Capítulo 3

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Caminhando pela rua movimentada, com o curto vestido, com os cabelos soltos esvoaçantes e com as botas pretas de cano alto, não teve sequer uma pessoa que não a olhou. Amarrou o casaco na cintura. Fazia calor, muito calor. Enlouqueceu com as diversas lojas sofisticadas de alta grife pelas quais passava. Sorriu entrando em uma loja. Observou as vendedoras para logo depois começar a ver as roupas nos cabides e nos manequins. A loira de olhos fortemente claros olhou para as amigas para depois olhar Anahi dos pés a cabeça fazendo uma cara de desprezo, se aproximou sorrindo as amigas.

Vendedora – Em que posso ajudar?
Anahi – Qual é o preço desse conjunto aqui de cetim?
Vendedora – Não creio que ele seja apropriado para você. – Anahi ergueu a mirada olhando para a loira que com desprezo sorria para a outra vendedora no balcão.
Anahi – Eu não perguntei se era apropriado, eu perguntei qual era o preço. – se pôs em ataque levando as mãos à cintura.
Vendedora – Não creio que você possa pagar, não é mesmo, Loreta?
Loreta – Ahh, mas é claro. É muito, muito caro. – Anahi tentou dizer alguma coisa, mas antes que pudesse falar a loira se opôs novamente – Creio que não tem nada para o seu tipo na nossa loja, queira se retirar, por favor.

Anahi a mirou, incrédula, sem poder dizer nada, deu um passo para trás saindo da loja. Não sabia direito qual sensação sentia. Humilhação, talvez. Tirou seu casaco da cintura caminhando com pressa de volta ao hotel em quanto o vestia. Entrou sob os olhares de todos e esbarrou com uma mulher que quase deslizou o chão a fora do Hotel.

Anahi – Ohh... Mas, me desculpe, senhorita, não tive a intenção de... – sem mais nem menos Anahi se pôs a chorar.
A mulher lhe sorriu, com a ajuda de Anahi se levantando do chão.
XXX – Não se preocupe, eu não me machuquei – arrumou sua roupa super elegante da cor preta – Mas desconfio que você não está chorando por isso. Sou Maite, prazer! Acho que estou na suíte ao lado da sua. – sorriu a Anahi sem preconceito nenhum.

Ela parecia ser tão delicada e tão linda. Anahi a olhou. Os cabelos eram pretos e curtos. Tinha um belo corpo e não era tão alta. Parecia uma pequena fadinha.

Anahi – Anahi... Sou Anahi... Anahi, Prazer! – Estendeu a mão e, sem nenhuma cerimônia, Maite cumprimentou com um beijo no rosto.
Maite– Entendo que hoje faz calor, mas sinceramente não acho que seja apropriado para você usar essas roupas nesse hotel. São tão preconceituosos e estão todos te olhando. – Anahi se esqueceu franziu a testa falando em voz alta.
Anahi– Eu sei, eu sei, eu sai para comprar vestido... Olha, com todo esse dinheiro – pegou o dinheiro todo amassado da bolsa – Mas ninguém quis me vender e eu... Umas mulheres me trataram mal... E... – Maite sorriu.
Maite– Não grite. Vem, vamos até meu quarto, acho que tenho alguma coisa para você sair pelo menos para comprar os vestidos. Guarde o dinheiro e pare de chorar. Seu rosto é muito belo para isso.
Anahi, sem jeito, caminhou sem perder hábito de rebolar. Subiram até a suíte de Maite, muito mais simples e com decorativos femininos.


Maite- Creio que está com o senhor Herrera. – Anahi a olhou sem jeito e assentiu – Ele é um belo homem.
Anahi – É... Um belo homem. – repetiu antes de cair a gargalhada com Maite.
Maite– Quer água, chá ou alguma coisa parecida?
Anahi – Não, não obrigada, já é tarde e preciso de um vestido hoje para sair com o...
Maite- Seu primo...?
Anahi – É... Meu primo. – franziu a testa querendo rir novamente – Isso mesmo meu primo.
Maite– Entendo, e você precisa de vestidos para...
Anahi – Sair com o meu primo. – completou mais logo se levantou – Mas eu fui a uma loja e umas mulheres riram da minha cara e me trataram supermal e eu...
Maite– Não recomece a chorar, eu tenho uma solução. Vem anda... – Maite a acompanhou até seu quarto, onde emprestou uma camisa branca a Anahi e um sapato mais confortável e mais discreto – Acho que você vai no jantar do senhor Pedro, estou certa?
Anahi – Não sei, o meu primo não me falou detalhes. Mas como você sabe que é um jantar?
Maite– Deixa isso para lá, vem vamos as compras.
Anahi - Você tem certeza. Pode ser meio que...
Maite- Não se importe com isso, confie em mim. Essa noite você estará deslumbrante!

Maite levou Anahi especialmente a uma loja do hotel onde foram muito bem recebidas. Passaram a tarde se conhecendo e Anahi, finalmente, pôde comprar o vestido e os sapatos. Voltaram era quase 17:00 para a suíte. Maite gargalhou bastante com as histórias e às vezes a ingenuidade de Anahi.

