Capítulo 29:

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A essas horas estávamos em um silêncio total na delegacia, os guardas disseram para que aguardamos, isso à horas. Não aguento mais ficar aqui nesse vazio. Me levanto no impulso e caminho em direção a sala do delegado onde me encontro com o coração na mão.

— Senhor é urgente, minha tia está sequestrada! - digo com repulsa no olhar.

— Sim, um momento. - um guarda com seu traje diz com desdém.

— Senhor, eu poderia esperar, mas infelizmente não, isso não vem ao caso! - falo com o olhar escondido.

Simplesmente não posso esperar, não é meu forte. Os profissionais acabam não sendo quando realmente precisamos, é impressionante. Eles não deveriam demorar tanto em um caso como esse, é desgastante.

— Senhorita abaixe o tom de sua voz, pode ficar muito mal por isso! - o guarda fala com sua postura ereta.

— Você não me viu nervosa, não queira ver! - acabo elevando o tom. — Não se trata de sua família, não se trata de vocês. - choro de raiva.

Jonathan me afasta preocupado, enquanto papai conversa adequadamente com o guarda já que minha paciência se esgotou.

— Laís, estamos na delegacia, prestes a falar com o delegado, não seria conveniente você perder o equilíbrio. Calma fica tranquila, sua tia não está em perigo, confia em mim! - Jonathan diz afagando meus cabelos entre seus dedos.

— Como assim Jonathan? - ergo a sobrancelha automaticamente. — Tia está em perigo, claro que está. Se eles não adiantar eu irei sozinha procurá-la, acredite! - exclamo exasperada.

Não consigo controlar meus prantos, não consigo falar mais nada. Apenas penso nas piores hipóteses, mas me conforto ao perceber que o guarda sede indo conversar com o delegado. Me conforto. Caminhamos com o coração palpitante até a sala espaçosa. 

— Pois não? - a voz do advogado soa como um tom grosso.

A porta também espaçosa com a moldura de madeira, foi aberta. A sala não era decorada, era lícita e séria, assim como o homem engravatado a nossa frente. Ele parece não dar a mínima pelo oque está acontecendo, isso me intriga.

— Com sua licença. - digo agora, mais calma.

— Sim, pode se sentarem. - ele diz com a voz mais baixa quando nos vê.

— Obrigado. - Jonathan diz.

— O caso de vocês é complicado, precisamos tomar as decisões cabíveis! Eu quero os dados da vítima o mais rápido possível! - ele foi direto. Agora parece o profissional que eu esperei.

— Ela nos deixou uma carta. Isso pode ajudá-los.  - respondo com serenidade. Entrego a carta em suas mãos.

Ele analisa rapidamente, figura algo no seu computador. Minhas mãos estam suando, tenho que saber sua resposta o mais rápido possível.

— São perigosos, temos que ser rápidos. - ele diz assustado. —  Essa mulher pode estar em perigo, eles são uma máfia perigosa!

— Meu Deus. - digo agora ainda mais nervosa.

— Sargento Wilson! - ele chama o guarda. — Vá até os quarteirões e chame os demais para que partimos agora mesmo!

— Jonathan...- sussurro aos prantos.

— Vocês irão nos acompanhar na casa da vítima! - o delegado diz sério. —Temos que averiguar o local. Podemos achar pistas que possa facilitar nosso trabalho!

Consinto. Estou confiante e tenho fé que vamos conseguir ter minha tia de volta. Com a ajuda profissional dos policiais vamos conseguir tê-la sorrindo junto a nós novamente e também irão conseguir por os bandidos atrás das grades, assim como o esperado.

Sempre Haverá Motivos Para Sorrir!Onde histórias criam vida. Descubra agora