Capítulo 24

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Por incrível que pareça quando o despertador tocou a acordando se levantou de imediato, entrou no chuveiro e olhou no espelho. Santo Deus! Havia se esquecido de como eram seus cabelos: castanhos achocolatados. Passou as mãos entre eles, se arrumou rapidamente, colocando uma calça jeans e uma camiseta, amarrou os cabelos, escovou os dentes e colocou seus óculos escuros.

Não se demorou à chegar ao cabeleireiro que em menos de uma hora a tinha deixado pronta. Os cabelos castanhos em uma cor intensa e brilhante em um liso natural, com alguns cachos nas pontas. Voltou para casa, tomou um café rápido e se trocou. A companhia tocou, deveria ser o motorista para levar as malas para o aeroporto. Fechou tudo para que sem demora, o jovem colocasse tudo no carro e partisse. Pegou o vestido em cima de sua cama; era preto, em um corte reto e justo na cintura, com o decote quadrado com alguns botões. Calçou o scarpin preto, altíssimo, a maquiagem já estava pronta se perfumou e retocou seu brilho labial.

Colocou os óculos escuros, pegando sua bolsa em uma mão e sua pasta na outra. Estava atrasada, atrasadíssima. Pegou as chaves do carro, trancou a casa e arrancou. Enquanto dirigia no trânsito com o farol fechado, colocou seu anel e sua pulseira. Chegou ao aeroporto e deixou o carro no estacionamento, deixando as chaves com um dos motoristas da empresa. Sobre os saltos altos, caminhou com pressa, mas elegantemente até a roda empresários que se encontravam sentados a sua espera na sala de embarque.

Anahi: Bom Dia! Me perdoem pelo atraso, senhores. - Anahi ficou parada alguns bons segundos, sob os olhares quase deslumbrados dos 2 homens e das 2 mulheres que se encontravam na roda.

A olhavam de cima a baixo, principalmente... Droga! Os cabelos, era isso, trocar o loiro, para um tom escuro não havia sido uma boa ideia. Havia se iludido ao não perceber o quanto havia chamado à atenção no percurso do carro até aqui, onde estava parada, esperando que alguém dissesse algo.

Finalmente, sem graça, as 2 mulheres com sorrisos e vários elogios cumprimentaram Anahi, bem a vontade. Afinal, já se fazia dois anos que trabalhavam juntas. Os dois jovens sorriram a ela, se levantando como uma referência. Ela se sentou com as pernas cruzadas com o cotovelo apoiado no braço da cadeira e uma das mãos calçando seu rosto.

Lá estava Alfonso, com seu terno agora em um tom escuro, quase preto, a camisa em um azul meio termo e a gravada em azul marinho. Mordeu os lábios a olhando de cima a baixo. Estava de óculos escuros e ninguém havia percebido. De qualquer forma, as pessoas presentes ficaram constrangidas pelo silêncio, sentindo de longe a descarga elétrica que aquele encontro de seus chefes causava.

As moças sorriram e os outros dois jovens balançaram a cabeça também com sorriso nos lábios. Vera, uma das moças apenas avisou que iria checar se estava tudo bem e que não se demoraria a voltar. Anahi sorriu, assentindo, enquanto os demais presentes na sala se sentavam novamente, um tanto afastados, voltando a conversar naturalmente - com toda a certeza, sobre Alfonso e Anahi que não haviam saído do lugar, porém continuavam com aquela guerra de olhares por debaixo da lente escura dos óculos.

Na mesma hora ambos tiraram os óculos, todos puderam ver o que se passava entre o grande empresário das empresas Herrera's com a diretora coordenadora da maior empresa de Marketing do país: desejo. O mais puro e ardente desejo

Era uma turma de três mulheres e três homens, incluindo ela e Alfonso. Ambas as meninas trabalhavam desde o começo com Anahi e os outros dois homens eram do departamento de Alfonso. Ficariam apenas nos três primeiros dias da viagem, quando aconteceriam as principais reuniões, já o restante das semanas, apenas Anahi e Alfonso assumiriam as rédeas do investimento.

Moly: Eu tinha certeza! Olha só o jeito como ele olha para ela, é impossível que ninguém tenha percebido.

Lúcio: Também né Moly, vamos confessar que ela é uma mulher e tanto

Luca: E bota tanto nisso. Santo Deus! Ele a está comendo viva.

Moly: Não a invejo, mas que ele também é um senhor de homem. Ahhh! Isso com toda certeza é. Anahi é uma pessoa e mulher maravilhosa, já estava na hora que encontrasse alguém.

Lúcio: É, mas isso vai dar o que falar na Venturini. - Vera voltou, se sentando sorrindo ao lado de Moly.

Vera: E que falem, eu estava conversando com a secretária da Anahi e ela me deixou escapar que eles ficam horas trancados sozinhos no escritório.

Luca: E quem não perdia boas e mais boas horas com essa mulher? – gargalharam.

Vera: Eu perderia horas é com o bonitão do senhor Herrera. Menina, o que é aquele homem?

Moly: Aquele homem, é homem para aquela mulher ali, ohhh - sorriu na direção de Anahi.

Vera: Fazem um belo casal.

Lúcio: Se eu não fosse casado... - Os quatro sorriram, sem deixar de observar discretamente Alfonso e Anahi.

Anahi baixou os óculos, jogando os cabelos para trás. Alfonso franziu a testa sorrindo divertido, levantou as sobrancelhas e também baixou seus óculos. Mordeu os lábios sensualmente e Anahi começou a caminhar em direção a ele.

