Depois de ter saído de casa uma fera com sua mãe, Fernanda apanhou um táxi para ir a faculdade e ao estacionar em frente, a garota acerta com o taxista o valor que indicava o paquímetro e sai do carro rápidamente, sabia que estava bem atrasada para sua primeira aula, mais tentaria de qualquer forma entrar na sala, não suportaria ter de esperar a autorização de seu pai para entrar, isso seria depender dele e de sua influência e nesse momento era o que a garota menos queria...
Então andando apressadamente pelas salas da universidade a aluna procura pela classe de Ciência social e quando encontra bate na porta e espera ser atendida.
A aula já havia começado a mais de vinte e cinco minutos, tempo suficiente para a dinâmica que o professor Alexandre sempre aplicava em seu primeiro dia de aula com a classe, para conhecer os alunos e depois de ouvi-los atentamente e fazer algumas anotações sobre cada aluno para sua própria memorização, era sua vez de se apresentar, quando ele ouve a batida na porta e segue enfrente para abri-lá:
- Bom dia! Em que posso te ajudar?
Fernanda que estava de cabeça baixa, não se dá ao trabalho de olhar para seu professor, mais responde sua pergunta, com outra:
- É, olha eu sei que estou atrasada, mais será que ainda posso entrar?
- Pode sim, qual é mesmo o seu nome?
- Me chamo Fernanda... Fernanda Monteze, porque?
- Para eu te dar presença no livro de chamada.
- Mais, eu nem assisti sua aula?
- Essa aula não foi muito importante, só apresentação. Entre e sente-se.
- Obrigada.
Ao entrar na sala, Fernanda evita olhar ao seu redor, mais de alguma maneira ela conseguia sentir os olhos de todos os alunos sobre ela, inclusive o de sua prima Cecília, a qual ela não cumprimenta, mas troca um olhar frio com ela ao sentar ao seu lado. Provavelmente os olhares curiosos se derá por suas roupas pretas e meias que imitavam teias de aranhas, aliás sua preferida. Ela ainda não havia olhado diretamente para o professor, mais sua voz não era totalmente desconhecida, então quando termina de se ajeitar em sua carteira e olha para frente reconhece seu rosto, se recordando de que ele foi seu vizinho de poltrona no avião a menos de dois dias...
- Ok, pessoal, então agora eu acho que já conheço vocês o suficiente para avalia-los. E quanto a mim. O que dizer sobre mim? Sou professor de Ciência social o que também engloba ética social e está bem óbvio isso, tenho 35 anos, já leciono a mais de doze anos e meu lema é: trate seu próximo, assim como quer ser tratado. Enquanto vocês me tratarem com respeito, podem contar com todo o meu respeito, caso aconteça o contrário, devo lhes informar que não sou muito bom em tolerar, não gosta da minha aula, pois então, não assista minha aula. Eu sei que falando assim pareço pouco flexível, por isso devo ressaltar que não, eu não sou um professor chato como alguns de vocês devem estar pensando! Haha, adivinhei não? Outro segredo sobre mim, além de professor eu sou vidente e sei ler mentes, então muito cuidado com o que pensam pessoal. E sem mais delongas, gosto de conversar, trocar idéias durante a aula, contar piadas, desde que toda a matéria já tenha sido aplicada por mim e feita por vocês... Alguma pergunta, ou dúvida?
Depois de tanto falar o professor, da uma pausa e começa a observar o semblante de cada aluno, todos pareciam ter gostado dele, o que lhe agradará muito, só uma aluna que lhe chamou mais atenção, a aluna que havia chego atrasada, ela tinha um rosto bem familiar e quando seus olhares se cruzam, seu subconsciente se lembra de tê-lá encontrado no aeroporto quando suas malas caíram da esteira e minutos antes, quando seus cotovelos se chocaram nos acentos do avião, ambos sentaram lado a lado e agora estavam frente a frente e não podiam negar que se reconheceram:
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Minha aluna, malcriada (Concluído)
RomanceOs últimos anos da vida de Fernanda não tem sido dos melhores. A jovem de 18 anos tem sofrido muito com a separação dos pais, logo depois de ter flagrado seu pai o empresário Augusto Cunha, aos beijos com sua secretária em sua festa de aniversário d...