Capítulo 16

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Alfonso dirigiu no transito caótico. Não sabia que demoraria tanto assim uma reunião, ainda mais no domingo. Ao menos havia dito a Pedro que o ajudaria sim a reconstruir sua empresa, não a afundar. Se sentiu orgulhoso de si mesmo. Por fim, chegando ao hotel abriu a suíte com um sorriso. Tudo o que precisava era de Anahi, do calor de seu corpo sobre seu, mas tudo tava tão escuro e silencioso, tudo estava tão frio. Franziu a testa chamando pelo nome dela. Seu coração bateu rápido ao entrar no quarto.

Estava tudo vazio e arrumado. O vestido vermelho sobre a cama, a caixinha dos colares e o anel de noivado tombado sobre o vestido. Mordeu os lábios. Seu coração palpitava com tanta força que se sentiu obrigado a sentar. Ela havia partido e nem havia dado tempo de dizer adeus, de beijá-la uma vez mais. Santo Deus! Como sua garganta queimava. Se levantou encostando-se à varanda.

Maite: Alfonso? Poncho, você está aí? A porta tá aberta e...- viu o irmão de frente para o vidro da varanda com as mãos nos bolsos. Maite se aproximou.

Poncho:  Ela já foi embora... - levantou o queixo mordendo os lábios.

Maite: Eu sei, eu a vi.

Poncho: Quando foi? Que horas foi?

Maite: À tarde...
Poncho: Ok! - suspirou fundo balançando a cabeça.. - Amanhã é segunda e meu domingo eu passei em uma reunião. Amanhã eu pego o primeiro voou, Maite. Você volta quando?

Maite: Vou ficar mais alguns meses por aqui e era o que você deveria faze também. Alfonso, a Anahi...

Poncho: Eu não quero falar sobre ela... - fechou os olhos. - Eu não quero mais falar sobre nada dela.

Maite: O que aconteceu Alfonso? O que foi que ela fez?

Poncho: Nada, Mai, ela não fez nada. Mas você me conhece, não conhece? - Engoliu a seco pondo seu ar de arrogância e prepotência.

Maite: Você pensa que está enganando a quem? Seu coração deve estar batendo tão rápido que você não deve estar aguentando as pernas... Alfonso, é tão simples admitir que...

Poncho: Maite, por favor! Eu preciso descansar agora, ok? Antes de ir eu te dou um beijo, certo? - Abriu os olhos arrancando a gravata com força a jogando em cima do sofá. Maite apenas tocou as costas dele para depois, sem dizer nada, sair.

Alfonso encheu um copo de Martini, mesmo que não bebesse precisava sentir suas pernas e cair na cama para somente adormecer e acordar intacto e arrogante no dia seguinte. Se sentou no sofá bebendo um gole. Fez uma careta, mas bebeu novamente e depois mais uma vez, e outra vez.

Foi até o quarto, se sentando na cama, pegou o vestido o jogando no chão com força. O anel caiu junto. Ele se abaixou, a bebida começava a fazer efeito. Cambaleou um pouco, conseguiu pegar o anel, mais não pode evitar cair sentado no chão.

"Poncho: Há muitas coisas que você nem imagina sobre mim...

 Anahi : Me mostre. – Alfonso sorriu e se dirigindo as pessoas presentes pediu.

Poncho: Senhores, poderiam nos dar licença, por favor? – e assim, de imediato, todos se levantaram deixando apenas uma luz de fundo acesa. Anahi sorriu perguntando, debruçando os cotovelos e o corpo no piano:

 Anahi: As pessoas estão acostumadas a seguir suas ordens?

Poncho: Elas são pagas para isso.

 Anahi: Sim... Elas são pagas para isso!".

Tentou se levantar, mas foi em vão. Apoiou as costas na cama tomando outro sorvo de sua bebida.

"Poncho: A quem você pertence Anahi? - Ela respirou fundo, franziu a testa ao sentir os primeiros espasmos

Anahi: A você... – saiu como quase um sussurro e sem poder segurar mais Alfonso disse:

Poncho: E quem sou eu Anahi ?

Uma Linda Mulher (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora