deve satisfação aqui, é você! - ele aponta para mim com certo ódio.
Ri ironicamente.– Eu não devo satisfação a ninguém. Eu faço o que quero e o que penso. E quem está sendo um intruso nessa história toda, é você! Então cai fora da minha casa! - grito e aponto para a direção que era a porta principal da casa. Eu não estava com medo mais. E sim, com ódio.
Ele começou a rir como se estivesse achando graça e em questão de segundos ele aparece na minha frente e começa a me sufocar.
– Se eu fosse você, não tratava mal quem pode te machucar.
Ele começa a apertar mais o meu pescoço me fazendo ficar sem ar mais e mais. Então ele levantou a mão direita e ia colocá-la na minha testa.
– Você já ajudou demais. Sua vidinha de merda aqui na terra já foi paga. Agora vamos pagar no inferno. Pela eternidade!
Ele estava prestes de tirar a alma do meu corpo, então eu Segurei o seu crucifixo que ele carregava na sua batina.
– Não... Eu... Ainda não terminei.
Então com a outra mão eu joguei um punhado de sal em sua cara, fazendo ele dar passos para trás. Começo a tossir tentando me recompor e passando a mão no meu pescoço tentando amenizar a dor. Olho para ele, estava muito agoniado querendo tirar aquele sal. Enquanto isso, peguei meus objetos e abri rapidamente a janela, pulando para fora da casa e correndo até a frente. Chego ofegante e não vejo Samuel.
– Droga Samuel! Cadê você na hora que mais preciso?!
Sem perder tempo saí correndo de perto daquela casa. Cheguei na casa de Sarah mais cedo que o esperado e pulei a janela do quarto, e por pouco, eu acordava a Sarah, que dormia no meu quarto, devido o seu está sendo reformado. Andei de ponta de pé até a minha cama e peguei embaixo dela a minha caixa de pistas e respostas para o mistério que estava desvendando de Emmy. Depois que os coloquei lá, me enrolei e tentei recuperar fôlego bem. Aquela madrugada não estava sendo fácil. E eu Tinha que encaixar tudo aquilo. Principalmente, o que me deixou intrigada, foi aquele ser, aparecer do nada lá, dizendo que eu estou atrapalhando e que sou uma intrusa. Mas porque ele diria isso? Se nem ao menos ele não me conhece?! E se ele estiver envolvido no caso da Emmy....
Ai não. E se ele for o anjo da morte que a emmy mencionou???? Isso não deve ficar assim. Eu preciso investigar. O ruim que eu só tenho menos de um dia para desvendar casos de Última hora. Mas eu vou conseguir. Eu tenho que conseguir.
Peguei um lápis e uma folha e anotei o acontecido, depois juntei com os fatos da tal morte que Emmy falou e botei na minha caixa para resolve-los assim que eu acordar.
Me virei para o lado a procura do meu anjo. Desde que eu saí da casa que eu não o vejo. E isso é estranho. Eu voltei sozinha. E até agora não o vi. Será que aconteceu algo com ele? Do mesmo jeito que aconteceu com o da Emmyca?! Isso não pode tá acontecendo! Eu não posso perder o meu anjo! E se eu perdi... Infelizmente ... Agora eu estou destinada oficialmente para o inferno!!!!
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A Inimiga da Morte
HororAs pessoas estão certas quando dizem: "Tenha cuidado com o que fala, pense bem antes de dizer algo, palavras podem destruir vidas. " Ou então quando falam : "Deixe os mortos em paz. Não fale mal deles. Eles podem te ouvir. " Mas Emmica nunca seguiu...