Capítulo 47

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O silêncio permaneceu até que em um pulo, ela se levantou saindo do banheiro e indo direto para o lado de Gabriel, ele fez o mesmo, preocupado que estivesse acontecendo alguma coisa, mas Gabriel apenas havia se mexido e passado as mãozinhas na testa que novamente adquiria uma fina capa de suor, sinalizando que talvez a febre estivesse passando, Anahi se sentou na cama lhe alisando o rosto e os cabelos e Alfonso fez o mesmo, depositando alguns leves beijos na testa, com todo o carinho pegou uma toalha passando sobre o pescoço e a testa de Gabriel. Anahi observou a cena e finalmente subiu os olhos para Alfonso que agora permanecia em frente à janela. Se levantou, observando o relógio e se aproximou de Alfonso as suas costas.

Anahi: Eu não confio em você...

Poncho: Eu sei que não. – se virou para ela, tomando-lhe as mãos com firmeza – Deixe que eu te leve, apenas deixe que eu te leve e te devolverei tudo: a confiança, o prazer, o desejo e talvez, algum dia, o amor.

Anahi: Disse que não confio em você, não que não o amo, Alfonso.

Anahi se afastou saindo do quarto sem mais nenhuma palavra, Alfonso engoliu o nó em sua garganta e em frente ao leito de seu menino, jurou que sua família estaria unida e que Anahi voltaria a ser dele.

O Dia seguinte amanheceu estranho, Anahi por fim havia se convencido de ir até a casa e passar uma noite confortável sobre sua cama. Estava exausta e precisava de um bom banho e de uma ótima noite de sono, Alfonso levantou-se após, na madrugada, ter alimentado com uma vitamina feita por ele mesmo o filho. Conversaram e bastante sonolento o pequeno havia voltado a adormecer, não sem antes perguntar pela adorada mãe, Alfonso tomou um banho e olhando para fora, viu que o frio havia se intensificado, pegou a manta quente de Gabriel, jogando por cima do grosso lençol que cobria o filho. Com uma calça jeans e uma pólo preta, que lhe cobria a metade do pescoço sentou-se no sofá com seu computador em seu colo, pondo-se à par de tudo o que ocorria na empresa. Ouviu baterem na porta e logo em seguida Nina entrou com um ursinho enorme de pelúcia. Alfonso mordeu os lábios contendo a vontade de fazê-la dar meia volta.

Nina: Bom dia, Herrera. – o cumprimentou se aproximando de Gabriel, lhe afagando os cabelos e deixando o ursinho no chão ao lado da cama – Anahi não está? – Alfonso levantou apenas os olhos sem mexer um único músculo.

Poncho: Está para chegar, aconselho que se vá e se eu me lembrar, darei o aviso que você veio até aqui...

Nina: Vamos Alfonso, não seja insuportável, certo?

Poncho: Ok! sinta-se à vontade, Nina.

Nina: Ian mandou um recado, disse que se possível para você ou Anahi ligarem para ele na parte da tarde, há algo na empresa que vocês precisam dar uma olhada.

Poncho: Alguma coisa séria?

Nina: Ora, me poupe, né?! Alfonso, não sou sua garota de recados.

Poncho: Ok, obrigado! – Nina se sentou no sofá ao lado de Alfonso.

Nina: Sei que não é da minha conta, mas Anahi é minha amiga... Já contou à ela sobre Claudia, Alfonso? – Alfonso fuzilou Nina com o olhar.

Poncho: Escute Nina, faz tempo que tenho percebido o seu empenho em fazer que meu casamento...

Nina: Não seja idiota, só acho que a boba da Anahi não deveria continuar sendo a boa moça, boa mulher e boa mãe enquanto seu marido...

Poncho: Meu filho está no quarto, Nina... Pois bem, se quer falar sobre isso podemos ir até lá fora. – Saindo ambos do quarto, adentraram em uma salinha ao lado da recepção.

Nina: Não havia necessidade, Alfonso... – respondeu tirando a franja do olhos e se sentando novamente na poltrona.

Poncho: Anahi a considera muito, Nina, é como sua melhor amiga... Se conhecem há tantos anos e eu agradeço de certa forma a ajudinha do destino que você deu ao colocar Anahi no seu lugar aquela noite, mas de qualquer maneira, não lhe dá o direito...

Uma Linda Mulher (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora