Capítulo 57

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O dia havia amanhecido novamente nublado, Nina constatou ao terminar de se arrumar impecavelmente para começar em no novo emprego. Um terninho de um bom corte na cor preta, sapatos altos de bico fino, na mesma cor, os cabelos e soltos lisos, uma bela maquiagem discreta e um perfume quase impercebível. Pegou sua bolsa e sua pasta.

Chegando na Loren se identificou, seu coordenador rapidamente veio ao seu encontro, deu-lhe boas-vindas com um sorriso galanteador e subiu para sua sala no andar de baixo da cobertura. Observou bem seu ambiente de trabalho: saídas, secretárias, elevadores, andares, câmeras, exatamente tudo, e sorriu ao seu coordenador de maneira profissional e agradável. Pegou seu celular, digitando uma rápida mensagem e sentou, começando um dia novo de trabalho.

~

Anahi sentou-se em sua mesa já com alguns papéis vindo de Karla para serem imediatamente assinados, os leu com atenção, assinando um por um, ligou o computador, entrando rapidamente no sistema enquanto bebia um café com leite. Pegou o telefone, telefonando para casa enquanto continuava a digitar e a beber o café. Cruzes, aquela empresa estava uma correria essa manhã!

Anahi: Filho?

Gabriel: Mamãe, onde você está? Saiu e nem me acordou e nem me deu um beijo de tchau – Anahi sorriu querendo estar do lado dele para lhe apertar as bochechas.

Anahi: Me desculpe, querido! Acordei atrasada hoje, prometi que ligava e dei sim um beijo de tchau, apenas não o acordei para isso.

Gabriel: Sei, e o papai? Sinto saudades.

Anahi: Gabriel, faz apenas um dia que você não vê o papai e ontem ele te levou para cama assim que chegou e te deu um beijão de bom dia hoje, mais de uma vez.

Gabriel: Posso ligar para ele? – perguntou com a voz magoada e tristonha.

Anahi: É claro que pode, meu amor. Sabe que dia é sábado? – sorriu, bebendo outro gole de café enquanto com todo o esforço Gabriel tentava se lembrar – É aniversário do...?

Gabriel: PAPAI! – deu um gritinho animado pulando na cama.

Nelita: Vai cair daí, menino ! - Anahi sorriu. Ele deveria estar saltando feito louco pela cama, pelo barulho da respiração no telefone – É o aniversário do Papai, Nelita, a mamãe deixa pular... – Anahi sorriu e Nelita, do outro lado da linha, fez o mesmo.

Anahi: Para um segundinho e me escute... – deixou o café em cima da mesa, enquanto digitava sua senha no sistema – To sem ideias para presentes, o que acha que devemos comprar? – sorriu, Gabriel adorava quando lhe pediam opiniões.

Gabriel: De presente?

Anahi: É de presente!

Gabriel: Um carrinho, bem grandão de controle remoto automático, o que acha, mamãe? - Anahi sorriu baixando a cabeça.

Anahi: Hum, é uma excelente ideia, podemos ir ao shopping hoje e ver alguma coisa, o que acha? Ligamos para a tia Marieta e vamos jantar em um lugar bem legal

Gabriel: Não gosto de lugares que não podem fazer barulho, nem que tem um monte de comida nojenta, e nem que têm um monte de garfo, não gosto de comer com garfo, mãe...

Anahi: Eu sei, querido. – voltou a sorrir – Podemos ir a um lugar bem bacana, comer pizza, o que acha?

Gabriel: Pizza, adorei! Então que horas você vem me buscar? - voltou a pular na cama.

Anahi: Depois que eu sair do serviço, podemos comer no McDonald's se você quiser.

Gabriel: Genial! Vou tomar banho e esperar você.

Anahi: Não, filho, agora não. Mais tarde, certo?

Gabriel: Certo, vou ligar para o papai !

Anahi: Isso, faça isso, mas é um segredo nosso o presente e o jantar, certo?

