Volto do mercado quando encontro Rebeca, estava me preparando para entrar no carro, espero meu motorista que foi ao banco. Tenho má sorte em relação a encontrar pessoas indesejadas, praguejo-me, mas meu subconsciente chama minha atenção para que me mantenha fria. O mercado que vim é muito grande, uns dos mais frequentados por pessoas de Nova York, não tem como evitar encontrar as pessoas do colégio mesmo a cidade sendo tão grande e cheias de opções, é o mercado do centro.
Ignoro sua presença e caminho até uma padaria que havia em frente onde o carro esta estacionado. Me sento em umas das cadeiras almofadadas acompanhadas da mesa e peço um pudim, sim um pudim. Ele chega em cinco segundos.
— Laís. - ela sussurra meu nome. — A gente tem o dom de se encontrar, não é mesmo? - Rebeca se senta na mesma mesa que eu.
— Não, não é um dom. É totalmente desagradável vê-la na minha frente. - experimento um pedaço ignorando olhar em seu rosto.
— Desagradável. - ela indaga me olhando com repulsa. — Você é sempre assim?
— Refere-se as minhas palavras contra você? - ironizo. — Não são provocadoras, mas sim sinceras.
— Você não sabe falar com as pessoas civilizadamente. Eu poderia propor uma nova vida para você Laís. - ela provoca. Sei no que ela se refere. Drogas.
— Perdoe-me. - solto uma risada irônica, mas fico calada por conta dos olhares. — Eu não preciso da vida medíocre que você leva Rebeca, eu tenho minha família, eu procuro a felicidade não a desonra contra meu próprio futuro. - fico seria.
— Vida medíocre a minha? Você não faz ideia do que faço, de quando dinheiro corre em minhas mãos. - ela solta a sua risada.
— Dinheiro sujo? Obrigada, mas rejeito. - suspiro pesadamente. — Além do mais eu não preciso de dinheiro Rebeca.
Eu não sei o que ela pensa, ela só pode ser uma doente. Doente por substâncias sujas e que acabam com sua própria vida.
— Você é patética Laís. - sua voz sai raivosa. — Não sei como Jonathan te atura, ele merece uma pessoa mais doce, mais amigável. - ela comenta cheia de sarcasmo.
— Você não nos conhece, não sabe como é nossa vida a dois. - minha paciência some. — A propósito você não deve ao menos saber a definição de um amor, você não tem essa capacidade para amar como Jonathan me ama e como eu o amo. Por isso Rebeca, não ouse se aproximar de mim, não ouse tocar no nome da minha família. Caso contrário fasso uma denúncia. Eu sei que foi você a mandante pelo seu colega de trabalho. Ele quase acabou com minhas inocência com palavras nojentas. Fui uma tola.
— Você pegou a droga Laís. - ela suspira. — Eu fiquei muito triste quando soube que foi parar no hospital, mas não deixei de beber uma taça para comemorar tanta ingenuidade sua. - ela debocha. Tenho raiva.
— Eu não vou perder minhas palavras com você, querida. - suspiro. — Fique com suas porcarias. Eu dei a volta por cima e já me esqueci do que passei. - pago a conta e saio dali.
Rebeca me olha para seus pés um longo tempo como se tivesse pensando algo profundo, respira fundo e sai para longe da padaria. As vezes penso que Rebeca não é feliz, penso que ela não sabe o significado do amor. Tenho pena da vida que a mesma leva. Mas não me arrependo das palavras que falei, talvez possa fazê-la refletir.
Chego em casa e não encontro papai, apenas tia Sônia que está concentrada no seu computador. Trabalhos de sua sala de aula. Ela anda muito ocupada organizando as provas para os alunos. Já meu pai deve ter ido para a empresa, ele também está ocupado com seu trabalho, ele é gerente afinal, não pode faltar em hipótese alguma.
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Sempre Haverá Motivos Para Sorrir!
RomanceLaís Meinday é, uma menina mulher muito dedicada aos estudos e principalmente na sua vida, seus objetivos. Ela é exemplar, doce, amigável, apaixonada e carinhosa. Teve muitas experiências desde seus treze anos, mas aprendeu que a vida nem sempre é...