Capítulo 41

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** Emmica**

Estava mais aliviada. Já tinham tirado todos aqueles aparelhos de mim. O que foi ótimo. Eu não conseguia falar muito bem. Mas eu não sentia dor. Parecia que tudo aquilo, realmente, era um milagre. A enfermeira trouxe a minha comida. Eu ia comer pela primeira vez depois do acontecido. Sem ser pelos tubos.

- oi mocinha!

Sorri para ela. Eu estava evitando falar.

- trouxe a sua comida.

Ela pegou a colher e ia botar na minha boca. Até que alguém bate na porta.

- Posso entrar?

- oh Gabriel! É claro! - a enfermeira sorriu. Ele se aproximou. - Mocinha, esse daqui é o nosso estagiário. O Gabriel.

Quando eu vi ele, tive uma acelerada no meu coração inexplicável.

- oi Gabriel. - falo com um pouco de dificuldade e dou um sorriso meio sem jeito.

- OI Emmica! - fala com entusiasmo.

- Nós já nos conhecemos. - Digo a enfermeira.

- jura? - pergunta a enfermeira cética.

- sim. Estudamos na mesma escola. - conclui

- ah que legal! - diz animada e meio desajeitada. - me perdoem eu estou muito atolada hoje. Tive que parar tudo para poder dar a sopa dela!

- ah, já que você tem mais coisas para fazer, e eu não estou fazendo nada, eu posso dar a sopa a ela!

- Faria isso por mim mesmo Gabriel?

- Mas é claro!

- owwn Gabriel! Você é um anjo que caiu do céu!

- Eu não caí - ele sorri - vim para ajudar os necessitados.

A enfermeira ri e sai do quarto. Fiquei observando tudo calada. Então ficamos sozinhos e o silêncio tomou conta daquele lugar.

- Você está se sentindo melhor? - Ele dispara fazendo eu ter um frio na barriga. Aceno a cabeça que sim.

Ele se senta na beirada da minha cama e me olho com aqueles perfeitos olhos azuis.

- Isso foi um milagre.

Diz com voz suave olhando para a luz que ainda continha meu raio X lá.

- sim... Foi. - Respiro fundo.

- sua amiga que me trouxe até aqui. Ela ia entrar mas foi barrada lá fora. Então a mãe dela levou ela para casa.

Ele fala com entusiasmo querendo que eu risse. Mas a presença dele me deixava incomodada. Não por ter algo contra ele, mas é que ele era muito bonito. E eu nunca fui fácil em lidar com sentimentos. Sorrio fracamente. E desvio o olhar dele.

- Você tem certeza que vai querer essa sopa?

Aceno de novo e ele leva a colher até minha boca vagarosamente. Faço uma careta.

- Que sopa ruim! - falo com a voz meio falha.

- por isso perguntei se você tinha certeza. - ele começou a rir. Eu fechei a cara.

- Não teve graça...

- é claro que teve. Olha a sua cara! - ele pegou nas minhas bochechas e apertou. - Você é muito fofa sabia?

Ele sorri para mim. Aquela sua carinha era tão meiga. Um verdadeiro anjo. Eu tinha que ter cuidado. Me apaixonar por ele seria meu último caso. Apesar que Sarah ja gostava dele. Sorrio.

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