Alfonso a comeria viva, pensou Maite, se recordando do irmão.

Sorriram mais um pouco e, depois de tomar banho, na frente do espelho com um roupão, Anahi se pôs a observar e Maite se aproximou dela por trás, lhe falando:

Maite– Seus traços são lindos e delicados, Anahi. Se admire, querida, porque você é muito bela.
Anahi – Mas não tenho o que todas elas têm e é por isso que sou o que sou... Você sabe que o senhor Herrera não é meu primo. – sorriu passando as mãos nos cabelos.
Maite– Sim, eu sei, mas isso não importa. Vamos, antes que você se atrase... E Alfonso não tolera atrasos. – Anahi sorriu.

Até quando iria brincar de acompanhante de Alfonso, não sabia, mais por três mil dólares, ela continuaria.


Alfonso entrou no hotel arrancando os suspiros das mulheres que ali passavam. Desligou o celular o colocando no bolso. Procurou no salão por Anahi, ela não estava lá em baixo. Caminhou até o telefone procurando afrouxar um pouco a gravata.

Maite– Ela está no bar do salão de festas. – Alfonso se virou sorrindo abraçando a Irmã.
Poncho – Mai! Quando chegou?
Maite– Ontem a noite, um pouco depois de você, mas preferi não incomodar a sua noite. – Alfonso sorriu – Ela é adorável.
Poncho – Quem?
Maite- Não se faça de bobo, Alfonso, a nossa prima está maravilhosa. – Alfonso gargalhou com vontade – Ela é adorável.
Poncho – Sim Mai, maravilhosamente quente... E tenho a leve impressão que não conseguirei tirar as mãos de cima dela por um bom tempo.
Maite– Eu posso ver nos seus olhos...
Poncho – Não, querida, nem ela ainda pode ver nos meus olhos. – Maite sorriu dando outro abraço apertado em seu irmão. – Como a conheceu?
Maite– Foi super engraçado. Ela entrou feito uma bala aqui no hotel, tentando se esconder, claro, porque não tinha um que não a olhasse... Ai, simplesmente, trombamos, e eu quase deslizei o corredor a fora, ai ela pediu desculpas... – preferiu se calar – Nos despedimos e foi só.
Poncho – Você está mentindo. – sorriu a olhando nos olhos.
Maite– É claro que não estou.
Poncho – Você está mentindo.
Maite– Ora, Alfonso, não me amola. Além do mais, você já está atrasado e eu também tenho um compromisso. Te vejo na sexta, na festa da tia Marieta.
Poncho – Droga, havia me esquecido.
Maite– Eu sei, gostosão... Pelo que eu vi você esqueceu de muitas coisas essa noite não?! – Alfonso sorriu sem graça se encaminhando para o salão de festas.

~#~

Observou ao seu redor, e nada de Anahi. Girou os calcanhares e, mais uma vez, nada. Mas então, se virou e a viu sentada com as pernas cruzadas no banquinho próximo ao bar, com um vestido preto de seda na altura das cochas. Brilhava demais. Era rodado em baixo e bem justo em cima, com um decote bem discreto em V preso, por uma presilha lotada de pequenos cristais. Os cabelos estavam soltos e levemente enrolados, a maquiagem era deslumbrantemente preta, na medida certa e as bochechas com um leve rosar. O scarpin preto de salto alto a colocava na altura dele. Sem mais esperar, ela se levantou caminhando até ele com um belo sorriso no rosto e uma sensualidade fora de cogitação. Alfonso não pode evitar quando suas mãos procuraram pela cintura perfeita dela, aproximou seus corpos para poder ouvir Anahi falar em seu ouvido:

Anahi – Você está atrasado.
Poncho – E você está maravilhosa. – passou os dedos nas costas nuas, da qual a parte do vestido não cobria, cheirou os cabelos dela, fechou os olhos. - Eu juro que, se esse jantar não fosse tão importante, você não sairia de baixo do meu corpo pelas próximas 12 horas, porque nós iríamos até eu sentir que você não pode mais.
Anahi fechou os olhos, os apertando com força, quando sentiu a pontada de desejo arder em seu ventre. Seu corpo amoleceu ao sentir aquele hálito tão quente e aqueles lábios lhe percorrerem o pescoço e lhe mordiscar a orelha. Abriu os olhos reparando no ambiente: as mulheres olhavam e cochichavam. Morriam de inveja. Sorriu, levando a mão até o cabelo de Alfonso e a outra o apoiando em seu peito e devolveu as palavras na mesma sensualidade:

Anahi – Temos tempo... E essa noite é você que vai pedir por água. – sorriu o mirando.

~#~

E olha só quem apareceu, nossa amadinha Maite já numa cena de muito amor Portirroni <3 
E sim, Maitezinha vai ser irmão do Fonfon aqui hahaha. Anahi e Mai cunhadinhas (nhonhonho)

Quero muito saber o que vocês estão achando. 
Estão curtindo? 


Uma Linda Mulher (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora