Sempre Haverá Motivos Para Sorrir!

Capítulo 15:

Ontem foi um dia que vivi e que nunca imaginei um dia viver. Sempre fui uma menina estranha na escola, assim como diziam. Eu não tive tantas amigas, como sempre esperei ter, eu nunca dividi segredos, nunca tive uma amiga para me ajudar nas matérias, ou ajudá-la. Eu sempre fui uma menina escondida da sociedade, a morte de minha mãe me deixou completamente insegura de mim mesma. Mas hoje eu sou outra pessoa, uma pessoa que eu não imaginei ser, mas que agora eu sou e estou muito feliz por isso. É diferente o mundo que vivo hoje, completamente diferente. Deve ser por isso que não consigo pensar no que quero para meu futuro, por enquanto, pois tenho minhas espectativas, tenho meus sonhos para pôr em prática, mas ainda estou se adaptando com meu viver, é tudo muito novo para que eu possa assimilar no mesmo tempo.

Eu conseguirei com o passar dos dias, sou dependente de mim mesma e eu sei que eu consigo, o que será pra ser meu será, meus sonhos não ficarão para trás, mas antes de tudo eu preciso repor minhas energias, organizar minhas objeções para depois praticá-las. Tudo no seu tempo.

Sou estupidamente interrompida dos meus devaneios com o ruído do meu gato, ele sempre faz isso, devo confessar que ele sempre me assusta. Ele vem rosnando até minha cama, Dado é um animal muito dócil. Sempre foi meu gato preferido.

— O que você quer Dado? - ele rosna novamente. — Eu sei que são 9ham, eu vou me levantar para por sua ração Dado, mas não me venha esfregar esse rabo em mim.

Sim, eu falo com gatos e ainda mudo minha voz.

Dado esteve comigo todos esses anos. Quando ia na escola chegava triste e deprimida, então passava a falar com ele, a desabafar como se fosse um amigo e é isso que ele se tornou para mim, um amigo. Ele é um gato amoroso e bem obediente.

Bem, gato não vem ao caso. Hoje vai ser um dia legal, pois as meninas desistiram de ir na tal festa que vai ocorrer, nós vamos em uma lanchonete para comer uma pizza, aqui em Nova York tem umas das melhores pizzas, claro, não consegui recusar por mais que minha dieta fale mais alto.

Faço minha higiene pessoal como todas as manhãs e desço as escadas para tomar café da manhã, acordei sedo hoje. Eu deitei na cama me cobri com o lençol de veludo e não vi um ruído, dormi como um anjo. Acho que Dado foi dormir comigo, eu nunca deixo, mas ontem eu nem vi nada.

— Bom dia tia Sônia, dormiu bem? - vejo tia comendo banana com granola. Não gosto. Prefiro meus cereais de chocolate.

— Sim, eu dormi, dormi bem sim. - ela me olha com as sobrancelhas juntas. — E você, querida?

— Como um anjo. - sorrio enquanto pego meu cereal.

— Bom dia, filha. - papai entra na cozinha todo cheiroso e elegante. Terno, gravata e sapato social.

— Uau, eu não conheço esse homem, tia. - sorrio e beijo seu rosto. — Você está lindo pai, aonde vai?

— Tenho um encontro, conheci uma moça. - ele poupa os detalhes. 

— Você é rápido Maicon, tome cuidado. - tia Sônia faz careta.

— Tia, não exagera, meu pai é lindo. - sorrio para eles. — Se cuide pai, boa sorte. - ele beija meu rosto e de tia Sônia, em seguida caminha até a saída todo elegante.

— Maicon sempre foi assim, todas as meninas adoravam ele, meu irmã é garanhão. - tia suspira e sorri.

— E você tia? Por que não conhece um rapaz? - me sento na cadeira gostando do assunto.