Capítulo 44

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Bateu com força no volante, dizendo um palavrão, teria Anahi de volta, nem que isso custasse que toda a verdade fosse dita. Ele precisava dela. De seu corpo, do seu calor, amor e carinho, precisava senti-la sua, completamente sua novamente. Pegou o telefone novamente, discando o número da recepção, onde certamente Karla atenderia.

Karla: Sim, senhor Herrera?

Poncho: Karla, me faça um favor, diga para a minha mulher que a espero as 19h no estacionamento da Venturini.

Karla: Mas senhor Herrera, a Senhora Anahi...

Poncho: Só faça por favor o que eu digo, Karla e avise que eu ficaria seriamente zangado se tivesse que ir até a sala dela para buscá-la com vontade ou sem vontade. – dito isso agradeceu e desligou o telefone novamente, estacionando na frente da empresa Herrera's. Deus! Queira que tudo desse certo.

Ele desceu do carro pegando sua pasta do seu lado cumprimentou formalmente os funcionários, subindo direto para sua sala, no último andar, tirou o paletó e os óculos escuro e sentou se a mesa, recomeçando sua rotina. Só que dessa vez com uma grande diferença: seus pensamentos estavam bem longes dos negócios. Após deixar tudo pronto em casa, dirigindo o carro, Anahi olhou pelo retrovisor Gabriel, do qual não havia trocado quase nenhuma palavra com a mãe. O olhou mais profundamente, estava cada vez mais parecido com Alfonso. Mordeu os lábios, franzindo a testa.

Anahi: Há algo errado, querido? – Gabriel continuou fitando a janela, não se dando o trabalho de responder a Anahi – Filho, estou falando com você.

Gabriel: Não quero conversar com você, mamãe, tive pesadelos e você não estava comigo... Ninguém estava comigo.

Anahi: Ohh Gabriel! Não fale assim, precisei sair, querido... Te deixei dormindo junto com o seu pai. – respondeu com a voz terna e carinhosa.

Gabriel: Papai não estava dormindo. Papai não dormiu a noite inteira, esperando por você. Acordei ele estava lá em baixo. – Anahi franziu a testa, achando estranho.

Ele estava profundamente adormecido quando ela saiu. De repente, seu estômago gelou e seus dedos deram uma leve tremida.

Anahi: Me desculpe, certo? Não foi a minha intenção abandonar você, apenas precisei sair. Gabriel? – Encostou o carro no portão da escola – Você me desculpa? Prometo que nunca mais sairei do seu lado quando tiver pesadelos.

Gabriel: Só se você prometer que também não sairá do lado do papai quando ele tiver pesadelos.

Anahi: Seu pai é grande e não tem pesadelos. – respondeu controlando a raiva na voz Gabriel – Papai tem sim pesadelos e ligou para você, porque o telefone estava fora do gancho, jogado no chão quando eu desci para falar com ele. – Anahi franziu ainda mais as sobrancelhas.

Seria para Claudia que Alfonso teria ligado àquela hora da madrugada? Olhou seu celular e não havia nenhuma chamada perdida, Anahi respirou fundo voltando atenção para frente.

Anahi: Quando chegarmos conversarmos.

Gabriel: Vou para a casa da vovó Marieta hoje, amanhã não tenho aula, esqueceu?

Anahi: Esqueci. – fechou os olhos – Desculpe! Então te busco para te levar até a vovó Marieta.

Gabriel: A vovó vai me buscar... Tchau, mãe. – desceu do carro, caminhando de cabeça baixa até o portão da escola para entrar caminhando entre os alunos.

Anahi ficou o observando por um bom tempo, raramente Gabriel acordava a noite. Droga! Droga de casamento. Arrancou chegando por fim na Venturini, subiu direto com a expressão pensativa, Gabriel não sai de sua cabeça. Cumprimentou Karla.

Anahi: Bom Dia, Karla.

Karla: Bom dia, dona Anahi. Ah! seu marido ligou...

Anahi: Diga que jantar é... – não conseguiu completar.

Karla: Ele disse para senhora se encontrar com ele no estacionamento, às sete da noite.

Anahi: Tenho outros compromissos hoje, ligue e cancele, Karla, por favor.

Uma Linda Mulher (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora