Capítulo 6:

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Um dia nublado, frio e triste, é o dia de hoje. Eu queria que fosse diferente, mas infelizmente essa parte eu não posso mudar como uma simples história. Sempre gostei de acordar feliz e alegre, mas hoje não foi o que esperei, pois cai em mim um desânimo e uma tristeza. Uma manhã de sábado, as manhãs que sempre acordo radiante está sendo completamente vazia, espero que volte ao normal e ganhe cor quando ver Jonathan na minha frente, ele anda muito ocupado na sua faculdade, mas agradeço que ele venha por que quero me sentir melhor depois do dia carregado de ontem.

— Laís. - ouço tia gritar-me. 

Seguro no apoio de concreto liso e enfeitado da escada que leva nos andares de baixo e encontro tia Sônia cortando alguns legumes junto de Elisângela quando chego na cozinha.

— Estou aqui tia, o que quer? - minha voz sai baixa e suave.

— A diretora me informou que você está com uma falta e eu não me lembro de ter deixado você faltar a aula, ao contrário, você nunca falta. - ela diz tudo de uma vez.

— Eu posso explicar. É uma história longa e muito triste. - Eli puxa a cadeira para que me sente preocupada.

— O que ouve Laís? - vejo a preocupação no olhar de Tia.

— Eu não fui a aula sim, mas foi um motivo importante, tia Sônia. - respiro fundo. —  Quando cheguei no colégio encontro Mary aos prantos, perguntei a ela o que tinha acontecido e a mesma não estava se sentindo bem, então ela pediu para seu motorista a levar para casa, como eu não sabia o que se passava e não podia deixá-la naquele estado, acompanhei a mesma. - respiro fundo novamente.

— Eu posso entender, mas o que ouve com Mary?

— Sua madrasta faleceu, foi tão triste, Eli. - sinto as lágrimas caírem.

— Eu sinto muito pela sua amiga querida. - Eli responde com as mãos no rosto.

— Obrigada Eli. - seguro suas mãos que estavam frias.

— De fato é uma história triste. - tia fala com a impressão do seu rosto pálido. — Dê a Mary meus pêsames, não à conheço por enquanto, mas diz à ela que fique bem e que não se desespere, pois a vida continua e tudo passa.

— Sim tia, darei seus pêsames e darei também seu recado. - falo pausadamente e beijo o rosto de Elisângela e tia Sônia. — Eu vou subir.

Vou até meu quarto novamente, tenho que terminar de organizar minhas coisas para ocupar-me. Elisângela sempre faz isso a semana toda, mas em fins de semana gosto de arrumar minhas próprias bagunças. Sempre gostei de deixar minhas coisas no lugar reservado e do jeito que acho adequado, principalmente as fotos que tenho de meus pais, a única foto que vejo minha mãe, é como se ela estivesse aqui, ao meu lado, em todos os momentos, isso me faz bem.

Quase não acredito o que ouve ontem quando me sento para pensar, foi um choque muito grande, ou melhor, um ato que nos pegou de surpresa. Jonathan deve estar arrasado com isso, quero vê-lo o mais rápido possível, quero dar a ele o meu consolo. Me arrumo rapidamente depois de um banho quente e desço as escadas em formato de caracol. O dia está passando rápido hoje para meu alívio.

— Tia eu preciso sair. - digo interrompendo o seu momento virtual na frente do computador.

— Por favor Laís. - ela tira os óculos.

— Jonathan. Ele me ligou, irei me encontrar com ele no lugar de sempre.  - tento convencê-la.

— Retorne para ele e diz para vir aqui. - ela propõe.

— Nós combinamos tia e seria injusto quebrar o que já foi combinado, não é? - digo e Eli me olha com o olhar torto.

— Eu te levo até lá, pode ser? - titia diz.

Sempre Haverá Motivos Para Sorrir!Onde histórias criam vida. Descubra agora