Gabriel: Certo! – deixou o telefone cair na cama, cruzando os dedinhos na boca e beijando. Nelita sorriu e voltou a entregar o telefone ao menino – Te amo, mãe!

Anahi: Também te amo! Almoce direitinho e obedeça a tia Nelita.

Gabriel: Certo, toma Nelita... – passou o telefone para a mesma, correndo para baixo.

Anahi: Oi, Nelita.

Nelita: Oi, menina.

Anahi: Ele está impossível hoje, não está?

Nelita: Não muito. – sorriu.

Anahi – Vou buscá-lo às 19h, deixe ele tomado banho, Lita, por favor?

Nelita: Deixo sim, senhora.

Anahi: E no jantar prepara um filé de frango grelhado com arroz e salada, só o Alfonso vai comer, vou jantar fora.

Nelita: Certo, senhora!

Anahi: Ah, e também no sábado não precisa vir, nem na segunda, ok? Temos algumas coisinhas para fazer, pode descansar.

Nelita: Obrigada, menina! Vou visitar minha filha... – Anahi sorriu e se despediram desligando o telefone. Logo após alguns minutos Karla entrou na sala, se sentando na frente de Anahi.

Karla: Anahi, ainda não tinha tido a oportunidade de agradecer, mas acho que não posso aceitar – sorriu, contorcendo os dedos em sinal de nervosismo – A senhora dobrou meu salário. – Anahi sorriu, parando de digitar e observando Karla.

Anahi: Escute, Karla, são mais de cinco anos que trabalhamos juntas, são mais de cinco anos de lealdade e serviços prestados. A cada ano eu deveria aumentar seu salário, mas foram tantos acontecimentos que isso me passou despercebido. O que ganha é justo de seu trabalho e da sua lealdade, por favor, aceite! - Karla levantou a cabeça e sorriu, assentiu com a cabeça; o dinheiro havia vindo em boa hora.

Karla: Obrigada, Anahi, nem tenho como agradecer.

Anahi: É claro que tem... – Anahi sorriu – Continue trabalhando aqui e não me abandone jamais! – Karla sorriu e Anahi fez o mesmo, ainda com mais vontade, após mais um minuto de conversa ambas voltaram ao trabalho.

Fazia duas horas que Anahi havia voltado do almoço e o telefone havia tocado.

Karla: O senhor Herrera na linha 3, Anahi... – Anahi assentiu, pegando o telefone.

Anahi – Bom tarde!

Poncho: As pessoas estão perguntando se eu comi ou dormi nas últimas 24 horas. Você quer me matar, mulher?! - Anahi gargalhou com vontade jogando a cabeça para trás.

Anahi: Ai coitadinho! Disse que passou a noite inteira fazendo amor com a senhora Herrera?

Poncho: Engraçadinha! – Alfonso jogou o corpo contra a cadeira, fechando os olhos – Acho que estou ficando velho para isso...

Anahi: Claro, mas eu não gostando vou trocar você por um garotão forte de 18 anos. –Alfonso abriu os olhos e sorriu ironicamente.

Poncho: Ta engraçadinha hoje, né Anahi?! - Anahi sorriu, entregando uma pasta preta a Karla com a folha de pagamentos dos funcionários da contabilidade.

Anahi: Trabalhando muito?

Poncho: Anahi, não tenho forças para assinar documentos – a secretária de Alfonso entrou na sala nesse instante controlando o riso e deixou a sala com um aceno de cabeça – Minha secretária agora deve estar rindo de mim. – Anahi mais uma vez gargalhou.

Anahi: É bom mesmo que elas saibam a quem você pertence. Preciso ir à Herrera's pegar uns documentos, daqui a 20 minutos to passando aí...

Poncho: E nem se aproxime de mim. – Alfonso sorriu ainda de olhou fechados – Necessito de dormir e de comer.

Anahi: Manhoso.

Poncho: Assassina! – Anahi sorriu e se despediram, desligando o telefone.

Uma Linda Mulher (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora