Capítulo 35

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Inclinou seu corpo na espera que o repentino enjoo passasse, fechou os olhos com força.

Anahi: Você falou que algo estava acabado... – respirou fundo virando-se para ele com a expressão atormentada – O que? O que estava acabado?

Poncho:  Claudia e eu. – se aproximou, seu estômago parecia querer saltar pela boca.

Anahi: Claudia e você. – tentou recuperar o controle – Você me diz que terminou seu caso com a sua secretária e depois disse que me ama, é isso?

Poncho: Eu não acredito que você vai fazer isso, Anahi... – Levou as mãos à cabeça se aproximando dela – Eu não acredito!

Anahi: Por que agora, depois de tanto tempo? - também se aproximou, inclinando a cabeça e contendo as lágrimas – Eu esperei tanto tempo por isso e você me diz agora assim, enquanto confessa que...

Poncho: Vamos conversar de igual para igual, certo? – mordeu os lábios contendo o nervosismo.

Anahi: Você me traiu, de simples, em todos os sentidos... Porque você é um egoísta, Alfonso, um maldito bastardo egoísta.

Poncho: Você está certa, Ok?! Eu fui mesmo egoísta em querer que tudo relacionado à você fosse meu, eu confesso...

Anahi: Eu tinha a minha vida...

Poncho: E eu queria você junto à minha. – gritou e Anahi arregalou os olhos se pondo ainda mais nervosa – Se você se arrepende de ter tido o nosso...

Anahi: Não fale uma besteira dessas, porque o Gabriel é a única coisa que eu realmente amo nessa vida. Droga, Alfonso, Droga! – se sentou na cadeira, levando as mãos na testa – Eu deveria saber que era um jogo, eu deveria saber que...

Poncho: Foi o seu jogo, Anahi. – pegou uma cadeira, se sentando na frente dela. Suava frio – Eu estava atordoado, porque a cada dia, estava mais e mais distante e eu não sabia de que maneira... De que maneira que eu poderia manter você junto a mim, pelo resto da vida.

Anahi: Era só você ter falado que me amava e de simples, eu cairia rendida aos seus pés, como a cada vez que você me tocava. Não era amor...

Poncho: Era amor. É amor!

Anahi: Não era, Alfonso, é essa sua maldita obsessão, era desejo, Alfonso, era fome, mas não amor.

Poncho: Como você pode ter tanta certeza disso? Eu disse a você que te amava uma vez, mas você nem me prestou atenção, Anahi... Eu tentei dizer tantas vezes e você... E você engravidou e se casou e se fechou para mim, como se eu nunca tivesse feito parte da sua vida. Você queria o que? Eu tinha meu orgulho ferido...

Anahi: E PRECISAVA DE SEXO COM ALGUMA OUTRA MULHER. Você me usou, Alfonso, para obter o que podia ter, até hoje, sem todo esse sofrimento e desencontro.

Poncho: Eu disse que amo você! ANAHI, VOCÊ É SURDA? EU DISSE QUE AMO... QUE EU AMO VOCÊ.

Anahi: Eu também amava você... Eu amei você na semana que nos conhecemos, eu amei você durante meu casamento, eu amei você enquanto você dormia com outra, eu amei você por tudo e por todos os sentidos da palavra amar. – finalmente deixou uma lágrima cair fechou os olhos, engolindo a saliva – Eu não... Eu não te amo mais, Alfonso. – Ele se levantou com a testa franzida.

Poncho: Você está mentindo! ANAHI, EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ MENTINDO. ANDA... ANDA, VEM CÁ... – fechou os olhos controlando o choro contido em sua voz – Ainda dá tempo... Temos tempo, querida. – Ela balançou a cabeça negativamente se levantando também.

Anahi: A garotinha já não sente o mesmo. - Alfonso se lembrou das palavras dela enquanto, deitada sobre ele na cama, contava sobre o que Gabriel havia lhe dito.

Estendeu a mão na direção dela, perdeu a fala, olhando nos olhos azuis vazios e cheios de lágrimas de Anahi. Esperou até que ela lhe pegasse a mão, se abraçasse a ele e dissesse que tudo o que havia falado era mentira.

Uma Linda Mulher (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora