Capítulo 29

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Entrando na suíte, Alfonso foi direto para o banheiro onde deixou que a torneira despejasse a água morna, enchendo a banheira com Anahi ainda em seu colo lhe tirou as roupas, mas quando chegou a hora de com cuidado a colocar na banheira, ela não se desgrudou dele. Alfonso respirou fundo, sem dizer nenhuma palavra, tirou sua calça e da maneira que pode entrou na banheira junto com ela, colado a ela. Anahi abriu os olhos ao sentir a deliciosa água morna tocar seu corpo. Ainda estava nos braços dele.

Depois de 20 minutos, ele se levantou e por fim se separaram, mas ainda sem dizer nenhuma palavra, nem a olhar nos olhos, Alfonso se enxugou enquanto Anahi em outro canto do banheiro, se enxugava. Olhou para trás, ela estava melhor e já não estava mais pálida. Saiu do banheiro, botando outra calça de abrigo bem larga, dessa vez branca. Deixou no banheiro uma camisola para Anahi, era preta e vinha acompanhada de um hobby que ia até as canelas, ela vestiu sem dizer nada, colocou sua roupa íntima limpa e caminhou até o quarto.

Estava cansada. Oh Deus! Tão cansada. Se deitou na cama que já estava feita, fechou os olhos, mas suas mãos deslizaram pela cama a procura de Alfonso, do seu corpo, mas teve a plena certeza que não o encontraria ao seu lado na cama.

Alfonso caminhou até a porta onde o médico havia acabado de sair. Não havia nada de grave, apenas havia dito que seria excelente que ela fizesse exames e procurasse uma obstetra. Alfonso agradeceu voltando ao quarto, onde ela continuava profundamente adormecida e encolhida na cama, levemente coberta. Foi até a varanda e pegando o telefone ligou para casa de sua tia Marieta que não demorou para entender o telefone, preocupada.

Marieta: Oh meu filho! Está tudo melhor? Onde vocês estão? Anahi ainda se sente mal? – Alfonso fechou os olhos, molhando os lábios.

Poncho: Estamos na suíte. Ela está dormindo, o médico já a examinou disse que está tudo bem... – um enorme silêncio se fez na linha, ele levou as mãos aos olhos. -Anahi está grávida, Marieta e as coisas não poderiam ter sido piores do que hoje.

Marieta: Oh! Alfonso, Não há o que dizer...

Poncho: Vamos nos casar. – Marieta sorriu tristemente do outro lado da linha.

Marieta: Ela concordou?

Poncho: Na verdade vamos nos casar pelo meu filho...Anahi não quer esse casamento e disse que só o faria pela criança. – abriu os olhos, entrando na sala e deitando-se no sofá.

Marieta: Acha que é a melhor opção? não é melhor que conversem e...?

Poncho: Não tem diálogo entre a gente, Marieta. Não há o que se falar. Eu me descontrolo e acabo dizendo coisas impensáveis e ela grita dizendo que me odeia... Não há solução! Essa criança tem pai e mãe, portanto vai ter uma família. – fechou os olhos novamente - Voltaremos em algumas semanas, falta pouca coisa para se terminar aqui...

Marieta: Casamento sem amor, mesmo pelos filhos Alfonso, acaba sendo pior do que nenhum casamento. Acredite, filho, há muito que refletir. Não é fácil viver como dois desconhecidos sob o mesmo teto.

Poncho: Não, Marieta. Quero que ele veja e seja criado por nós dois... Eu nunca tive nessa vida, a não ser meu glorioso emprego, meu nome e meu dinheiro e sem perceber ele veio de mansinho, me matando de surpresa. Não é justo que uma parte de mim vague de um lado para o outro, hora comigo e ora com a mãe dele. – Marieta franziu a testa se entristecendo.

Marieta: Não será fácil.

Poncho: Nunca nada foi fácil.

Marieta:  Anahi não vai perdoá-lo.

Poncho: Eu sei que não vai. – Dito isto, se despediu desligando o telefone, deitou-se no sofá fechando os olhos na certeza que sua vida nunca mais seria a mesma e com essa certeza adormeceu.

Uma Linda Mulher (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora