Capítulo sem título 14

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Imediatamente ele abriu a boca e enfiou nela o bico do seio e a sua base rosada inteiros. Enquanto ele chupava eroticamente o seio dela, Sheila sentiu o latejar doido no seu sexo aumentar, o vazio pulsante ansiando por ser preenchido. Inesperadamente, ele desviou a atenção dos seios e voltou para seus lábios. Beijos duros e punitivos magoaram-lhe a boca, confundindo Sheila, pois não lhe era permitido corresponder com a paixão que a consumia. Finalmente, Brad ergueu a cabeça, ofegando, um brilho escuro no olhar, que sugeria raiva. - Devia fazer amor com você - falou, a voz rouca -, aqui na sua própria cama, bem debaixo do nariz do seu pai. É o que ele merece. As mãos dele escorregaram pelos flancos dela, seus dedos exploradores encontraram o elástico da calcinha. Ele o ergueu o suficiente para enfiar a ponta dos dedos por baixo, seguindo a linha reta ao longo dos músculos trêmulos da barriga dela. - Brad, não. Desta feita, a negativa dela era definitiva. A expressão dos olhos dele assustara-a, fazendo com que seu protesto fosse para valer. Ele forçou o joelho entre as pernas dela, enquanto seu peso comprimia contra o colchão o corpo que agora se debatia. Sheila tinha consciência da força superior dele, e sabia que ele poderia dominá-la se quisesse. Brad soltou uma risadinha abafada. - Não vou fazer amor com você, pelo menos até que você me peça, lembra-se! Aliviou a pressão sobre o corpo; já não a comprimia. - Além disso, mesmo que possuísse o seu corpo, jamais me convenceria de que você é minha até estarmos casados. Talvez as suas regras antiquadas sejam contagiosas. Tem um vestido branco para usar na cerimônia, minha virginal Sheila! Ela se descontraiu, não mais se sentindo ameaçada por ele. - Tenho um vestido branco, mas é de verão. O brilho escuro que estava acostumada a ver voltou aos olhos de Brad. - Não vamos nos preocupar com questões de moda. - Beijou-lhe a face, depois rolou para o lado, para deitar-se junto a ela. Constrangida, Sheila fechou a parte da frente da camisola, sem ver a expressão sardônica da boca de Brad. Ele pôs o dedo sob o queixo dela e virou-lhe o rosto. - Vai casar comigo no México amanhã, não vai! - Imediatamente, abriu um amplo sorriso. - Não amanhã, pois amanhã já é hoje, mas depois de amanhã. - Ninguém poderia me impedir - murmurou Sheila, com um sorriso lânguido. - Andei tomando umas informações hoje, quando estava de serviço. Para casar no México, só precisamos de identificação e visto de turista - explicou Brad. - Tenho toneladas de identificação - assegurou-lhe ela -, carteira de estudante, carteira de motorista, cartões de crédito, passaporte. Vamos ser felizes juntos, querido - suspirou, aninhando-se na curva do braço dele, olhando sonhadoramente para o teto. - Sei que vamos. - Antes de tornarmos isso realidade, temos que nos casar. O que significa que temos que fazer certos planos. - Afastou-a suavemente e se sentou. - Este é um caso em que uma posição horizontal não facilita o raciocínio. Relutante, Sheila ficou semi-deitada, recostada nos travesseiros, enquanto Brad se sentava ao pé da cama, de frente para ela. Depois de afastar uma mecha de cabelo que lhe caíra na face, Sheila enrolou-se mais seguramente na camisola. - Quais são os planos! - indagou Sheila, certa de que ele já havia pensado em tudo antes de fazer-lhe a proposta. Brad era meticuloso em praticamente tudo o que fazia. - Primeiro, há a questão do transporte - começou. - A minha moto nos levaria e traria de volta economicamente, mas viajar quase a metade do Estado do Texas não seria muito confortável, não com você, eu e nossa bagagem. Por mais que eu deteste a idéia, a lógica indica que devemos levar o carro que seus pais lhe deram. Está no seu nome? Não gostaria que tivéssemos problemas na hora de cruzar a fronteira com ele. - Está exclusivamente no meu nome - tranquilizou-o a moça -, certificado de propriedade, seguro... tudo. - Se vamos viajar toda essa distância para casar, seria uma tolice não passar dois dias de lua-de-mel no México, certo? - Certíssimo. - Um amplo sorriso de concordância iluminou-lhe o rosto, os olhos cor de topa brilhando de prazer. - Para onde vamos, no México? - Juárez.

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