Prólogo: 06/03/2007
Meu nome é Laís. E essa é a minha
história.*****
Tenho 13 anos, meu cabelo é ruivo e a pele clara, sou alta e tenho um corpo escultural, nada de exageros e volumes, apenas uma pessoa normal. Já usei drogas, mas foi apenas uma fase, uma fase que hoje não faz parte da minha vida. Meus pensamentos tomaram conta de mim, eu não sabia o que estava fazendo, mas isso é sem importância, um ato errado e sem pensar antes de agir, ou seja, um ato totalmente sem sentido. Procurei consolo em um vício, uma escolha de influências. Foi como uma lição para mim por que percebi que o único que poderia me consolar é Deus que me ajudaria e não iria me prejudicar, más aprendi que não é bem assim e que o mundo é gigante e tem tantas coisas legais para fazer e aprender. Na vida temos que conhecer coisas novas e boas, temos que saber o que é certo e o que é errado. E eu, estou tentando mudar minhas rotinas, tentando ser uma menina normal.
Tudo começou quando entrei no colégio, tinha 12 anos e era aquela moça comportada e sozinha, sofria preconceito por ser uma jovem boba e uma órfã, como diziam. Minha tia chegou a me afastar da escola por um tempo. Sempre tive medo e pavor de ser a diferente que não tinha os pais para participar das reuniões, por isso acabei entrando em depressão. Minha mente pensava coisas negativas e não me ajudavam em nada, assim acabei me isolando das pessoas importantes para mim.
A morte chegou sedo em minha família, perdi minha mãe quando tinha meus sete anos, sim sete anos, foi o dia mais triste que pude um dia vivenciar, jamais esquecerei. Meu pai a agredia muito e ela não tinha saúde era muito doente, sofreu derrame e não suportou. Prefiro não falar os detalhes de sua morte é muito doloroso para mim, muito mesmo. Toda vez que sua imagem passa pela minha mente é como se fosse um filme, um filme triste e ao mesmo tempo cheio de amor. Sinto tanto a sua falta...... dos momentos mais legais que passei com ela, a amava muito. Minha mãe, minha rainha, mas que nunca mais vou ver o seu rosto delicado que sempre sorria para mim, sempre tirava meus medos e minhas objeções não sábias desde de criança. Sua lembrança vai ser mais que um motivo de empenho e inspiração para eu continuar a viver essa minha vida.
Meu pai sempre foi um homem sem escrúpulos, me batia muito depois que minha mãe faleceu e o pior é que trazia mulheres em casa todos os fins de semana, me trancava no quarto sem se importar, me deixando desamparada e sozinha. As vezes chegava a pensar que aquele homem não era meu pai, ele mudou muito e ficou desumano, parecia que seu coração que era doce e gentil se tornou amargo e frio.
Eu era apenas uma criança, mas sempre chorava por não ter minha mãe ao meu lado naquele momento.
Ela era minha companheira, a mulher que me amparava com muito carinho. A única lembrança que eu tenho sua é um urso de pelúcia marrom que me distraia um pouco, eu conversava com aquele pedaço de pano como se fosse a imagem de minha mamãe.*****Atualmente*****
Se passaram dois anos e completei 15 anos, minha adolescência. Meu pai havia se mudado com uma italiana qualquer e me deixou com minha tia Sônia, uma pessoa muito doce que sempre foi amigável comigo, pena que papai não deixava ela ir me visitar quando estava morando com ele, me sentia muito só. Mas agora sinto que está tudo mudando, tudo ao meu redor parece estar mais colorido e alegre.
Sou crescida, possuo cabelo longos e ruivos, sim eu pintei o cabelo com 13 anos e não me arrependo, ficou perfeito em minha pele clara e meus olhos negros. Nunca mudei esse meu jeito de transbordar um sorriso para todos, prefiro não demostrar o que sinto por dentro, as pessoas não precisam saber sobre minha vida.
Faz três meses que estou morando no centro de Nova York com minha tia. Estou me adaptando aos poucos com a área mais nobre da cidade, é um lugar tranquilo, favorável e só tem casas elegantes, incluindo a casa de titia. Ainda é um pouco isolado para mim porque não tenho amigos, mas sou nova por aqui e acredito que vou conhecer amigos novos, torço para que não sejam iguais ao meu colégio antigo. Eu voltei a estudar afinal e eu quero ser feliz nesta nova vida.
Estava pensativa em meu quarto, quando escuto a voz ardida de minha tia me chamando para eu começar a tomar meu banho, já está na hora de ir para o colégio. É impressionante como ela pensa que eu esqueço das coisas, vive me lembrando de tudo.
Aviso-a rapidamente, depois tomo um banho rápido e me visto com uma calça jeans preta, uma blusa vermelha e um sapatênis branco. Meu estilo de sempre.
Desço as escadas, vou até o sofá e beijo o rosto macio de titia. Pego uma fruta como de costume e corro em direção a porta, onde o motorista esta me esperando. Dona Sônia nunca deixa eu ir com o transporte colegial por que segundo ela, o motorista pode ser barbeiro. Isso soa estranho, mas não exito em obedecer todas as ordens de titia.Tia é muito rica, possui bens devido ao seu falecido marido, meu tio que não pude conhecê-lo. Ela também não foi uma pessoa de boa sorte esses últimos anos, mas agora ela esta mudada e é outra pessoa que sempre sorri e pensa positivo. Tenho orgulho da volta por cima que ela mesma conseguiu dar. Não suportava ver lágrimas escorrerem em seu rosto e ela sempre me dizer que não era nada, não fui tão ingênua assim.
Tiro meus fones de ouvido, ao chegarmos. O caminho não foi longo, fui pensando na estrada inteira, como seria meu primeiro dia, estou nervosa, apesar de não demostrar. O bom é que não se trata de um colégio interno, posso ver minha tia todos os dias. Observo a cidade, pude ver que Nova York é extremamente enorme e diferente, parece casas de filmes e as ruas também, úmidas e alegres. Nunca parei para observar os detalhes que havia na cidade, apesar de sempre morar aqui.
— Menina, chegamos! - avisa o motorista, tirando-me de meus frágeis pensamentos.
Fico sem reação, desço do carro e vou em direção ao colégio, vejo um enorme prédio azul, elegantíssimo.
Assim que entro no condomínio sinto os olhares deparar-se em mim, parece que só eu estou neste enorme pátio de chão liso. Os meninos como sempre são pior, assobios constrangedores e palavras sem sentido. Não imagino que posso ser atraente com esse blusão, calças e sapatos.Não gosto disso!
Sinto minhas faces avermelhada imediatamente. Sigo em direção ao corredor incomodada com os olhares, não demorou para que eu tropeçasse em uma garota alta de cabelos longos e louros. Sua pele é clara como a minha. Tive uma sensação estranha ao vê-la, como se ela fosse a minha nova amiga, a primeira. Meu coração gela e dos meus lábios sai um sorriso quase sem querer. Um sorriso completamente tímido e sem jeito.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sempre Haverá Motivos Para Sorrir!
RomanceLaís Meinday é, uma menina mulher muito dedicada aos estudos e principalmente na sua vida, seus objetivos. Ela é exemplar, doce, amigável, apaixonada e carinhosa. Teve muitas experiências desde seus treze anos, mas aprendeu que a vida nem sempre é...