Anahi: Bom Dia, senhor Herrera!

Poncho: Senhorita Anahi! - Anahi agora mordeu seus lábios, piscando lentamente, levantando suas sobrancelhas. – Castanhos! Sua endiabrada...

Alfonso apenas estendeu suas mãos pegando na cintura de Anahi e a trazendo até sua frente. Se levantou, roçando seus corpos para depois a aproximar de seu corpo em um contato quase urgente. Olhou para os rostos pasmos de Vera, Moly, Lúcio e Luca e sorriu mergulhando as mãos nos cabelos de Anahi, até alcançar sua nuca. Anahi fechou os olhos.

Anahi: O que você está fazendo, Alfonso? Não estamos sozinhos...

Poncho: Anahi querida, todos já estão em plena consciência do que se passa entre nós. - Anahi se calou, mordendo com força os lábios quando ele roçou a língua discretamente no nódulo de sua orelha.

Anahi: E o que se passa entre nós? - ela sussurrou quando suas mãos entraram por dentro do paletó para percorrer toda as costas dele com as unhas, por cima da camisa.

Poncho: Nem eu posso explicar, mas é tão forte que eu já não posso suportar. - e assim, de simples, colou seus lábios no dela com força, agilidade e rapidez, para então logo depois suas línguas se encontrarem em uma carícia molhada e ardente.

Quando Anahi se afastou, Alfonso respirava fundo com os olhos fechados com as mãos cravadas na cintura dela a impulsionando contra seu corpo.

Anahi: As pessoas estão olhando, Alfonso. Não estamos sendo profissionais.

Poncho: Anahi, pelo amor de Deus, eu estou ficando até com tontura. Eu poderia levá-la...

Anahi: Você não vai me levar a lugar nenhum, doçura. - sorriu maliciosa, se separando do corpo de Alfonso. - Na realidade, eu vou ao banheiro e sozinha para me recompor e você é melhor se sentar, antes que percebam o quanto... Quer dizer... - sorriu mordendo os lábios - O que se passa agora entre nós.

Anahi deu meia volta caminhando até o banheiro e deixando Alfonso com a mandíbula apertada e com o corpo inteiro pulsando como uma bomba, prestes a explodir.

Se sentou, respirando fundo. Olhou para frente e viu que Vera e Moly caminhavam atrás de Anahi, sorrindo. Olhou para Luca e Lúcio que com os olhos arregalados, ainda não haviam acreditado no que haviam visto, remexeu-se desconfortável na cadeira e não pode deixar de rir de si mesmo.

Poncho: Essa mulher! Hey Lúcio, - ambos os homens se sentaram agora próximo a Alfonso - Vou contar tudo para sua mulher. - Lúcio se pôs sério enquanto Luca caia na gargalhada. - Ela não gostaria de saber que você perderia boas horas com a minha mulher.

Agora foi a vez de Luca se calar e segurar constrangido a risada. Alfonsoolhou para a cara dos dois colegas de trabalho e se pôs a gargalhar.


Luca: Desculpa se você se ofendeu, Alfonso, mas é que...

Poncho: Relaxa! Eu gosto de ouvir vocêslamentando por uma mulher maravilhosa que é únicae exclusivamente minha e Anahitambém agradece os elogios. - Luca e Lúcio não comentaram mais nada sobreassunto, voltaram a conversar com Alfonso um tanto constrangidos.

Anahi apoiou as mãos na pia se abanando, seurosto assim como seu corpo queimava. Logo em seguida, Vera e Moly entraramparando do lado de Anahi.

Vera: Quer uma ajudinha, Anahi? - Sorriu juntocom Moly.

Anahi olhou para as "amigas", quer dizer, podiasim as chamar de amigas. Conversavam todos os dias, amigavelmente, desde que Anahihavia entrado na Venturini.

Anahi: Alfonso é endiabrado. - sorriu passandoas mãos nos lábios, altos e avermelhados.

Vera: Percebemos, querida... - gargalhou juntocom Moly e Anahi - Com toda certeza percebemos.

Moly: E foi assim tão rápido? - Anahi não paroude sorrir, mas se entristeceu.

Anahi: Não, Moly, não foi nada rápido. Bom,vamos?

Vera e Moly: Vamos. - Anahi sorriu, saindo dobanheiro e conversando sobre outras coisas.

Embarcaram. Seria uma longa viajem daqui atéLondres, trabalharam bastante durante a viagem, mesmo no avião discutiamcontratos, lojas de móveis tudo o que seria necessário para montar o novo edifício das empresas, Alfonso e Anahi mal se tocaram ou conversaram de outra coisa alémdo serviço, se tocaram ou se olharam nos intervalos que paravam para tomar umcafé ou beber algo.

Quando, por fim, depois de uma cansativa esuper longa viagem chegaram à Londres, sentiram a diferença, o cansaço, foram deimediato para o hotel confortável e super elegante, cinco estrelas, de Londres.Foram recebidos a altura. Os dois casais se recolheram rapidamente.


Enquanto Anahi resolvia mais algumas coisas por celular, Alfonso fez um sinal para que os carregadores levassem todas as malas para a suíte reservada, esperou Anahi, por mais 20 minutos, mas o que ela fazia parecia ser extremamente importante. Subiu no elevador, a esperaria já de banho tomado, essa viagem o tinha matado de cansaço.

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Por fiiiiiim Londres! 

Uma Linda Mulher (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora