capítulo 17

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Continuei a ver aquele pesadelo. Que mais parecia um massacre.

Estava durando uma eternidade para aquilo ter um fim.

Então eu vi o resto da cena.
Vi que a criatura foi colocando as velas nos lugares onde estavam, pois, devido a garota ter se debatido bastante, fez com que as velas caíssem. Depois que botou todas, foi acendendo uma a uma.

Quando terminou de arrumar, ele começou a falar umas coisas em outras línguas que não era o inglês, a medida que ele falava aquelas palavras, mais a garota se contorcia, fazendo ele acelerar.

Então ela começou a ficar irritada e gritava bastante se contorcendo de um lado para o outro, depois começando a falar coisas em outras línguas também, e sua voz ficou horripilante repetindo a mesma palavra sem parar, dizia um nome, mas não dava para entender direito.

Depois de muito cansada, e bem suada de tanto fazer força para sair dali, ela soltou um uivo e desmaiou.

O demônio vendo o que acabara de acontecer, a desamarrou da estrela e se afastou por um momento.

Depois de um tempo, ela acordou atordoada e se levantou do chão, indo em direção ao demônio sorrindo e dando-o um abraço, logo em seguida, saindo do cômodo de mãos dadas.

Fiquei aliviada por tudo finalmente ter acabado, mas, confusa, por a garota ter saído com aquele demônio, na maior " amizade".

Estava tão confusa, mas tanto mesmo, que nem percebi que havia ainda alguém me segurando.

Peguei em suas mãos geladas, e tirei rapidamente de cima dos meus ombros, e fui virando lentamente, estava esperando a pior coisa que iria ver na minha vida, eu não estava com medo, apenas um pouco nervosa com o que veria. Mas quando finalmente a olhei, não acreditei no que estava vendo.

Ai meu Deus! Aquela coisa que me segurava o tempo todo era minha... era minha...

Era minha mãe!

- Mãe! - gritei assustada. - o que está acontecendo aqui?

- shhh! - ordenou ela, botando seu dedo indicador na frente de seus lábios.

- shi nada!

Foi então que ela do nada mudou sua voz para um tom bem grave:

- eu mandei você calar a boca sua pirralha!

Depois que disse essas palavras, começou a rir histérica. Formando-se aos poucos em um corpo muito magro e pálido, seus olhos castanhos, estavam bem vermelhos, em muito ódio e fúria.

Ai, meu, Deus! Aquilo não era minha mãe!

- Emmica, Emmica, Emmica, Emmica, Emmica... - repetia meu nome sem parar e me olhava fixamente.

Aquilo não era minha mãe, mas parecia. Como se tivesse morrido e o tempo tivesse feito seu corpo se decompor.

No seu pescoço havia uma enorme veia, mas o sangue era esverdeado.
Mas se parecia clorofila correndo em suas veias.

Eu apenas a olhava sem mexer nem um músculo, foi quando ao longe escutei um som, tentei ouvir melhor, fazia um bip bip contínuo. Estranhei. Até que depois de um tempo lembrei:

Ah o alarme! - Então tudo foi sumindo rapidamente da minha cabeça e eu abri os olhos.

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