Capítulo 34:

3 0 0
                                    


Mary:

Não parece que cheguei cedo na empresa para estar terminando no final da tarde, organizo minha mesa de trabalho pela terceira vez, ela nunca para arrumada. Hoje o dia está bastante agitado na empresa, estou exausta, agora minha hora já acabou felizmente, arrumo minhas coisas e vou na sala do meu chefe.

— Com sua licença! - toco duas vezes na porta, por sinal ela estava aberta, encontro Thaylor de olho na tela do seu computador, estava ocupado.

— Sim? - ele fala sem desviar o olhar dos seus afazeres.

— Estou indo, precisa de alguma coisa? - pergunto.

— Não, está dispensada, obrigada.

— Por nada, até amanhã. -
Consinto e saio da sala.

Hoje não foi corrido, mas devo admitir que eu não estou nos meus melhores  dias, pois meu marido não sai da minha cabeça, o mesmo está estranho comigo esses dias atuais, preciso falar com ele quando chegar em casa.

— Tchau Maria, tenha uma ótima tarde.  - falo para uma colega de trabalho.

— Tchau Mary, tenha uma ótima tarde também.

Me direciono no elevador e aperto o botão, logo já estou no último andar, elevador me dá enjôos, não gosto.
Avisto o portão principal e vejo vários carros, em uns deles esta o de Alifer, nosso carro. Me aproximo e vejo ele encostado no mesmo com a expressão séria, coisa que não é típico dele, não mesmo.

— Oi amor! - falo animada selando nossos lábios.

— Oi minha, princesa. - ele fala abrindo a porta do carro, entro e coloco o sinto rapidamente.

— Como foi seu dia? - ele pergunta focado na direção da rua.

— Digamos que bem. E o seu, como foi? - pergunto, perplexa.

— Como todos os dias.

Consinto e opto em me calar, não tive resposta, Alifer não é tão fechado assim, conheço o marido que tenho e sinto que ele quer me falar  algo que está engasgado em sua garganta, me preocupo.

Chegamos em casa, saio do carro e entro em casa, sinto o aroma de rosas perfumadas do desinfetante que uso, tranquiliza meu corpo com o cheiro de casa. Vou até a cozinha, abro a geladeira e pego um refrigerante. Observo os movimentos de Alifer. O mesmo se joga no sofá e, depois, liga a televisão ficando pensativo.  Ele assiste desenhos, muito estranho.

— Não vai trabalhar? - a única coisa que pergunto ao me aproximar.

— Que horas são?

— Vinte minutos para as cinco. - respondo.

— Vou me trocar. - ele beija minha testa e sai da sala.

Meu marido trabalha a noite e geralmente  eu fico sozinha em casa, hoje vou na casa da Sônia, saudades das loucuras dela, me faz lembrar Laís. Ah, minha amiga você faz falta aqui.

— Amor hoje vou na casa da Sônia, pode ser? - falo ao ver ele com seu traje de trabalho.

— Sim, você que sabe, amor. - ele diz passando as mãos nos cabelos. — Será melhor, me sinto mal de deixá-la sozinha todos os dias.

— Preciso de um banho, cinco minutos.  - falo indo ao banheiro.

Ele me olha e permanece calado, seu rosto parecia curioso com algo, mas não irei perguntar, agora não é o momento adequado. Tomo meu banho relaxante rapidamente e, depois de me vestir com um vestido bordô, nos pés uma sapatilha, saio de dentro do meu quarto.

Sempre Haverá Motivos Para Sorrir!Onde histórias criam vida. Descubra agora