Nunca É Tarde

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Depois que tudo aquilo acabou, as luzes que havia ali, rapidamente foram embora. Tremi de medo e saí debaixo da mesa. Não havia nada. Nem ninguém. Aquele salão estava vazio, só havia eu ali. Andei até a marca que havia feito no chão. Estava borrada. Olhei em direção a porta. Sarah estava desmaiada. Corri até ela e me ajoelhei em seu lado. Até que percebi que Emmy não estava ali. Entortei a boca e fiquei intrigada. Aquilo era bem estranho.

Deito a cabeça de Sarah no meu colo e fico acariciando seus cabelos. Dei um sorriso ao meio de tanta tristeza que tinha no meu coração e olho o sol surgindo pela janela. Como a noite foi longa... Mas eu não sentia sono. Sarah se mexe, fazendo eu olhar rapidamente para ela. Ainda bem que estava viva. Dou um beijo em sua testa.

– Você está bem? - perguntei satisfeita ao vê-la acordada. Ela bota as mãos na cabeça.

– Eu não sei... Onde eu tô?

Perguntou desnorteada e olhando para os lados.

–  Em nenhum lugar. Vem, vamos. Temos que ir para casa.

Não falei mais nada. Apenas a levantei e saí dali conduzindo Sarah. Ao chegarmos em casa, fiz ela dormir rapidamente. Enquanto fiquei um bom tempo olhando pela janela e pensando porque todo mundo sumiu. Bryan, Makenna, Emmy... Os anjos. Eu não tinha notícias de nada. E certamente os anjos não queriam que os visse. Por isso desmaiaram a Sarah.

**

No dia seguinte, recebi um telefonema. Era da casa de Emmy. Ela havia sumido, estavam todos preocupados. Mas nada me chocou tanto como a outra notícia. Não sei ao certo, mas começaram a suspeitar de Gemmima de alguma forma. E ela foi encontrada morta no banheiro com a sua jugular furada. Ninguém entendeu o que realmente aconteceu, mas os peritos alegam que foi suicídio. A família de Emmy estava em completa destruição. Sarah também estava muito abalada. Decidi ir na casa dos pais dela para talvez dar um apoio. Em todos os lugares havia cartazes e mais cartazes de pessoas desaparecidas, e eram Makenna, Emmy e Bryan. Aquilo realmente entristecia.

– e eu não pude fazer nada... - resmunguei relutante e entrei na casa de Emmy. Seu pai estava sentado no sofá com uma xícara de café em uma das mãos. - olá... Senhor George. - falei meio sem graça.

– Oi... Agatha certo? - se levantou para me cumprimentar.

– sim, sim. Não precisa se levantar. - dei um sorriso fraco. - então, notícias da Emmy? - perguntei. Mas ele deu um suspiro pesado. Droga Agatha!

– Não... Nenhuma. - se senta no sofá e bota as mãos na cabeça. - eu não sei mais o que fazer! Primeiro a minha mãe, logo após a Emmyca, depois a morte da minha irmã... Eu realmente não sei o que fazer...

Boto a mão no ombro dele e abaixo a cabeça.

– Seja o que for... Onde ela estiver... Está em um bom lugar. E se for da vontade daquele lá de cima... Ela vai voltar. - tentei encoraja-lo. Aquela coragem que nem eu tinha naquela hora. Escuto Denise se aproximando. Olho para ela fixamente. Ela dá um sorriso meio torto e senta no sofá.

–  O que faz aqui? Emmy ainda não apareceu. - falou rude.

– Nada não. Já estou de saída. - fui em direção a porta. Que mulher chata! Saí de lá sem olhar para trás.

– Aposto que essa mulher também odeia a Emmyca! Sendo mãe mas odeia! - resmunguei alto e corri. Até que passo por uma pracinha e vejo uma garota sentada e toda suja. Franzi o cenho e me aproximei. - Makenna?  - chamei. Ela olhou para mim.

– Agatha!!! - gritou se levantando e me dando um abraço. Retribui por estar aliviada.

– Onde você tava esse tempo todo?! Estão te dando como desaparecida!

A Inimiga da Morte Onde histórias criam vida. Descubra agora