As mãos instintivamente encontraram-na na penumbra. O contacto firme delas fez Sheila começar a chutar e se debater como um animal selvagem. Ele soltou uma risada rouca, rechaçando os golpes dos braços e pernas dela, enquanto a imobilizava sobre o colchão. - Grite, se quiser, leoazinha - murmurou Ráfaga. - Ninguém vai ouvir, por causa do temporal. Mesmo queouçam, não virão até aqui. A sua boca quente descobriu a linha sensível ao longo do pescoço. Sheila enterrou os dedos na pele dele, tendo a sensação satisfatória da carne que se rasgava sob as suas unhas, enquanto lhe arranhava os ombros. A despeito do palavrão abafado de dor que ele soltou, as mãos que a seguravam não cederam um centímetro.A violência desesperada estava acabando com as energias dela. Sheila parou para tomar fôlego. Imediatamente, ele tomou posse dos seus lábios entreabertos, forçando-lhe a cabeça para trás enquanto a beijava. As mãos seguraram-lhe os seios para explorar a sua firmeza redonda. Sheila sentiu os bicos dos seios enrijecerem sob o toque, e soltou um grito mudo ante a incapacidade de controlar as reações da sua carne. A cabeça dela girava loucamente na torrente de desejos incandescentes que lhe atormentavam o corpo. Essas sensações depravadas, de permissividade, eram-lhe estranhas, contudo sentia-se impotente para controlá-las. Elas é que a estavam controlando, tomando conta dela e fazendo que desejasse a gratificação física da posse. As sensações se intensificaram quando a boca do homem desceu pelo seu pescoço até o seio. O contato da língua no seu mamilo provocou-lhe um gemido involuntário de prazer. Não havia pressa na paixão lânguida das suas carícias, mas o fogo lento que ardia dentro de si ficava cada vez mais quente. As mãos exploradoras dele descobriram e sondaram suavemente as suas partes secretas e íntimas, tocando, provocando e liberando todas as suas inibições e temores. O seu cheiro de macho era um estimulante erótico, excitando-a. Por mais que quisesse, jamais poderia ser indiferente ao toque dele. Era como uma folha, girando, girando ao vento. Já perdera a virgindade para a brutalidade de Brad. Agora estava perdendo rapidamente o amor-próprio para a perícia sensual de Ráfaga. Sob as mãos, podia sentir os músculos nus e ondulantes dos seus ombros, e a umidade quente do sangue, onde o arranhara. Mas seus dedos não estavam mais arranhando ou ferindo a pele dele; ao contrário, quase se deleitavam ao sentir-lhe a carne firme. Enquanto lhe sobrava um mínimo de força de vontade, Sheila empurrou-o pelos ombros, forçando Ráfaga a erguer a cabeça e parar a brincadeira tantálica com o seu mamilo. Dominando-a, inclinou a cabeça na direção dos lábios, mas a moça se desviou. - O que está esperando? - murmurou Sheila, desesperada. - Por que não me violenta logo e acaba com isso? - Mas isso seria rápido demais, minha leoa - replicou. - Quero prolongar o momento, a tortura. A respiração roçou-lhe a face um instante antes de cobrir-lhe a boca, exigentemente. E foi tortura, uma doce tortura. A ânsia que sentia no sexo deixava o sistema nervoso de Sheila gritando de necessidade pela posse. Em carícias trémulas, as mãos dela percorreram as costas e ombros dele. O corpo da moça se retorcia com a agonia da sua paixão. Mas ainda levou algum tempo para todo o peso do corpo esguio pousar sobre o dela. O pulso estava tão acelerado e ansioso quanto o dela. A sua pele nua estava pegando fogo, e o calor pareceu fundi-los juntos. Sheila sentiu a sua dureza de macho e soube que a necessidade dele era tão grande quanto a sua. Um som de gatinha ronronando escapou-lhe dos lábios quando as pernas musculosas deslizaram intimamentepor entre as suas, forçando-as a se abrirem. O gozo estava para acontecer dali a apenas um momento, e um arrepio de êxtase alucinado percorreu-lhe o corpo. Quando ele veio, Sheila foi envolvida num turbilhão, numa névoa aveludada de sensações. Tremores primitivos alternavam-se com um espanto embevecido, até que ela ficou largada, fraca, esgotada e sozinha. O turbilhão de emoções novas e estranhas se dissipou vagarosamente. Depois, Sheila ficou estarrecida com a maneira sensual de ele fazer amor. Aos poucos, foi voltando a si, ao normal, e sentiu nojo e vergonha de ter sentido prazer nos braços dele. Ráfaga moveu-se, o ombro roçando o braço dela. Um arrepio de consciência correu pela sua pele, as chamas armazenadas vindo à tona. Ela cerrou o maxilar ante a reação involuntária do seu corpo, assustada porque não era capaz de controlá-la. Sheila precisava afastar-se do contacto dele. Escorregando as pernas para a beira da cama estreita, começou a se levantar, mas a mão dele segurou-lhe o braço. Sheila não conseguiu soltar-se do aperto de ferro. - Aonde vai! - Para o meu quarto - respondeu formalmente.
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A Caricia Do Vento
RomanceConta a história de Sheila e Ráfaga, Sheila uma linda mulher de pais ricos se vê em uma grande decepção com seu marido Bred, após ser abusada em plena lua de mel ,e por fim saber as reais intenções de Bred acaba sendo sequestrada por Ráfaga e seus c...