Capítulo 31

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**Sarah**

Depois que Emmy pegou a maçã, subimos para o quarto dela. Tudo aquilo que ela disse me parecia uma grande fantasia, coisas da sua imaginação. Eu não podia acreditar que uma alma vai deixar de descansar para perturbar alguém.
Mesmo não crendo naquilo, eu continuo curiosa em saber de tudo.
Por uma parte, aquilo parecia verdade. Como o seu sonho. Se a festa que ela estava no sonho tinha pessoas fantasiadas e era de 15 anos, só poderia ser dela. Mas não entendi muito o lance da boneca metamorfa que vira esqueleto. Aquilo era tudo muito confuso e estranho ao mesmo tempo.

Sento na cama dela.

- bem Emmy, depois disso o que aconteceu?

- acordei com minha mãe me chamando. Ja tínhamos chegado.

- ainda bem que depois daí tudo acabou. - suspiro aliviada. Emmy me fuzila com os olhos.

- você que pensa. - diz sem ânimo.

Arregalo os olhos.

- como assim????

- pois é Sarah. Foi aí onde tudo começou. Aquela coisa chamada Marissa não estava mentindo quando falou que minha vida iria mudar para pior.

- entidade você quis dizer. mas então, o que aconteceu depois que você chegou lá???

- bem, quando eu ia descendo do avião meio confusa ainda com tudo, ouvi sua voz dizendo assim:
Bem vinda a cidade do pecado. eu gelei na hora mas não olhei para trás. Então ao longe vi papai ao telefone mas não fazia a mínima ideia quem era. Daí aquela voz disse que ele falava com meu tio Gerald. Tomei coragem e olhei para trás e ela estava lá então eu tirei minhas conclusões que eu não estava sonhando, mas ela me confirmou que sentou ao meu lado e que tive um sonho também. Então eu gritei para aquele demônio desencostar de mim, mas quando eu olhei para trás de volta, ela havia sumido. Olhei para frente e todos caçoavam de mim. E a única coisa que levei foi fama de louca.

- Nossa Emmy. Nem sei o que dizer! Isso é muito ruim, intrigante e pavoroso ao mesmo tempo. - falei com preocupação.

- pois é. Mais isso é só o começo.

- tem mais?????? - arregalei os olhos

- sim. Depois que saímos do aeroporto, fomos direto para o hotel. O caminho estava normal. Mas eu ainda estava pensativa com tudo que tinha acontecido. Quando chegamos, papai foi pedir o quarto e me chamou para ir com ele. Então eu fui, daí, a mulher pegou a chave, o chaveiro era de madeira, e nele continha o número "66" .

- número do capeta.- disse intrigada.

- Mas são três seis o do capeta!

- só acho... - reviro os olhos.

- Enfim. Papai me entregou a chave e seguimos em direção ao quarto, então ele me mandou abrir. O quarto era perfeito, espaçoso, bem confortável. Achei que era para nós três dividirmos. Mas papai deixou ele exclusivo só pra mim. Eu amei o que ele tinha feito. Amei aquele quarto. Depois que eles saíram, eu me joguei na cama e fiquei relaxando naquele conforto todo. Daí escutou a tal voz outra vez dizendo: " vida boa em?"
Eu olhei para o lado e vi Marissa outra vez. Perguntei o que ela queria, e ela falou que queria conversar comigo. Mas, eu disse que não queria conversar com ela e mandei ela sumir ou então eu iria gritar. Daí, ela me chamou de maluca e disse que se pudesse, me matava! Engoli em seco quando ela me disse isso. E perguntei como assim. Então ela falou que não estava mais afim de conversar, e não iria mais perder tempo comigo e sumiu. Ainda me chamou de mimada, teimosa e chorona! - disse Emmy indignada, fazendo gestos com a mão.

- é, ela não mentiu quando te chamou assim. - concluo prendendo o riso.

- Sarah!!!! - Gritou fazendo cara feia. Sorri.

- Desculpa, não resisti. Então, o que aconteceu depois?

- Ah... E-Eu... - gaguejou e me olhou com uma cara de culpa.

- Emmica Lourence shakesfield... O que você fez? - cruzo os braços. Ela abaixa a cabeça .

- Eu... Estava com raiva... Acabei falando o que não devia.

- E o que você falou exatamente? - encaro ela.

- Eu falei... Que... Uma alma não faria mal a ninguém, e eu tenho que ter medo dos vivos, não dos mortos, chamei ela de idiota, e ainda falei mal de todos os mortos, insultei eles e disse que poderia fazer qualquer coisa, porque essas inúteis estão mortas. - Emmy olhou para mim. Botei minhas mãos sobre a boca abismada e incrédula.

- Porra Emmy!? Você tá louca sua louca? Aonde você tava com a cabeça quando disse isso!? Você quer morrer? - boto a mão na testa pensando na gravidade daquilo. - você faz ideia do que disse???

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